
Hoje é minha intenção dirigir-me aos leitores mais novos. Aos que, por vezes sentem dificuldade de, nas redacções que fazem na escola, se lembrarem do nome das vozes dos animais. Imaginem que fui buscar isto a um livro de 1870 chamado “GENTE DO CAMPO”. Um xi-coração para vós.
Palram pega e papagaio
E cacareja a galinha.
Os ternos pombos arrulham
Geme a rola inocentinha.
Muge a vaca; berra o touro;
Grasna a rã; ruge o leão;
O gato mia; uiva o lobo;
Também uiva e ladra o cão.
Relincha o nobre cavalo;
Os elefantes dão urros; (a)
A tímida ovelha bale;
Zurrar é próprio dos burros.
Regouga a sagaz raposa
(Brutinho muito matreiro)
Nos ramos cantam as aves;
Mas pia o mocho agoureiro.
Sabem as aves ligeiras
O canto seu variar;
Fazem gorgeios às vezes
Às vezes ‘stão a chilrear.
O pardal daninho aos campos,
Não aprendeu a cantar;
Como os ratos e as doninhas,
Apenas sabe chiar.
O negro corvo crucita;
Zune o mosquito enfadonho;
A serpente no deserto
Solta assobio medonho.
Chia a lebre; grasna o pato;
Ouvem-se os porcos grunhir;
Libando o suco das flores,
Costuma a abelha zumbir.
Bramam os tigres, as onças,
Pia, pia o pintainho;
Cucurica e canta o galo;
Late e gane o cachorrinho.
A vitelinha dá berros,
O cordeirinho balidos;
O macaquinho dá guinchos,
A criancinha, vagidos.
A fala foi dada ao homem
Rei dos outros animais.
Nos versos lidos acima,
Se encontram, em pobre rima,
As vozes dos principais.
(a) Também se diz que bramem
Palram pega e papagaio
E cacareja a galinha.
Os ternos pombos arrulham
Geme a rola inocentinha.
Muge a vaca; berra o touro;
Grasna a rã; ruge o leão;
O gato mia; uiva o lobo;
Também uiva e ladra o cão.
Relincha o nobre cavalo;
Os elefantes dão urros; (a)
A tímida ovelha bale;
Zurrar é próprio dos burros.
Regouga a sagaz raposa
(Brutinho muito matreiro)
Nos ramos cantam as aves;
Mas pia o mocho agoureiro.
Sabem as aves ligeiras
O canto seu variar;
Fazem gorgeios às vezes
Às vezes ‘stão a chilrear.
O pardal daninho aos campos,
Não aprendeu a cantar;
Como os ratos e as doninhas,
Apenas sabe chiar.
O negro corvo crucita;
Zune o mosquito enfadonho;
A serpente no deserto
Solta assobio medonho.
Chia a lebre; grasna o pato;
Ouvem-se os porcos grunhir;
Libando o suco das flores,
Costuma a abelha zumbir.
Bramam os tigres, as onças,
Pia, pia o pintainho;
Cucurica e canta o galo;
Late e gane o cachorrinho.
A vitelinha dá berros,
O cordeirinho balidos;
O macaquinho dá guinchos,
A criancinha, vagidos.
A fala foi dada ao homem
Rei dos outros animais.
Nos versos lidos acima,
Se encontram, em pobre rima,
As vozes dos principais.
(a) Também se diz que bramem
M.A.
Amélia eu tive um livro na primária que falava disto! Espectáculo!...
ResponderEliminarOs nossos jovens leitores vão gostar e os mais crescidos relembrar....
Que interessante este blog!!! Parabéns!
ResponderEliminarFrancisca
ResponderEliminarEstes versos vieram mesmo a calhar, por vezez quero imitar a voz de um determinado bicho, mas não sei como. Para a semana os vizinhos que se cuidem. O meu neto vai adorar.
Ana obrigada pela visita, e recomendo aqui uma ida ao seu blog também. Bonitos trabalhos os seus
ResponderEliminarLembro-me perfeitamente destes versos quando era nova! Será possível dizer quem é o autor?
ResponderEliminarObrigada! O meu email é lauracoomans@gmail.com