Quem, estando em Lisboa, for
descendo a Rua Augusta em direcção ao Rio Tejo, ao desembocar na Praça do
Comércio (Terreiro do Paço) estará, justamente, a passar sob o bonito Arco de
pedra trabalhada, denominado Arco Triunfal
da Rua Augusta.
Sabemos que uma primeira construção ali foi iniciada em, 1775
mas que, pouco depois, seria interrompida e demolida a obra já feita. Apenas em 1873, se começou, então, o Arco, tal como hoje o conhecemos e que ficou concluído em 1875. Teve a assinatura
do Arquitecto Veríssimo José da Costa.
Para quem pretenda conhecer,
pormenorizadamente, todos dos elementos e
estatuária que compõem o monumento, bem como os autores dos mesmos, deixamos o
convite para clicar aqui. Adiantando porém, numa informação mais ligeira diremos
o seguinte:
O trio escultórico que
remata o cimo do Arco, simboliza a
Glória coroando o Génio o Valor, figuras que dão sentido à frase escrita em latim, que está mais em
baixo, e que se traduz por “Às Virtudes
dos Maiores”
As quatro estátuas, sobre as colunas, mostram-nos, à direita,
Nuno Alvares Cabral e o Marquês de
Pombal e à esquerda Vasco da Gama e Viriato
Também ali estão
representados, respectivamente à direita e à esquerda os rios Tejo e Douro.
Se me permitem um comentário
muito pessoal, ao reflectir no significado daquela legenda em latim, dei comigo a pensar se não
teriam encontrado, na nossa Historia, nenhuma personagem feminina com virtudes suficientes para figurar também neste monumento, onde, afinal, só o elemento masculino mereceu destaque! Maiores
e com Virtudes terão sido só os homens?...
Enfim… sempre lá colocaram a Glória
simbolizada por uma mulher…Realmente não
faria sentido mais um barbudo e com bigodes.
Bom, referido o lado
histórico do Arco da Rua Augusta e, acrescentado o meu comentário, irei falar aos leitores do espectáculo que ali
foi apresentado, entre os dias 9 e 18 de Agosto, e que veio dar som, luz e muita
cor às noites de Lisboa. Ali apareceram relatados factos diversos da nossa
história, dos descobrimentos ultramarinos, o terramoto de 1755, etc.
Os seus autores, Nuno Maya e
Carole Purnelle do attelier OCUBO designaram a sua obra como “Arco de Luz”-
Espectáculo Multimédia-Videomapping 3D.
Houve sempre muita
assistência e a critica não podia ser-lhes mais favorável . Comigo, ficou a
pena de não ter conseguido ir também ir até ao Terreiro do Paço assistir a uma
destas representações.
Para os leitores que, tal
como eu, não estiveram lá, deixo o
convite para clicarem aqui e, ficarem assim,
com uma ideia deste mesmo espectáculo. Espero que gostem.
M.A.
ResponderEliminarDurante vários anos convivi com este arco da Rua Augusta, trabalhei perto. Na hora de almoço, dava sempre uma volta pelo Terreiro do Paço e contemplava a beleza dessa paisagem.
Ainda bem que começamos a dar valor ao que temos. O presidente da Câmara de Lisboa está de parabéns por ter promovido esse espectáculo.