06/10/11

QUANDO CRIANÇA, EU RECITAVA ISTO:



Um dia destes dei comigo a recordar duas curtas rimas que costumava dizer, quando criança, para a minha família.
Fazia-o geralmente empoleirada numa cadeira, feliz pela importância que os assistentes familiares me dispensavam e depois me tributavam em calorosas palmas.
Penso que, na altura, estas lengalengas eram bastante populares, portanto, quem sabe, com elas, eu irei despertar recordações semelhantes em algum dos nossos leitores…

O SERMÃO DE S.COELHO

O sermão de S. Coelho
Com seu barrete vermelho
Sua espada de cortiça
Mata a carriça!
A carriça deu um berro
Que toda a gente atormentou
Só cá esta menina
É que não se importou!

À MORTE NINGUÉM ESCAPA


À morte ninguém escapa,

morre o rei, morre o bispo, morre o papa.

Mas eu não morrerei!

Compro uma panela,

que me custa um vintém.

Meto-me dentro dela

e tapo-me muito bem.

Então a morte passa e diz:

- Truz, truz! Quem está ali?

- Aqui? Aqui não está ninguém!

Adeus meus senhores e…

passem muito bem!
M.A.

6 comentários:

  1. Minha Amiga
    Eu sei diferente:

    À morte ninguém escapa
    morre o rei e morre o papa
    mas eu vou ao Grandela
    e compro uma panela
    e meto-me dentro dela.
    Passa a morte e diz:
    aqui não está ela.
    Clotilde

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  2. Minha Amiga
    Eu sei diferente:

    À morte ninguém escapa
    morre o rei e morre o papa
    mas eu vou ao Grandela
    e compro uma panela
    e meto-me dentro dela.
    Passa a morte e diz:
    aqui não está ela.
    Clotilde

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  3. Pois é Clotilde...eu morava numa vila (hoje cidade, claro) da Beira Litoral e nem sonhava que havia "O Grandela" por estas bandas! As criancinhas de Lx. eram gente mais fina!
    Mas estou contente porque aconteceu o que eu desejei, que foi trazer à lembrança de alguém recordações de infância semelhantes.
    Abraços de agradecimento e volte sempre.

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  4. Foi muito útil saber está lenga lenga, pois a pessoa que me ensinou, com uma versão ligeiramente diferente, agora está muito doente e eu nunca a registro.

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  5. Eu aprendi assim,
    O sermão de S. Coelho
    Com seu barrete vermelho
    E uma espada de cortiça
    Para Matar a carriça!
    A carriça deu um berro
    Toda a gente se atormentou
    Só ficou uma velha
    Embrulhada num chinelo
    A comer pão e marmelo.

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  6. Sou brasileira descendente de portugueses( bisavô e outros mais antigos. Também me ensinaram estes versos para os quais nunca vi muito sentido. Principalmente a frase “ só ficou uma velhinha embrulhada num chinelo “
    O tempo deve ter deturpado algo pela repetição sem pensar. Adoro esta arqueologia.
    Tenho 77 anos

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