Olá!
Antes de mais queria dar-te os meus parabéns em nome da SIMECQ pelo prémio que conseguiste num certame internacional. Queres falar-nos sobre isso?
Obrigada. A Amélia Rezende falou-me na Académie Europèene des Arts, achou que seria bom para mim inscrever-me, e assim o fiz. Fui convidada para a exposição algum tempo depois da minha inscrição. O trabalho foi enviado para a Bélgica, iria só participar na exposição… Foi com bastante espanto que recebi o prémio.
A obra premiada com o 3.º prémio, medalha de bronze.
Sei que tens tido vários mestres. Qual é a importância que dás a esse acompanhamento directo por alguém que já pintou muito na sua vida? Achavas possível teres chegado ao teu nível actual sem esse trabalho?
Não, acho que não seria… É muito importante ter pessoas que me mostram novas técnicas, o que fazer, novas ideias, etc. Inicialmente com a Francisca: foi muito importante ter alguém que me despertasse o gosto pela pintura, e que me ensinasse bastantes coisas. Depois pela mão da Anabela Faia tenho dado também passos bastante importantes porque aprendi várias técnicas, etc.
Fala-nos do teu curso actual no qual segundo sei obtiveste notas excelentes. Em que medida o enquadras na tua vida futura?
O curso que estou a tirar é o meu sonho, pois o restauro sempre foi uma coisa de que gostei muito. A área que escolhi, a Pintura Mural, é aquela com que mais me identifico e se tiver possibilidade continuarei a trabalhar nessa área.
Tencionas seguir a via académica? Por motivação estritamente profissional ou por sede de conhecimento?
Sede de conhecimento sempre! Posso considerar a área das artes a minha grande paixão. Por isso por mais conhecimento que adquira parece sempre pouco.
Quanto tempo dedicas por semana às Artes Plásticas?
Sempre que tenho um tempinho livre, em tela seis horas por semana aproximadamente.
Sofres ou tens prazer quando pintas?
Sofro um pouco na fase de idealização de um quadro, mas sempre com prazer.
Como qualquer coisa inevitável?
Sim.
Consta que este ano vais fazer uma exposição na SIMECQ. Dezoito anos, dezoito quadros… como encaras a entrada na convenção social da “idade adulta”, como uma motivação para entrares com mais força no mundo das artes plásticas ou, pelo contrário sentes-te assustada com um novo escalão de exigência?
Um pouco as duas coisas… Na SIMECQ sempre encontrei um apoio e pessoas que acreditam no meu trabalho, e que o conhecem. Por isso penso que se me estão a dar a oportunidade de alcançar este novo escalão é porque me acham pronta para isso. Mas sem dúvida que estou bastante assustada…
Estás a trabalhar um conceito novo na tua pintura “suspensão”. Como surgiu? Quais são as tuas referências teóricas e pictóricas?
É um conceito que acho bastante interessante, surgiu naturalmente. O pintor do qual aprecio mais o trabalho é Magritte, porém vejo trabalhos de diversos pintores e às vezes bastam certas imagens quotidianas para idealizar um trabalho.
Uma das "suspensões"... O que segura a corda que agarra a esfera?
A suspensão é uma alegoria? Tens medo de "cair"?
Sim acho que de certo modo estamos sempre suspensos, podemos sempre cair, ou subir.
Obrigado pelo tempo que roubei às tuas telas… só me resta desejar-te muito sucesso e que os nossos trabalhos se vão encontrando por aí nas exposições, ou nas paredes das pessoas…
Obrigada eu…
3 comentários:
Parabéns filha. Nunca tive dúvidas de que a arte te corria nas veias. Desde muito pequena que deixas transparecer isso. As provas começam agora a ser mais e mais fortes e evidentes! Continua assim firme e segura, sem pressas.. és ainda muito jovem, mas se mantiveres este passo chegas com certeza bem longe. Parabéns. Adoro-te
M.A.disse:
Pois claro Ana, há que continuar a trabalhar, a aparecer em exposições e estou convencida que o reconhecimento vai surgir.Parabéns e um beijo.
Aninhas,
Os grandes artistas não têm Pátria;
E eu espero, que neste sentido, te venhas a sentir e te venham considerar apátrida.
Amiga babada e mãe do Tiago Mourão :)
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