Como tudo começou

31/12/10

ANO NOVO



Leitores:

Neste terminar do ano de 2010 e começo do 2011 queremos agradecer-vos a atenção que nos foram dispensando e, se permitem, de entre todos, destacar os que quiseram também deixar-nos, uma vez por outra, uma palavra amiga, por nós sempre apreciada.
Que o Novo Ano traga para todos, em geral, muita saúde, paz, felicidade e, se possível, a satisfação dos muitos desejos que cada qual guarde dentro de si.
Continuaremos a encontrarmo-nos neste espaço de convívio amigo.
Terminaremos o Ano de 2010 trazendo, de Carlos Drummond de Andrade, este poema que esperamos seja do vosso agrado:

Receita de ano novo


Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)


Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de Janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.


Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Até breve, leitores.
F.C/M.A.

29/12/10

COISAS QUE NUNCA DEVERÃO MUDAR EM PORTUGAL



Portugueses:

2010 tem sido um ano difícil para muitos; incerteza, mudanças, ansiedade sobre o futuro. O espírito do momento e de pessimismo, não de alegria. Mas o ânimo certo para entrar na época natalícia deve ser diferente. Por isso permitam-me, em vésperas da minha partida pela segunda vez deste pequeno jardim, eleger dez coisas que espero bem que nunca mudem em Portugal.

9:55 - 20 de Dezembro e 2010

1.A ligação intergeracional. Portugal é um país em que os jovens e os velhos conversam - normalmente dentro do contexto familiar. O estatuto de avô é altíssimo na sociedade portuguesa - e ainda bem. Os portugueses respeitam a primeira e a terceira idade, para o benefício de todos.
2. O lugar central da comida na vida diária. O almoço conta - não uma sandes comida com pressa e mal digerida, mas uma sopa, um prato quente etc, tudo comido à mesa e em companhia. Também aqui se reforça uma ligação com a família.
3. A variedade da paisagem. Não conheço outro pais onde seja possível ver tanta coisa num dia só, desde a imponência do rio Douro até à beleza das planícies do Alentejo, passando pelos planaltos e pela serra da Beira Interior.
4. A tolerância. Nunca vivi num país que aceita tão bem os estrangeiros. Não é por acaso que Portugal é considerado um dos países mais abertos aos emigrantes pelo estudo internacional MIPEX.
5. O café e os cafés. Os lugares são simples, acolhedores e agradáveis; a bebida é um pequeno prazer diário, especialmente quando acompanhado por um pastel de nata quente.
6. A inocência. É difícil descrever esta ideia em poucas palavras sem parecer paternalista; mas vi no meu primeiro fim de semana em Portugal, numa festa popular em Vila Real, adolescentes a dançar danças tradicionais com uma alegria e abertura que têm, na sua raiz, uma certa inocência.
7. Um profundo espírito de independência. Olhando para o mapa ibérico parece estranho que Portugal continue a ser um país independente. Mas é e não é por acaso. No fundo de cada português há um espírito profundamente autónomo e independentista.
8. As mulheres. O Adido de Defesa na Embaixada há quinze anos deu-me um conselho precioso: "Jovem, se quiser uma coisa para ser mesmo bem feita neste país, dê a tarefa a uma mulher". Concordei tanto que me casei com uma portuguesa.
9. A curiosidade sobre, e o conhecimento, do mundo. A influência de "lá" é evidente cá, na comida, nas artes, nos nomes. Portugal é um pais ligado, e que quer continuar ligado, aos outros continentes do mundo.
10. Que o dinheiro não é a coisa mais importante no mundo. As coisas boas de Portugal não são caras. Antes pelo contrário: não há nada melhor do que sair da praia ao fim da tarde e comer um peixe grelhado, acompanhado por um simples copo de vinho. Então, terminaremos a contemplação do país não com miséria, mas com brindes e abraços. Feliz Natal.


Este, foi um artigo que o Embaixador da Grã-Bretanha, ao deixar Portugal, publicou no «Expresso», em 18 de Dezembro de 2010.
Embora tenham já decorrido alguns dias sobre o seu aparecimento no jornal não deixamos de o transcrever por nos parecer, que estas palavras, vindas de alguém que viveu algum tempo entre nós, fazem bem ao ego dos portugueses e lhes podem transmitir também alguma esperança, que tão precisa é nos momentos que todos atravessamos.
M.A.

27/12/10

UMA JOVEM CHAMADA AISHA



Aisha é uma rapariga nascida no Afeganistão.
Seu pai, para apaziguar uma zanga que tinha com uma outra família, resolveu prometê-la em casamento, aos oito anos de idade, a um noivo pertencente a essa outra família. Assim, segundo os costumes, aos 16 anos ela foi entregue à família do noivo, que, ao que parece, nunca veio a conhecer.
A forma como a nova família (?) a tratou foi de tal forma brutal e desumana que, ao fim de dois anos, ela resolveu fugir para Kandahar. No entanto, uma vez apanhada pelas autoridades talibãs, como castigo pela “vergonha” que a sua fuga trouxera à família do noivo foi condenada a sofrer o corte do nariz e das orelhas.
Isto chegou ao conhecimento da revista Time que publicou, numa sua capa, a fotografia de Aisha com o rosto assim mutilado. Nos Estados Unidos, surgiram algumas críticas que achavam que o intuito daquela foto (pela legenda que a acompanhava) era apenas justificar a necessidade da presença dos militares americanos no Afeganistão.
Para nós é irrelevante averiguar a verdadeira intenção da Time na publicação da foto… Mais importante foi, isso sim, uma Fundação que luta pelos direitos das mulheres afegãs ter tido conhecimento do caso e, graças à sua actuação, ter actuado e possibilitado a Aisha ver o seu rosto de novo reconstruído.
A segunda foto mostra-nos a jovem já com um semblante sorridente, mas acreditamos que, dificilmente, ela se encontre, também, emocionalmente, refeita das atribulações por que passou.
Digamos que, neste momento, podemos considerar este episódio como uma triste história que acabou por vir a ter um final feliz!
Porém, quantas mais Aishas, por aquelas paragens, ainda sofrerão barbaridades deste género?

Nota – Relembremos, também, o caso de Sakineh Mohammadi-Ashtiani que, no Irão, está condenada à morte por lapidação acusada de… depois de viúva, ter tido relações com um homem!
Dias atrás, um dos nossos canais de televisão mostrou também, no Sudão, uma brutal cena de espancamento público a uma mulher, que desesperadamente gritava e tentava fugir às chicotadas aplicadas por dois homens. Outros assistiam, impávidos, sem intervirem. Um triste espectáculo em todo o sentido, sem dúvida! Como é possível isto acontecer, ainda, no Sec XXI?!!!!
Parece que a “razão” invocada para aquela tão brutal agressão era, imagine-se, o facto de ela ter usado calças...
São casos como os aqui referidos que nos levam a gritar bem, alto a nossa indignação e revolta e a afirmar que, por aquelas paragens, ainda há muito, mas muito, a fazer em defesa da dignidade e liberdade das mulheres.
(Fotos retiradas da imprensa escrita)
M.A.

25/12/10

NATAL DE 2010




ESTIMADOS LEITORES:

É COM ESTA BONITA TELA “ADORAÇÃO DOS PASTORES” (Do retábulo do Mosteiro da Madre de Deus. Sec. XVI), ATRIBUÍDA A JORGE AFONSO, QUE O BLOG SIMECQ-CULTURA ESTÁ A DESEJAR A TODOS QUANTOS NOS LÊEM UM BOM NATAL, COM MUITA SAÚDE E. SOBRETUDO, MUITA PAZ.

FC/MA

23/12/10

O jogo do rapa e o serão de Natal.....

foto minha

Jogar ao rapa no Natal

Era coisa de aldeão

Os jovens dos nossos dias

Desconhecem a tradição

Basta arranjar um rapa

Pinhas mansas pois então

Bem no meio do borralho

É que elas se “assarão”…

Este “rapa” de que falo

É um dado de madeira

Serve para jogar ao pinhão

E para muita brincadeira….

Vai abrindo toda a casca

Fica o pinhão a espreitar

Tir-se então um por um

Cuidado, não vale queimar…

Bem perto deste aparato

Coloca-se um alguidar

E para dentro da água

Os pinhões se vão deitar

O que for ao fundo, é bom

Se flutuar já não presta

Vão os de cima para o braseiro

Brincamos com o que resta

Juntam-se os jogadores

Cada qual com seus pinhões

Entra o rapa em acção

É hora das decisões…

Se saiu “rapa” ganha a todos

Se for “deixa” larga o que tem

Se for “tira”, recolhe alguns

Se é “põe” vai tudo o que tem

Este jogo bem velhinho

De há muitas gerações

Continua a ser divertido

E a animar os serões!

E agora vão às pinhas

Como estas aqui estão,

E digam depois do Natal

se jogaram, ou se não…


poema meu

fc

22/12/10

NATAL MODERNO

O vídeo que se segue, recebido num email, talvez deva servir a todos nós como motivo de reflexão.

M.A.

20/12/10

POEMA DE NATAL



Ao menino Jesus


Hoje é dia de Natal
Mas o menino Jesus
Nem sequer tem uma cama,
Dorme na palha onde o pus.

Recebi cinco brinquedos
Mais um casaco comprido.
Pobre menino Jesus,
Faz anos e está despido.

Comi bacalhau e bolos,
Peru, pinhões e pudim.
Só ele não comeu nada
Do que me deram a mim.

Os reis de longe trazem
Tesouros, incenso e mirra.
Se me dessem tais presentes,
Eu cá fazia uma birra.

Às escondidas de todos
Vou pegar-lhe pela mão
E sentá-lo no meu colo
Para ver televisão.

Luísa Ducla Soares

Pesquisando sobre poesia alusiva à época de Natal encontrei o poema de Luísa Ducla Soares, intitulado: “AO MENINO JESUS” e, achei que, pela sua simplicidade, colocado no blog, poderia agradar a miúdos e crescidos.
Aconteceu que, um ou dois dias depois, viajando no carro do meu filho, vi, esquecido sobre o assento, um caderno da pequena Marta, filha dele, que tem, neste momento 7 anos.
Curiosa, como qualquer avó, peguei nele e, lá fui virando folha por folha, mirando desenhos e escrita vária.
A certa altura, deparei com as mesmas quadras que eu havia escolhido, ali escritas pela mão da minha neta. Na escola em que anda a pequenita, este poema fora, portanto, tema de uma lição, dada a quadra que atravessamos. Foi por achar curiosa a coincidência que resolvi juntá-lo também.
O desenho que abre este post é igualmente da autoria da Marta.
M.A.

18/12/10

Descubra o artista que há em si...



Venha experimentar as nossas aulas.....


A partir de Janeiro, dada a afluência, teremos novas aulas e mais horários.

16/12/10

A GRUTA DO NATAL


Leitores:
Vamos hoje de novo até à Ilha Terceira, nos Açores.
Se bem se lembram, há algum tempo, trouxemos-lhes um post sobre o Algar do Carvão (clique aqui se o quiser recordar) e, a visita de hoje, será a um lugar um pouco semelhante e até próximo do anterior. É, igualmente, uma gruta, também de origem vulcânica, situada no interior da Ilha Terceira, dentro da Reserva Natural da Serra de Stª. Bárbara e Mosteiros Negros que começou por ser conhecida como a Galeria Negra ou Gruta do Cavalo. O primeiro nome talvez tenha vindo do facto de ela se situar, em grande parte sob a chamada Lagoa do Negro e, o segundo nome por dentro desta gruta ter sido encontrado o esqueleto de um cavalo que ali terá caído.
Uma vez mais foi a Associação de Espeleologia “Os Montanheiros” que esteve ligada à exploração e divulgação desta gruta mas, para ver todos os dados referentes a ela, nada melhor que o leitor clicar aqui e também aqui.


Uma familiar nossa, de uma visita que fez a este local trouxe fotografias, das quais, escolhemos três, para vos dar uma ideia daquilo de que estamos a falar
A nossa intenção neste curto apontamento será apenas explicar-lhes porque razão é que a dita gruta passou a designar-se Gruta do Natal:
Em 25 de Dezembro de 1969, dia em que ela foi pela primeira vez aberta ao público, teve ali lugar uma Missa de Natal celebrada por D. José Alvernaz, Patriarca da Índias. Desde então, passou a ser tradição celebrarem-se as festividades natalícias naquela Gruta, passando o povo a associá-la a este culto e, por conseguinte, a designá-la por Gruta do Natal.
Por curiosidade, saibam também os leitores que já ali se efectuou, pelo menos, um baptizado.
Acreditamos que estas cerimónias religiosas possam revestir-se de um cunho muito especial vividas num ambiente como este, no subsolo, neste cenário que acreditamos tenha sido mantido na sua rudeza natural como nos parece desejável.
Portanto, leitores, se decidirem assistir a uma missa de Natal diferente porque não irem até à Gruta do Natal nos Açores?
(As fotos que mostramos foram-nos cedidas pela Zé, a quem agradecemos)
M.A.

14/12/10

Ovelha Negra

foto minha
Afinal elas existem mesmo......


Ovelha negra


Chamaram-me ovelha negra

Por não aceitar a regra

De ser coisa em vez de ser

Rasguei o manto de mito

E pedi mais infinito

Na urgência de viver





Caminhei vales e rios

Passei fomes passei frios

Bebi água dos meus olhos

Comi raízes de dor

Doeu-me o corpo de amor

Em leitos feitos escolhos





Cansei as mãos e os braços

Em negativos abraços

De que a alma esteve ausente

Do sangue das minhas veias

Ofereci taças bem cheias

Á sede de toda a gente





Arranquei com os meus dedos

Migalhas de grão, segredos

Da terra escassa de pão

Mas foi por mim que viveu

A alma que Deus me deu

Num corpo feito razão.



Carlos da Maia / João Dias

11/12/10

Bazar de Natal SIMECQ - Presentes com imaginação

Porque espera para ir até ao nosso bazar?????


Peças de artesanato para todos os gostos e tamanhos...

Aquela peça de decoração acessível e única....

Venha às compras, sem demora!

10/12/10

Pintura sobre Porcelana



As aulas de Pintura sobre Porcelana, pela mão da Ana Oliveira, começam já em Janeiro.

O desafio fica lançado. Espreite aqui algumas peças:





Inscreva-se em:

simecq.cultura@gmail.com

Ou pessoalmente no nosso Atelier

09/12/10

GRÃO DE BICO, APRENDA QUANTO ELE VALE


Hoje, leitores, trazemos até vós uma lista enorme de boas razões para que esta humilde leguminosa, também conhecida pelos nomes de: gravanço, ervanço, ervilha-de-galinha e ervilha-de-bengala, possa ser encarada como algo que deve ser consumido mais frequentemente na nossa alimentação
O grão-de-bico é um alimento mais rico do que o feijão em muitos aspectos. Entre 20 e 30% da sua constituição é pura proteína.

Possui muitas fibras, zinco, potássio, ferro, cálcio e magnésio.

Se for consumido todos os dias, faz ganhar massa muscular, aumenta o bom humor, reduz o nível de colesterol ruim e regula o intestino. Mas, uma das suas qualidades mais famosas é de gerar felicidade: possui mais triptofano do que o feijão, o mesmo aminoácido essencial que faz do chocolate essa bela fonte de bem-estar e redução do stress.

Por ter ómega 3 e 6, é indicado para prevenir doenças cardiovasculares.

E quem tem diabetes ou está lutando contra a obesidade também pode beneficiar da leguminosa.
Tem carbohidratos complexos, ou seja, possui uma metabolização lenta no organismo.

Por também ser rico em fibras, proporciona sensação de saciedade e a pessoa só vai sentir fome bem mais tarde.

Pesquisadores destacam que as sementes do grão-de-bico também acumulam mais fitoestrogénios do que as do feijão - substâncias que têm acção preventiva na osteoporose e de problemas cardiovasculares.

Os fitoestrogénios também são usados na reposição hormonal após a menopausa.

Se após este extenso rol de predicados do grão de bico ainda quiser obter mais informação, apenas terá que clicar aqui.

E…que bom que é comer uma posta de bacalhau cozido, acompanhado com o grão-de-bico e muita cebola e salsa picadinha?! E que dizer de uma sopa de puré de grão com espinafres?! Portanto, viva pois o grão-de-bico!
(Recebido num email com mais informação da net)
M.A.

07/12/10

AMIZADE TAMBÉM É ISTO


Nunca me canso de apreciar o comportamento dos animais na convivência entre si e, quando, tantas vezes, a sua irracionalidade se equipara (ou até ultrapassa) a dita racionalidade dos humanos, fico logo desejosa, como agora, de partilhar convosco os exemplos que chegam.
Desde já vou também confessar-vos determinado segredo:_ Sou uma fã incondicional de macacos e basta surgir na TV um filme onde eles apareçam que logo fico colada ao ecran. Podem ter membros desproporcionados, serem desengonçados no andar e feios de focinho mas ninguém lhes negue inteligência, sagacidade e um certo jeito de “enfant terrible”, sempre prontos a pregar uma partidinha a quem lhes passe por perto. Depois das malandrices feitas, geralmente, rematam-nas com esgares cómicos e gargalhadas contínuas. Digamos que fazem a festa, deitam os foguetes e apanham as canas!
Mas, quando toca a transmitir ternura que bem o fazem também . Por experiência própria o sei já que , há muitos anos atrás, tivemos em nossa casa um pequeno saguim. Guardo muitas recordações e, talvez um dia, fale dele num post.


Mas, veio isto a propósito do vídeo que hoje trago e que, no original em francês, tem o título “Belíssimas imagens de uma grande amizade”.
Não sei onde isto se passa porque não encontrei nenhuma informação.
Nas primeiras imagens explicam que o orangotango estava de moral abatida o que eu traduzi como sofrendo de uma depressão. Quanto ao cão referem que terá chegado em bastante mau estado e que, de imediato, o orangotango passou a acompanhá-lo dia e noite até que ele melhorou, dando assim, ao orangotango, uma razão para viver. Deste modo se tornaram amigos, convivendo da forma que as imagens mostram. É notória, para todos nós, a ligação ternurenta que se sente entre ambos mas, julgo não me enganar também quando digo que o orangotango não abdicou da sua condição de protector do cão! É bom que haja sempre alguém que saiba mandar e quem obedeça…
O vídeo termina com a significativa frase, com a qual, penso, concordaremos todos, de que esta é realmente a verdadeira amizade, da qual os animais nos dão constantemente boas lições.
Espero que tenham gostado de mais uma história com animais.
(Recebido num e-mail)
M.A.

03/12/10

A ÁGUA É UM BEM DEMASIADO PRECIOSO PARA SER DESPERDIÇADO



Nunca será demais, leitores, chamar a atenção para que todos nós tenhamos consciência da necessidade, de evitar os desperdícios da água.
Sabemos que os recursos hídricos do planeta estão a diminuir e, em alguns pontos do globo, obter água para as necessidades mais básicas é já um problema bastante sério. A TV entra pelas nossas casas com imagens de gente que palmilha longas distâncias em busca deste bem que, sem exagero, merece a classificação de precioso.
O apelo, no vídeo que se segue, está muito bem imaginado e chega às pessoas de uma forma bastante enternecedora.




Na minha vida há um período de tempo passado na Ilha do Sal, em Cabo Verde, onde posso afirmar-vos tive um convívio humano muito rico mas, vivi também, efectivamente, a experiência da escassez da água.
Dois únicos poços existiam na ilha, o poço da Terra Boa e o Poço Verde. A água deles retirada era absolutamente imprópria para o consumo humano e até dos animais, segundo os termos da análise feita aqui em Lisboa, tendo sido mesmo aconselhado aterrar os ditos poços, uma vez que nem com a fervura se eliminavam todos os elementos nocivos daquela água.
Contudo, a verdade é que era esta a água utilizada pela população em geral!… Água engarrafada era luxo de muito, muito poucos.
Isto, decorria no ano de 1962 quando algumas unidades militares estavam lá, em comissão de serviço. As febres tifóides e outras, similares, eram uma constante. Eu própria passei um mau bocado quando elas me bateram à porta também.
Fora instalado na ilha um destilador que permitia transformar a água do mar em água potável, mas verificando-se que cada m3. saia pelo preço de Esc. 62$50, este custo foi considerado demasiado alto e, quem teve poder de decisão, mandou suspender a actividade desta instalação. Felizmente houve também, a visita de determinado Chefe Militar que, ao ter conhecimento disto, conduziu as coisas no sentido de o dito destilador voltar a funcionar outra vez.
Não vos digo qual era o paladar desta água, mas… pelo menos não voltei a ter as tais febres e, ainda por cá ando.
Já agora, deixarei mais uns episódios algo curiosos, relacionados também com a minha estada no Sal:

_ Existiam, espalhados pela ilha, uns burros pequenos, com uma cabeça enorme e rebanhos de cabras com um certo ar escanzelado. O sustento destes animais eram trapos e papel velho e, quando lhes era permitido roubar o trapo sujo de óleo que, em alguma oficina de automóveis, um mecânico tivesse deixado a jeito era dia de festa, num instante ele desaparecia goela abaixo!

Só uma única vez eu vi chover lá na ilha e , apenas, por um curto espaço de tempo. As crianças vieram para as ruas rindo, pulando, de boquitas voltadas para o alto como desejando sorver toda aquela água que caía do céu.
O solo, cor de barro, ávido de humidade, de um dia para o outro tomou-se verde, pela erva rasteira que nele nasceu. Os animais apressaram-se, a ir comer aquela apetitosa verdura mas, claro, pobres deles, pouco habituados a estes «luxos alimentares», logo ficaram com os intestinos virados do avesso, como se adivinha.
M.A.

01/12/10

ARTE FEITA COM LIXO

Leitores:

O sentido artístico de um qualquer ser humano dotado, de tudo pode lançar mão para conseguir expressar-se. Não interessa a qualidade do material que vamos empregar, importa sim a inspiração do artista e o partido que lhe é possível retirar daquilo que escolheu.
Neste caso estamos a querer dizer que a escolha feita foi lixo…sim… o que está escrito é realmente l i x o!
Foi com o desperdícios de milhentas coisas deitadas fora que se chegou ao resultado que este vídeo mostra.


Esperamos que gostem da ideia e, se se der o caso de quem nos lê ter veia artística, que se sinta tentado a experimentar também a criar a sua obra de arte, de uma outra qualquer forma, igualmente original.
Até breve.
(Vídeo recebido num email)
M.A.

28/11/10

OS EXPOSTOS



Há anos tive oportunidade de ir ver no Museu de S. Roque, em Lx. uma exposição que salvo erro se intitulou “Os Sinais dos Expostos”. Quem ali se deslocasse tomava contacto com o que foi uma realidade que existente no nosso país por largos anos…
Os “expostos” eram todas aquelas crianças cujo nascimento, por uma ou outra razão, não fora desejado, não iriam ser criadas junto da família e, por conseguinte, se entregavam nas misericórdias. Para assegurar o anonimato desta entrega elas eram depostas na chamada “roda”, que existia na entrada dos conventos.


Tratava-se de um cilindro de madeira que girava num eixo metálico e que, colocado na entrada dos conventos, servia de meio de comunicação. Nesse cilindro apenas havia uma abertura lateral e, uma vez deposta a criança lá dentro, tocava-se uma sineta e alguém do interior, fazendo girar a cx. de madeira até ter acesso à abertura, dali retirava então o bebé. Começava então o ciclo de vida de mais uma criança que iria ser criada longe do aconchego familiar. Dali partiam, geralmente, para casa das chamadas amas, mulheres de posses reduzidas que se encarregavam de as amamentar e, bem ou mal, ir cuidando delas a troco de algum dinheiro.
Como curiosidade a primeira lotaria surgiu em 1783 para “acudir a urgentes necessidades dos Hospitais Reais, dos Expostos e dos Enfermos”.

Todos nós podemos imaginar as milhentas razões que davam motivo a esta prática, mas, o que vi nessa exposição que referi no início, fez-me acreditar que, no meio de todas as possíveis personagens intervenientes, as mães seriam, possivelmente, a parte mais sofredora pois, era destas, que vinha a maioria dos “sinais” que ali apareciam ligados aos bebés abandonados.
Fossem eles medalhas, bilhetes escritos com frases amarguradas, roupas com algum monograma, por vezes até só um simples retalho de tecido, de tudo ali aparecia como promessa de que, mais tarde, quando lhes fosse possível, voltariam para recuperar o filho (ou filha) e dariam como referência o “sinal” que o acompanhara no momento da entrega. Pelo valor e requinte ou modesta qualidade desse objecto também o visitante podia deduzir o nível social de onde viria a criança que o trazia consigo.
Geralmente, também, diziam que nome deveria ser posto ao bebé.
Estas crianças por ali ficavam até aos sete anos e, depois, o seu destino era, quase certo, irem servir como criados em alguma casa rica. Não poderiam aspirar a muito mais…

Também ali vi os grandes livros de assento, onde eram registadas as entradas dos bebés e, devo salientar, que impressionava ver que a taxa de mortalidade era realmente muito elevada. Razão disso, penso, ser também a pouca informação que havia, na altura, sobre cuidados infantis.
A roda foi abolida na década de sessenta do Sec XIX mas, em boa verdade, até finais dos anos trinta continuou a verificar-se a pratica de abandonar os bebés em lugares públicos.
Não temos a veleidade de pensar, que hoje, todas as crianças crescem no colo da mãe verdadeira mas, bastante longe estamos destes tempos de que falamos neste post.

Foto de abertura e alguma informação retiradas da Net.
A outra foto mostra o que resta da “roda” existente no Convento de Celas, em Coimbra e que a autora do post foi descobrir, quase irreconhecível, atrás da porta principal desse mesmo Convento.
M.A.

25/11/10

REMÉDIOS DO ANTIGAMENTE





Hoje convidamos os leitores a mais uma incursão pela memória dos tempos.
_Quem é que se consegue recordar de dois ou três remédios que os pais lhe costumavam dar, em criança?
Uma grande parte falará, talvez, de uma mistela horrorosa, que era preparada nas farmácias, destinada a expulsar os vermes intestinais.
Por nós, ainda hoje temos na lembrança até o formato do copo em que aquela preparação vinha da farmácia. Trazia a cobrir o copo um círculo de papel vegetal, seguro com um elástico, a toda a volta.
Logo ao acordar, apertavam-nos o nariz , para engolir de uma vez só o líquido pastoso e enjoativo e, de imediato davam-nos um pouco de sumo de laranja para atenuar o palador pestilento que nos ficava na boca. Depois, não podíamos comer nada até que se começasse a verificar o efeito do medicamento, isto é… o “aparecimento das vítimas mortais, ou já moribundas”, no fundo do penico…
_Ai, criancinhas de hoje, que não sabeis como era uma verdadeira tortura aquilo que nos era imposto nesse dia! Só lá para a noite é que vinha, finalmente, uma taça de canja e um pouco de frango cozido!



No vídeo que apresentamos não se fala deste remédio. Aparecem vários outros, quase todos já fora de uso, mas em relação ao Vick, por exemplo, pensamos que ainda hoje continua à venda e a ser utilizado com bons resultados.
Aparecem ainda 2 imagens em que se vê o interior de farmácias de há alguns anos atrás, (também conhecidas por“Boticas”) com os tradicionais potes de loiça, alinhados nas prateleiras, onde eram guardados ervas, grãos, raizes e muitos mais produtos naturais que entravam na manipulação dos remédios.
Esperamos que os leitores tenham gostado de mais esta curiosidade que vos trouxemos.
Até breve.
(vídeo recebido num e-mail, imagem de abertura tirada da net)
M.A.

23/11/10

DOBRAR OS LENÇOIS QUE TÊM ELÁSTICO



De há um tempo a esta parte, passaram à estar à venda os jogos de roupa de cama em que o lençol que se usa junto ao colchão, vem com elásticos, o que facilita bastante a sua colocação e os mantém bem esticados. Acontece, porém, que quando precisamos de os guardar, após serem lavados e passados a ferro, nem sempre conseguimos obter uma dobragem perfeita como com os outros lençóis.
A verdade é que é tudo uma questão de puxar pela cabeça ou, até nem isso. Desta vez, basta só clicarem aqui, verem com atenção o vídeo e depois… fazerem igual.
Esperamos ter dado uma ajuda. Até breve.
M.A.

21/11/10

ANTÓNIO GAUDI E BARCELONA



Este arquitecto catalão (25-06-1852/10-06-1926) viveu e tem grande parte da sua obra na cidade de Barcelona. É fácil para quem passeia pela cidade encontrar, a cada passo, sinais do seu estilo tão característico:_ Casas Batlló, Vicens, La Pedrera, Parque Güell… A sua inspiração foi fértil, exuberante na cor e ilimitada no traço.
Se o leitor clicar aqui terá um vídeo com belas imagens de obras suas e algumas da cidade de Barcelona mas, se igualmente clicar aqui irá aceder a muito mais dados sobre Gaudi e a sua carreira.
A sua obra de maior relevo é, sem dúvida, o Templo Expiatório da Sagrada Família, agora tornada Basílica aquando da visita a Espanha de Bento XVI. Esta construção foi iniciada há já 127 anos e ainda não está dada como terminada.


A propósito, chamamos a vossa atenção para uma foto, feita por nós , em Barcelona, que mostra um curioso e engenhoso sistema usado por Gaudi para estudar e delinear os pináculos que fazem parte do Templo Expiatório da Sagrada Família. É formado por um conjunto de cordéis, com comprimentos variáveis, entrelaçados entre si, nos quais ele suspendia uns minúsculos sacos de pano, cheios de areia. Um espelho colocado no chão reflectia, de modo invertido, aquela estrutura, o que lhe permitia visualizar as linhas do que a seguir, executava no templo.
As outras tres fotos foram feitas por nós no Parque Güell e, numa delas, figura a salamandra, um dos símbolos que Gaudi usou profusamente nas suas obras.







Está a decorrer um processo de beatificação deste arquitecto, dado ter vivido de um modo considerado bastante próximo dos modelos que a igreja católica considera exemplares.
António Gaudi teve a sua vida brutalmente interrompida aos 72 anos, já que foi vítima de um atropelamento. Encontra-se sepultado na cripta do Templo a que dedicou 40 intensos anos da sua vida.
(elementos colhidos na net)
M.A.

19/11/10

Aulas no nosso atelier

As aulas de iniciação à pintura e desenho, estão a funcionar em pleno para miúdos e graúdos.

Sábados de tarde, e agora previstas também para as sextas das 17 às 19h.


Pintura em seda


Pintura em tecido




Ainda há vagas...

fc

17/11/10

E HOJE, VIVA O BOM HUMOR!



Sabemos, que a vida, pela complexidade do seu dia a dia, nem sempre decorre de molde a que consideremos a nossa disposição “em alta”. Quem nos conheça, pessoalmente, por certo que já nos ouviu a expressão que, nestas circunstâncias, costumamos usar: _ “Há certos dias sem sol”…
Portanto, quando chega até nós algo que, pela sua natureza, contraria o pessimismo, o mau humor, etc. etc. logo nos apressamos a partilhar isso com os leitores, convictas de que o despertar de um sorriso faz sempre bem a qualquer um.
Como exemplo do que já foi dito, trazemos um texto elaborado em linguagem informática, numa forma bastante humorística, por alguém (desta vez acredita-se seja um homem!) que, supostamente, pede certa ajuda a um técnico da especialidade.
A resposta ao tal pedido de ajuda vem, também, escrita no mesmo tom.
Isto chegou-nos num e-mail sem indicação de quem tenha sido o seu autor, mas, seja ele quem for , endereçamos-lhe as nossas felicitações pela graça que conseguiu imprimir ao texto.

Sistema Operacional do Casamento
Reclamações de um usuário

Prezado Técnico:
Há um ano e meio troquei o programa [Noiva 1.0] pelo [Esposa 1.0] e verifiquei que o Programa gerou um aplicativo inesperado chamado [ Bebé.exe ] que ocupa muito espaço no HD.
Por outro lado, o [Esposa1.0] auto instala-se em todos os outros programas e é carregado automaticamente assim que eu abro qualquer aplicativo.Aplicativos como [Cerveja _ Com _Amigos 0.3], [Noite _De _Farra 2.5] ou [Domingo _De _Futebol 2.8], não funcionam mais, e o sistema trava assim que eu tento carregá-los novamente.
Além disso, de tempos em tempos, um executável oculto (vírus) chamado [Sogra 1.0] aparece, encerrando abruptamente a execução de um comando.Não consigo desinstalar este programa.
Também não consigo diminuir o espaço ocupado pelo [Esposa 1.0] quando estou a rodar os meus aplicativos preferidos.
Sem falar também que o programa [Sexo 5.1] sumiu do HD.
Eu gostaria de voltar ao programa que usava antes, o [Noiva 1.0], mas o comando [Uninstall.exe] não funciona adequadamente.
Poderia ajudar-me? Por favor!
Ass: Usuário Arrependido
RESPOSTA:
Prezado Usuário:
A sua queixa é muito comum entre os utilizadores, mas é devido, na maioria das vezes, a um erro básico de conceito: muitos utilizadores migram de qualquer versão [Noiva 1.0] para [Esposa 1.0] com a falsa ideia de que se trata de um aplicativo de entretenimento e utilitário.
Entretanto, o [Esposa 1.0] é muito mais do que isso: é um sistema operacional completo, criado para controlar todo o sistema!
É quase impossível desinstalar [Esposa 1.0] e voltar para uma versão [Noiva 1.0], porque há aplicativos criados pelo [Esposa 1.0], como o [Filhos.dll], que não poderiam ser apagados, também ocupam muito espaço, e não rodam sem o [Esposa 1.0].
É impossível desinstalar, apagar ou esvaziar os arquivos dos programas depois de instalados.
Você não pode voltar ao [Noiva 1.0] porque [Esposa 1.0] não foi programado para isso.
Alguns utilizadores tentaram formatar todo o sistema para em seguida instalar a [Noiva Plus] ou o [Esposa 2.0], mas passaram a ter mais problemas do que antes.
Leia os capítulos 'Cuidados Gerais' referente a ' Pensões Alimentícias' e ' Guarda das crianças' do software [CASAMENTO].
Uma das melhores soluções é o comando [DESCULPAR.EXE /flores/all] assim que aparecer o menor problema ou se travar o programa.
Evite o uso excessivo da tecla [ESC] (escapar).
Para melhorar a rentabilidade do [Esposa 1.0], aconselho o uso de [Flores 5.1], [Férias _No _Caribe 3.2] ou [Jóias 3.3].
Os resultados são bem interessantes! Mas nunca instale [Secretária _De _Mini-saia 3.3], [Antiga _Namorada 2.6] ou [Grupo _Da _Cerveja 4.6], pois não funcionam depois de ter sido instalado o [Esposa 1.0] e podem causar problemas irreparáveis ao sistema.
Com relação ao programa [Sexo 5.1], esqueça!
Esse roda quando quer.Se você tivesse procurado o suporte técnico antes de instalar o [Esposa1.0] a orientação seria:
NUNCA INSTALE O [ESPOSA 1.0] sem ter a certeza de que é capaz de usá-lo!

E ficamos agora por aqui, esperando ter-vos deixado com o tal sorriso nos lábios.
Até à próxima.
M.A.

15/11/10

LANÇAMENTO À ÁGUA, EM AVEIRO, DA NAU “PORTUGAL”



Já por duas vezes falamos aqui da Grande Exposição do Mundo Português que se realizou em Lisboa no ano de 1940. À época foi um acontecimento de grande envergadura, como se pode calcular e, como os leitores poderão relembrar nos posts publicados, clicando aqui e também aqui.
Hoje decidimos abordar um episódio menos feliz mas, igualmente, ligado a esta exposição, o qual deve ter sido bastante embaraçoso para os responsáveis pelo projecto dado que se tornou motivo de alguma crítica, por parte de muitos outros.

Estamos a referir-nos a uma imponente Nau, construída nos estaleiros da Gafanha, semelhante aos galeões que fizeram a carreira da Índia, no Sec XVII . Esta bonita Nau estava previsto vir, no dia 8 de Setembro de 1940 para Lisboa e ficar ancorada no Tejo, frente a Belém, onde constituiria um dos principais atractivos da grande Exposição.
Mas, leitores, a verdade é que os planos que se fazem nem sempre decorrem como se prevê e… disso, temos aqui um bom exemplo.
O melhor será convidar-vos a ver aqui o vídeo que trazemos e, se acaso quiserdes saber o resto da história em todos os seus pormenores apenas tereis que clicar aqui também.
Para quem nunca tenha ouvido falar neste episódio temos a certeza que a surpresa vai ser grande, Quereis apostar?
(Elementos recolhidaos na Net)
M.A.

13/11/10

O QUE SE PODE FAZER COM UM OVO?





À pergunta que fazemos no título do post de hoje estamos já a ouvir os nossos leitores a responderem que são inúmeras as suas aplicações.
Na culinária vamos desde os estrelados, às omolettes, aos pastelões, não esquecendo até aqueles que, simplesmente cozidos acompanham a posta de bacalhau com grão e batatas.
Na doçaria, então, eles são a base de quanto se inventou para delícia dos gulosos de todo este planeta.
Pese embora o bom senso que a prevenção do nosso colesterol aconselha, neste nosso Portugal, a doçaria conventual deixou-nos receitas onde apenas com ovos e açúcar se fazem verdadeiras delícias. Lembremos, apenas, como exemplos, «os ovos moles de Aveiro», «os papos de anjo», «as fatias de Tomar»…
E, leitores, sabiam que há até alguns pintores que usam a gema de ovo como aglutinante para as suas tintas, uma vez que ela confere determinado acabamento aveludado que outros meios não conseguem dar?







Mas, se temos estado a falar do interior do ovo, porque não falar também do seu exterior? Isto, porque temos para vos mostrar este vídeo com delicados trabalhos feitos com cascas de ovos. Não sabemos quem é o artista, uma vez que o dito vídeo, chegou até nós sem nenhuma indicação nesse sentido. Quem sabe se poderemos, assim, inspirar alguns habilidosos para as prendas do Natal que se aproxima?
Esperamos que gostem de ver estas obras artísticas. Até breve.
M.A.

11/11/10

LENGA-LENGAS DA NOSSA INFÂNCIA



Pensamos que hoje, já só talvez quem seja avó ou avô é que um dia, junto dos netos lhes cante uma lenga-lenga semelhante a estas. Mas, não garantimos que a criancinha, estando tão distraída a brincar com a sua play-station, preste a atenção devida! Outros tempos, outras gentes e hábitos de vida muito diferentes…está bem de ver.
No entanto, não custa nada experimentar!



Quanto a nós, baixinho lhes confessamos que ao descobrir neste vídeo composto com a recolha e selecção que Luísa Ducla Soares fez sobre lenga-lengas, aquela denominada “À morte ninguém escapa”, ficamos logo com um sorriso… Deu mesmo para rever, dentro de nós, a imagem já distante, de uma garotinha, no caso presente a mais pequena da casa, de pé, sobre uma cadeira, com a assistência composta pela família chegada, declamando com grandes gestos estas rimas.
Depois recordamos ainda o “Pico-Pico Maçarico”…”A velha que tinha um gato”…e algumas mais.
Enfim, leitores, foi mais uma viagem ao baú do passado!


Luísa Ducla Soares, nascida em 20/Julho/1939, é licenciada em Filologia Germânica e tem dedicado a sua vida à literatura infantil. Clicando aqui poderá ter acesso a mais informação a seu respeito.
Até breve com um outro qualquer assunto.

(Recebido num e-mail)

M.A.

09/11/10

O LAÇO E O ABRAÇO



Meu Deus!!! Como é engraçado!…
Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço…
Uma fita dando voltas? Se enrosca…
Mas não se embola , vira, revira, circula e pronto: está dado o abraço.
É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de braço.

É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo, no vestido,
em qualquer coisa onde o faço.
E quando puxo uma ponta, o que é que acontece? Vai escorregando
devagarinho, desmancha, desfaz o abraço.
Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido.
E na fita que curioso, não faltou nem um pedaço.
Ah! Então é assim o amor, a amizade. Tudo que é sentimento? Como um pedaço de fita?
Enrosca, segura um pouquinho, mas pode se desfazer a qualquer hora,
deixando livre as duas bandas do laço.


Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade.
E quando alguém briga, então se diz – romperam-se os laços.-
E saem as duas partes, igual meus pedaços de fita, sem perder nenhum pedaço.


Então o amor é isso…
Não prende, não escraviza, não aperta, não sufoca.
Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço.

Autora Maria Beatriz Marinho dos Anjos, nascida em Belo Horizonte em 1952. Diz-se psicóloga, cronista e poeta. Este poema aparece, por vezes, como sendo de Mário Quintana, o que a sua autora já contestou, como pode ver aqui no comentário que ela faz.
M.A.

07/11/10

GRATIDÃO É ISTO



Falar de sentimentos nunca será demais, neste nosso planeta em que, a cada passo, gente nos aparece desprovida deles. Desculpem, se de novo recorremos aos animais para provar como eles sabem ser diferentes e, prontamente, agradecem o bem que recebem.

Durante um incêndio, um bombeiro retirou de uma casa uma cadela Doberman que, diz também a notícia, se encontrava à espera de crias. Colocou-a no jardim e voltou ao combate ao fogo. Uma vez este extinto, quando o bombeiro se sentara para descansar um pouco, um fotografo do Jornal “Notícias da Carolina do Norte/EUA deu conta que a cadela se levantara e se dirigia ao bombeiro.
A foto que fez, captou o momento em que ela “parece beijar” o bombeiro, acreditamos nós que, num manifesto sinal de gratidão. Na fotografia são bem visíveis os efeitos dos momentos passados por ambos.

Exemplo para alguns humanos, mais desatentos em agradecer o bem que lhes é feito? Deixamos a resposta a quem nos leia.
M.A.

05/11/10

A ÁGUA OXIGENADA – H202



Acontece que por vezes temos junto de nós produtos simples e baratos que resolvem vários problemas dentro de nossa casa e, umas vezes por esquecimento e outras por desconhecimento, não os utilizamos.

Ora vejam por favor o vídeo que hoje mostramos e surpreendam-se, leitores.
Até breve!
M.A.

03/11/10

SABEM QUEM FOI TINGATINGA?



«Edward Saidi Tingatinga nasceu na Tanzânia, em uma aldeia chamada Nakapanya, na tribo Makua, em 1932. Tingatinga veio de uma família de camponeses pobres e foi o primogénito de quatro filhos.
Em 1953, viajou para Dar-es-Salaam em busca de trabalho. Vendia frutas e legumes, e fazia trabalhos de bordado em fronhas, toalhas de mesa e colchas. Aprendeu também a tecer tapetes e cestos.
Tingatinga começou a pintar em 1968, iniciando um dos mais vibrantes e bem-sucedidos movimentos da arte contemporânea na África. O estilo de pinturas coloridas, sobre a natureza e a vida da Tanzânia, é chamada Arte de Tingatinga. Nesta pintura, os personagens, as plantas ou animais são delimitados por contornos visíveis, acentuados por cores contrastantes, dando uma impressão de duas dimensões. Cada pintura conta sua própria história, é toda baseada em sua cultura e muito enriquece a arte africana.
Em 1970, Tingatinga casou-se com Agatha Mataka e tiveram dois filhos.
Em 1972, com 32 anos de idade, foi morto a tiros pela polícia em um caso de identidade equivocada, sendo enterrado no cemitério “Mikoroshoni Msasani” em Dar es Salaam.
Sua obra caracterizou pinturas coloridas de aves, animais, cenas urbanas e cenas da aldeia e, atualmente, artistas locais da África Oriental continuam a adotar seu estilo pioneiro. Seus discípulos criaram a Escola de Arte Tingatinga que continua a florescer ainda hoje. Suas pinturas são conhecidas no Japão, Suécia, Dinamarca, Suíça e EUA.»


Caros leitores:

Esta biografia pertence ao pintor cuja obra apresentamos no vídeo que acompanha o post de hoje. Como no video mencionado, o texto apenas se conseguia ler com dificuldade decidimos transcrevê-lo.
Desconhecíamos por completo a pintura deste artista e, sinceramente, gostamos daquilo que vimos.
As cores vibrantes, as figuras humanas, animais e demais elementos que criou,sempre com um forte toque de fantasia na sua composição, transportam-nos a um certo mundo de sonho aonde, por certo, ele ia buscar a inspiração. Acreditamos que muito se teria, ainda, a esperar deste artista se a morte o não tivesse arrebatado, tão estupidamente, aos 32 anos.
Este homem pintou, apenas, durante quatro escassos anos mas, tão forte foi a sua arte, que deixou discípulos seus a dar-lhe continuidade e o estilo de pintura criada ficou, também, associado ao seu nome como «Arte Tingatinga».
Não deixem de prestar, igualmente, atenção à música que se associa tão bem às imagens.
Esperamos tenham gostado.
(Recebido num e-mail)
M.A.

01/11/10

HABEAS PINHO E DILERMANDO RÉIS



Em Maio de 2008 falamos pela primeira vez neste blog de HABEAS PINHO, um curioso episódio que teve lugar em Campina Grande, Paraíba, Brasil, no ano de 1955.
Quando este episódio aconteceu teve um tal impacto que, segundo se diz, os poemas, desde então, apareceram afixados em todos os escritórios de advogados, cartórios, etc. e, igualmente, em bares.
No primeiro post apresentamos simplesmente os dois poemas que o compõem, com a explicação respectiva. Para recordar o que então foi dito, convidamo-lo a clicar aqui.
Se abordamos, de novo, o mesmo assunto é para apresentar, agora, uma versão em vídeo, que tem a particularidade de ser musicada com um bonito trecho composto por Dilermando Réis. Chama-se este solo de violão “Abismo de Rosas”.



O grande violonista brasileiro de quem falamos (22-9-16 / 2-1-77) ficou conhecido como “O Canhoto de Paraíba”, justamente porque tocava com a mão esquerda, embora num violão igual a qualquer outro. Isto significa que a dificuldade de tocar era acrescida por a colocação das cordas não ter sofrido nenhuma alteração, uma vez que, quando aprendeu, em garoto, tinha mais irmãos a usarem o mesmo instrumento. Compôs e gravou nada mais nada menos de 129 obras para violão.

Esperamos que este post seja, pois, do vosso agrado.

Video recebido num e-mail)
M.A.

30/10/10

QUAL FOI A ORIGEM DA MULHER?


Será que todos os nossos leitores têm uma ideia formada sobre a origem da mulher?

Estamos já a ouvir responderem-nos com aquela velha história da costela retirada ao Adão, etc. etc..
A ser verdade, estaríamos, aqui, perante o primeiro exemplo que nos deu o Criador de que tudo se pode reciclar? E, se, efectivamente, de uma pequena costela do Adão, Ele fez a Eva da cabeça aos pés, temos que convir que Lhe saiu mesmo uma obra-prima!…

Resta-nos ainda uma dúvida, se foi apenas o Adão a ficar com um número impar de costelas ou se, todos os homens que nasceram a seguir, herdaram igual característica?

Pedimos aos leitores que nos lêem que não levem a mal o tom ligeiro deste apontamento pois, sem intenção nenhuma de ofensa da nossa parte esta foi apenas uma forma de fazer a introdução do vídeo, de puro entretenimento, que se segue.


Que todos, homens e mulheres estejam abertos a novas versões, e possam, também, achar graça às considerações que nele são feitas, no que respeita ao assunto em título, tanto a um, como ao outro sexo.
O bom humor está, uma vez mais, presente em cada legenda dos slides que ides ver, portanto, se o sorriso surgir nos vossos rostos, tanto melhor!
Até à próxima.
M.A.

28/10/10

I Bienal Artes Plásticas de Paço de Arcos - 30 Out a 14 Nov. 2010

A Paço de Artes - Associação dos Artistas Plásticos de Paço de Arcos vai levar a efeito, uma Bienal de Artes Plásticas, em Paço de Arcos.
Trata-se de um projecto de âmbito cultural, realizado em moldes totalmente inéditos, pela forma como vai decorrer em simultâneo em 4 espaços distintos e separados entre si, mas localizados unicamente na nossa freguesia, a saber: Salão Nobre dos Bombeiros Voluntários de Paço de Arcos, na Estrada de Paço de Arcos; Salão Nobre do Clube Desportivo de Paço de Arcos, junto ao Jardim da vila; Salão de Exposição da Paço de Artes, localizado na Rua José Pedro Silva (perto da Segurança Social e das Finanças); e no Centro Comercial Oeiras Parque



A inauguração será no próximo sábado, dia 30 de Outubro, pelas 15.00 horas, no espaço do Salão Nobre dos Bombeiros.
Fica aqui, desde já, o Convite para a inauguração e o nossos desejo que a mesma seja deveras concorrida, pois a qualidade do evento assim justifica.
Mencionamos também a seguir os Artistas Plásticos que participam neste ambicioso projecto e que tão amavelmente se dispuseram a colaborar com a Paço de Artes, para que essa legítima ambição fosse atingida.



Os espaços onde decorrem as exposições estarão abertos ao público interessado todos os dias da semana, incluindo Sábados, Domingos e Feriados, das 15.00 às 19.00 horas, com excepção do espaço do Centro Comercial Oeiras Parque, que fará o horário do Centro Comercial, ou seja, das 10.00 às 23.00 horas.




...E que daqui a dois anos possa ter continuidade!!!

fc

27/10/10

Decoradores de exterior

E assim um bloco obscurecedor de fachada, se torna num expositor de arte...

Ainda por cima na rua.....





Fotos minhas em Carcavelos

Ora digam lá se esta decoração não é de artista?
Sugiro que ampliem as fotografias
fc




26/10/10

O CAVADOR

Leitores:

Conversamos, há pouco tempo, sobre o Jardim 5 de Outubro mas, se acaso quem nos lê não deu por isso e quer recordar o post só terá que clicar aqui.
Na altura, falando sobre o grupo escultórico que lá se encontra, “A Santa Família”, referi que, do mesmo autor, António Augusto da Costa Motta (Tio), havia uma outra escultura, em pedra, no Jardim Guerra Junqueiro, mais vulgarmente conhecido por Jardim da Estrela, a qual tem por título “O Cavador”




Porque esta estátua é igualmente muito expressiva e traduz com bastante realismo o esforço que um cavador despende quando revolve a terra com a enxada, resolvi fazer dela algumas fotos que, quem sabe, poderão despertar-vos o interesse de a irdes conhecer no local onde está implantada.



Esta bela peça figurativa encontra-se neste local desde 1913 e, ao que se diz, terá sido a primeira estátua a ser lá colocada após a implantação da República.
Até breve com outro assunto qualquer
M.A.

24/10/10

ELEVADOR DA GLÓRIA FESTEJA 125 ANOS



Caros leitores:

Pelo título do post já ninguém tem dúvidas de quem é o aniversariante de hoje!
Pois é, precisamente no dia 24 de Outubro de 1885 foi inaugurado em Lisboa o elevador com este nome, que passou a transportar os lisboetas desde a Praça dos Restauradores até ao Miradouro de S. Pedro de Alcântara e vice versa. É uma ladeira íngreme, que se sobe num instantinho, graças a este meio de transporte.
Clicando aqui tereis acesso a toda a história relacionada com o elevador da Glória.

Como curiosidade, posso contar-vos também que, a primeira vez que, ainda criança, visitei Lisboa, “dei logo de caras com este elevador”. É que o hotel para onde os meus pais costumavam vir era o Suíço Atlântico, que ainda existe, justamente no princípio da Calçada da Glória. Recordo que foi para mim alguma novidade ser “aquele eléctrico”, de formato bem diferente dos outros que circulavam pelo resto da cidade.
E, feito este curto apontamento, cantemos então os parabéns ao provecto ancião fazendo votos para que permaneça ainda, por muitos anos, no seu contínuo e tão útil sobe e desce.
M.A.
Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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