18/05/10

É PRECISO ACREDITAR


Penso que nos tempos que correm, mais do que nunca precisamos de ter esperança em que, com o esforço e empenho de todos, dias melhores se atingirão.

É com esse espírito que vos oferecemos hoje este belo poema de Leonel Neves no qual anos atrás Luís Góis se inspirou para compor a música e, dar voz, a uma das mais bonitas e, julgamos que eterna, balada de Coimbra.


Mais palavras para quê? Pedimos apenas que cliquem aqui e fiquem a ouvi-la…

É preciso acreditar
É preciso acreditar

Que o sorriso de quem passa
é um bem para se guardar.
Que é luar ou sol de graça
que nos vem alumiar.
Com amor alumiar

É preciso acreditar
É preciso acreditar

Que a canção de quem trabalha
é um bem para se guardar.
Que não há nada que valha
a vontade de cantar.
A qualquer hora cantar

É preciso acreditar
É preciso acreditar

Que uma vela ao longe solta
é um bem para se guardar.
Que se um barco parte ou volta
passará no alto mar.
E que é livre o alto mar

É preciso acreditar
É preciso acreditar

Que esta chuva que nos molha
é um bem para se guardar.
Que sempre que há terra que colha
um ribeiro a despertar.
Para um pão por despertar

Esperamos que tenham gostado. Até breve.
M.A.

5 comentários:

  1. É preciso acreditar
    É preciso acreditar

    Que haja uma consciência na condução do destino deste país.

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  2. Olá!
    Linda sem duvida:=)
    Mas ter esperança...é a unica coisa que nos resta!!!!!

    Beijocas

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  3. É preciso acreditar... é preciso ter esperança... mas, às vezes, apetece dar um grande murro!
    Clotilde

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  4. É preciso acreditar
    é isso que todos fazemos
    mesmo que apeteça gritar
    mesmo que apeteça fugir
    mesmo que apeteça correr
    sem saber para onde ir
    sem saber a quem chamar
    ou mesmo com quem protestar...
    há horas de desespero
    e de muito desalento
    anda triste quem trabalha
    quem já não tem alimento
    e em casa tudo ralha
    sem se saber a razão
    mas lá diz sempre o ditado
    que casa onde não há pão...

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  5. Quica,mjf, Clotilde e Fátima:

    Claro que todos estamos numa fase de muitas desilusões e preocupações, mas, igualmente com o intuito de despertar novas forças dentro de todos nós eu irei buscar estas palavras de José Régio:

    «Quem desespera dos homens,
    Se a alma lhe não secou,
    A tudo transfere a esperança
    Que a humanidade frustrou:
    E é capaz de amar as plantas,
    De esperar dos animais,
    De humanizar coias brutas,
    E ter criancices tais,
    Tais e tantas,
    Que será bom ter pudor
    De as contar seja a quem for!»

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