Como tudo começou

28/09/12

É já amanhã, Sábado - Teatro na SIMECQ - entrada gratuita

Dia 29 de Setembro às 21h há teatro na SIMECQ



 
O grupo de teatro "Os Padurar" apresentam no Salão Nobre da SIMECQ a peça "A menina feia",

26/09/12

A ANTIGA FÁBRICA DE CURTUMES DA CRUZ QUEBRADA

AS VOLTA QUE UMA PROPRIEDADE DÁ.... (Parte I)


Não há lugar ao imutável nem ao vazio. Mesmo o que, no nosso deficiente modo de comunicar, designamos de “imóvel” regista uma irrecusável mobilidade que o tempo confirma, posteriormente. Um edifício - a que também chamamos imóvel - sofre, inevitavelmente, transformações, quer na forma, quer na utilização, ao longo dos anos. E é interessante acompanhar essas mutações que se operam ao ritmo das necessidades, gostos e tendências da sociedade. Mas a leitura dessa dinâmica e a compreensão cronológica das suas diferente fases, sem perda da ligação ao lugar, apresentam-se, por vezes, complexas. Desvendar estas sequências e nexos é um exercício que se coloca frequentemente a quem, como nós, é tocado pelo fascínio da história local ou pela curiosidade que constantemente questiona o “porquê” e o “como” das coisas e das situações.

A Cruz Quebrada, embora já muito delapidada do seu património arquitectónico (mercê não do progresso mas da falta de sensibilidade, cultura e consciência cívica dos homens, que subordinam os seus anseios à acumulação de escudos), ainda conserva alguns elementos significativos da sua caminhada histórica, que deverão ser valorizados pela comunidade, como inequívocas referências identitárias que são. Entre estes, salienta-se o característico edifício-sede da Sociedade Instrução Musical e Escolar Cruz-Quebradense. Tentámos descortinar o seu percurso, desde as primeiras décadas do século XIX. Tudo indica que o espaço tenha sido utilizado, em primeiro lugar, por uma fábrica de curtumes, para depois passar a clube de recreio dos muitos veraneantes que frequentavam a zona no último quartel desse século e, finalmente, desde 1919, albergar a sede da popular e meritória colectividade popular.

A indústria dos curtumes no concelho

O território de Oeiras é cortado por uma rede de cursos de água que não só contribuíram para o desenvolvimento e riqueza da exploração agrícola mas também para a implantação de unidades industriais que deles careciam para o seu cabal funcionamento. Não foi só a utilização da água como força motriz mas também como elemento indispensável à laboração que fizeram do concelho de Oeiras um lugar de localização de vários e diversificados estabelecimentos.

A indústria dos curtumes exige o consumo de muita água no tratamento das peles. Situa-se, portanto, de preferência, junto de rios. Assim, no século XIX - a centúria do desenvolvimento industrial do concelho -, existiram quatro fábricas da actividade: em Algés, junto à ponte, de pequena dimensão, na propriedade de José Francisco Gravata; na Cruz Quebrada, na margem esquerda do Jamor, a de António Joaquim de Carvalho (fundada em 1834) e, na direita, a de Francisco Ferreira Godinho (1823); em Paço de Arcos, no mesmo local onde estivera a antiga fundição de ferro, a de Bento José de Freitas Guimarães (1842).

Em 1845, de acordo com a observação do administrador do concelho, no mapa das fábricas que enviou ao Governo Civil, estas três últimas unidades “não podem passar alem da perfeição a que chegarão as suas Manefacturas, por isso quanto a perfeição das mesmas nada mais se pode dezejar”. No que se relaciona com os quantitativos globais da sua produção anual, ainda testemunha que “está calculada em 1 200 Coiros Verdes em Solla, 2 600 ditos Salgados, em Solla, 2 750 Bezerros, 1 450 Vitellas Mouras [?], 1 150 Vitellas da Terra, 7 500 Pelles de Carneiro, 700 Pelles de Capado em Cordovão e 650 Atanados, alem de outras sortes de pelaria como pelles de Cavallo, e de Porco”. Com tais referências encomiásticas à qualidade e quantidade de peles tratadas, justifica-se que, particularmente as duas unidades da Cruz Quebrada, registassem progresso, na opinião daquela autoridade concelhia.

Os primeiros anos

Localizada na margem esquerda do Jamor, a fábrica de curtumes de António Joaquim de Carvalho foi fundada em 1834, ocupando uma vasta área que se situava entre a estrada de Oeiras (hoje Rua Sacadura Cabral) e o Tejo, que mais tarde veio a integrar-se no organizado parque Mira Torres. A propriedade, para além das dependências próprias da laboração, incluía ainda uma casa de habitação, possivelmente destinada a residência e escritório do proprietário.

Em 1845, para a produção, concorriam com a sua força de trabalho 20 operários, enquanto a sua congénere e vizinha dispunha de 28. No entanto, este número desceu drasticamente em 1852 para apenas seis. Destes, para se ter uma ideia do nível de instrução dos trabalhadores, somente um sabia ler e escrever!

A avaliar por este decréscimo de trabalhadores, a fábrica, em meados do século, deveria estar a passar por uma situação de crise. Talvez, por isso, tenha sido adquirida por Fortunato Simões Carneiro, em data que desconhecemos. Mas, na sua mão, a recuperação deve ter acontecido. Pelo menos em 1865, ano em que o P.e Francisco da Silva Figueira editou “Os Primeiros Trabalhos Literário”, este dá-nos conta de que já ocupava mais de 30 trabalhadores.

A extinção

Mas uma grande borrasca viria a atingir mortalmente a unidade fabril. De facto, apurámos que o estabelecimento foi integrado num conjunto de propriedades e de acções de bancos e companhias hipotecado, em 19 de Dezembro de 1876, ao Banco União do Porto, como segurança da quantia de 142 000$000 réis, deveras vultosa para a época, correspondente a nove letras que venciam a 31 de Dezembro de 1877 a 1883, de que era sacador Augusto Simões Carneiro e aceitante Fortunato Simões Carneiro. Desconhecemos qual a natureza da operação e até a relação, que se afigura de próximo parentesco, entre o dois intervenientes. A unidade fabril estava então avaliada em 10 000$000 réis.

Fortunato Simões Carneiro, que é considerado pelo P.e Francisco da Silva Figueira pessoa “empreendedora e benfazeja, residia em Lisboa, na Calçada do Marquês de Abrantes, onde possuía também uma “estância de carvão”. Em Cruz Quebrada, detinha a posse de várias propriedades, entre as quais a casa nobre que pertenceu ao marquês de Pombal, na Rua Sacadura Cabral.

Este proprietário e industrial faleceu, em data que ignoramos, deixando viúva D. Anunciada de Bono Carneiro e a dívida por liquidar. Desta só terá sido amortizada a importância de 10 300$000 réis, o que nos leva a supor que talvez o seu passamento se tenha verificado em 1877 ou, o mais tardar, em 1878. Em consequência de a viúva ou os filhos não terem providenciado a resolução da dívida, os bens foram levados à praça. Alguns destes foram a leilão judicial em 1883.

Em 1881, decerto, a fábrica já deixara de estar em actividade, porquanto não é assinalada no inquérito industrial que nesse ano se realizou. Teria encerrado algum tempo antes, pois, em 1887, referem-se-lhe como “antiga fábrica”, transmitindo a ideia de distanciamento temporal.

E assim terá terminado a laboração desta fábrica de curtumes. Não chegou a completar meio século de existência.

Novo proprietário - vida nova

A propriedade onde se encontrava implantada a fábrica também terá ido à praça. Deve, provavelmente, ter sido por esta via que a adquiriu, bem como a outro grande terreno anexo também hipotecado, Policarpo Pecquet Ferreira Anjos - instruído e abastado comerciante, em ascensão social, dotado de bom gosto, a quem se deve a construção do emblemático palácio Miramar (hoje, conhecido por palácio Anjos), em Algés.

O novo proprietário, em 1887, requereu autorização para proceder à “reedificação da propriedade” da “antiga fábrica de curtumes”. O edifício actualmente existente deve corresponder à requerida campanha de obras. E assim terão desaparecido os vestígios deste estabelecimento fabril. Mas ficou a memória guardada em documentos dos arquivos do Ministério das Obras Públicas e da Câmara Municipal de Oeiras a que nos arrimámos.

Cumpriu-se, deste modo, a primeira fase conhecida da existência desta propriedade. Da prosaica - e mal cheirosa - instalação fabril irá ganhar a alegre dimensão de espaço de recreação da elite de banhistas cruz-quebradenses.



Jorge Miranda

  SimecqCultura agradece ao Professor Dr Jorge Miranda a cedência deste artigo da sua autoria, já publicado no Jornal da Região, para publicação no nosso blog.
Bem Haja Professor!


Como nota, refiro que o Professor Jorge Miranda, é um profundo conhecedor e estudioso da história dos concelhos de Oeiras e Cascais
Fátima Camilo

23/09/12

Apanhados

Sempre fomos de facto pioneiros na descoberta de novas tecnologias....

(in Feira de S Domingos)

fc

21/09/12

Ser amigo



Ser amigo


Se ser amigo é isto
Que sinto a todo o momento,
Então escolho que para sempre
Quero ter este sentimento!
Porque ser amigo é partilha
De alegria e de dor
De momentos e de tempos
Das canseiras e das asneiras
Das coisas que são menos boas
Das paródias e  brincadeiras
Dum passeio ou repasto

Ser amigo é ser cúmplice
É estar presente
em cada momento.
Se ser amigo é isto,
Quero este sentimento
SEMPRE!

21/09/2012

Foto e poema meu, para uma amiga especial

fc

17/09/12

Dia 29 de Setembro há teatro na SIMECQ - " A menina feia" pelo grupo de teatro "Os Padurar"


Dia 29 de Setembro às 21h, o grupo de teatro "Os Padurar" apresentam no Salão Nobre da SIMECQ a peça  "A menina feia",

Temos muito gosto que venha até junto de nós para assistir ao espectáculo!

fc


16/09/12

Curiosidade - separar a gema da clara

Como separar uma gema da clara. Veja aqui:

É realmente muito curioso e fácil. Pena faltarem as legendas...

fc

14/09/12

Atelier de artes SIMECQ - Inicio das aulas é já amanhã, Sábado

Depois de uma merecida pausa, é já amanhã que arrancam as aulas no atelier de artes da Simecq.

Nas manhãs de Sábado das 9 às 12h artistas dos 6 aos 80, mostram os seus dotes artísticos no desenho e na pintura sobre tela.

Durante a semana, é a pintura em seda  que atrai a curiosidade artística de jovens e adultos.

Porque espera para vir dar uma olhadela às nossas actividades, e quem sabe passar a fazer parte do nosso grupo?

Apareça!
fc

12/09/12

Os figos secos do Algarve

foto minha(figos alinhados em esteira de cana)




A abundância e a excelência dos figos de Silves foram celebradas pelos autores antigos desde tempos imemoriais.
Nos princípios do século XII, o geógrafo muçulmano Al Idrisi, ao descrever a cidade de Silves, assinalava: "A cidade de Silves faz parte da província de Chenchir , cujo território é celebrado pelos figos que produz, enviados para todas as regiões do ocidente e que são de uma excelência e doçura incomparáveis".
Durante muitos séculos, praticamente até aos nossos dias, os figos secos foram o produto mais exportado do Algarve e ocuparam lugar de relevo na economia regional. O valor alimentar dos figos secos ou "passados", associado á duração da sua conservação, fez deles um recurso muito apreciado pelas gentes do campo. No Algarve rural dos anos 50, era vulgar dizer-se que, "com uma algibeira de figos e um cucharro de água, fica um homem confessado", isto é, almoçado. Quando em 1189, D. Sancho I e os cruzados cercaram Silves, os mouros, depois de escassearem os outros alimentos, "mantinham-se de figos".
Com a conquista definitiva de Silves, em 1253, os mouros que permaneceram como forros (livres) foram autorizados pelo rei a conservar as suas propriedades mediante o pagamento de impostos e o cumprimento de certas obrigações. Uma dessas obrigações era cuidar das vinhas e dos figueirais do rei. Desde finais do séc. XIII que há notícias de exportação dos figos de Silves para a região da Flandres, tendo-se desenvolvido um intenso comércio nos séculos seguintes.
Uma extensa zona de figueirais e vinhas, com cerca de duas léguas, era conhecida pela designação de Loubite e situava-se entre Silves e Lagoa, ocupando uma faixa que ia, mais ou menos, desde o sítio de S. Pedro até ao mar, na actual Armação de Pêra.
Tanto o Livro do Almoxarifado de Silves (c.1451-53) como o Tombo do Almoxarifado de Silves (c.1552-53) referem numerosos figueirais e vinhas em Loubite. Todavia, ainda no século XVI, já Loubite estava algo abandonado, como testemunhava Frei João de S. José (Corografia do Reino do Algarve, 1577): "Um sítio de terra lhe cai contra o mar que tem quase duas léguas em comprido, toda chã e frutífera, em que os moradores têm suas quintas de figueiras, olivais e vinhas, a que chamam Lobite, a qual se caíra em mãos de gente italiana, fizeram nela outro paraíso terreal, mas como os Portugueses naturalmente somos pouco astuciosos (...) está perdido". Entretanto, o mesmo autor destaca a crescente importância de Alcantarilha, "com mais de 200 vizinhos", "todos lavradores em boas terras e figueirais que em seu termo tem". Mais nos informa que a maior parte do figo de Silves e do Algarve era exportado através do porto da Mexilhoeira Pequena (ou da Carregação): "está pegada com o rio de Vila Nova (...). Neste lugar se embarca o mais figo do Algarve e o porto onde o embarcam que está junto das casas tem cem braças de altura".
Em seguida, Frei João de S. José descreve detalhamente as diversas fases da produção e comercialização dos figos:
"As principais fazendas do Algarve são os figueirais e deitam-se os homens mais a eles que a outra cousa, porque se dão em toda a terra e é novidade de cada ano e mais certa que o pão.
(...)
Aos santos domingos pouca gente fica nas povoações, porque ou estão nas fazendas continuamente os de casa ou esses que nelas ficam nestes dias vão a ver e desenfadar-se com os outros; e é tanto o regozijo e contentamento que mostram neste tempo, a que chamam alacil, uns dum e outros d'outro, com diversos cantares e tangeres, que facilmente se deles entender que pera eles aquela é a melhor parte do ano e ainda mais alegre da vida. Todos neste tempo andam fartos e contenta assi ricos como pobres e se melhoram nos vestidos de suas pessoas e alfaias de casa, de maneira que este tempo, no Algarve, é como a ceifa em Alentejo, quando anda o trigo polas eiras.
(...)
Nestes figos assim postos, que pera outra nenhüa cousa prestam, se criam uns bichinhos, cada um de seu grãozinho, dos que têm os figos dentro, como milho, e saem pelo olho do figo maduro, à maneira de mosquitos de vinho, piquenos, e se põem nos olhos dos outros figuinhos que estão piquenos e verdes e os tocam. A maneira que nisto têm não o alcancei, porque é um segredo maravilhoso da natureza e daí se vão e morrem sem mais serem vistos. Basta que eles lhe põem tal virtude que estes figuinhos assi tocados crecem e maduram a seu tempo e se fazem muito fermosos.
(...)
É o figo bom mantimento, em especial pera os do Algarve, que o têm já em costume, e serve muitas vezes em lugar de pão à gente do monte e aos pobres, e também de cevada às bestas, de farelos aos porcos e ainda aos cães e gatos, porque, enquanto ele dura, todos geralmente participam dele. E a todos sustenta e, por isso, chamam os Mouros a este tempo alacil, que quer dizer em sua língua "mesa de Deus", que a todos farta.
(...)
O mais deste figo se leva do reino pera Flandres e daí vai muito dele pera mais longe. E o modo de o vender e comprar, quando vêm as naus da carregação, é o seguinte: os mercadores da terra são os que comummente compram e lhe põem o preço, que se chama mote e manda cada um deles apregoar pela cidade ou vila que ele quer comprar o figo e tomará a tal preço peça e quarteirão, porque assim costumam; que quem lho quiser vender por aquele preço lhe leve a casa; e esta é a comum venda e compra desta fruta, salvo se algumas pessoas particulares o querem bom e de bons petos (= gostos), porque estas encomendam-no antes ou vão-no lá a buscar. Quando os Flamengos o compram por si mesmos, é cousa gostosa ver alguns deles fazer a experiência desta mercadoria: porque não abrem as seiras nem querem ver o figo, mas tomam um espeto e dão duas ou três estocadas por diversas partes das seiras e depois passam o espeto pela boca e, se o acham azedo, não o querem, mas, se lhe sabe a doces, dizem bono, bono e logo o pagam sem mais referta."


fc

06/09/12

IN MEMORIAM DE MÁRIO SALGADO


“Um dia,
Naquele pequeno lugar,
Mas com gentes de alma grande,
Generosa e empreendedora.
Gentes do querer fazer,
Talvez menos do saber,
Mas muito do saber fazer.
Naquele pequeno lugar,
Cruz Quebrada de seu nome,
Lugar de tantas vicissitudes
Retiro de monges,
Pouso de realezas e poetas,
Veraneio privilegiado para alguns,
Local de vida dura para outros.
Dura, mas partilhada e solidária.
Assim, um dia,
Naquele pequeno lugar,
Nasceste mulher.
Pela mão de homens é certo.
Homens dispostos a tudo fazer por ti.
Fazer-te crescer,
Enobrecer-te.
Decididos a fazer de ti,
A flor,
A luz,
O alento das suas vidas”...

Assim começava o  poema apresentado na comemoração teatral  dos 130 anos da Simecq e do qual  foi autor Mário Salgado, que  hoje nos deixou, depois de um prolongado e doloroso período de doença.
Também Mário Salgado, com toda a justiça, fez parte deste conjunto de homens, aqui  mencionados, que enriqueceram com a sua presença, o seu saber, o seu trabalho, o seu bom senso, a vida desta colectividade. Aos 18 anos de idade, ocupou o cargo de  director da escola da Simecq, sendo actualmente presidente da mesa da assembleia geral, sempre de forma exemplar e extremamente digna, fazendo jus àquela celebre frase da Camões que nos diz que é por obras valorosas  que os homens se vão da lei da morte libertando.
 Mesmo já numa fase adiantada da doença nunca deixou de comparecer na colectividade tanto em datas assinaladas como sempre que entendesse que  poderia ser útil.
A Simecq está de luto pelo desaparecimento de mais este seu Dirigente.
Que todos os sócios se unam acompanhando Mário Salgado até à sua última morada, prestando-lhe, com todo o respeito, a homenagem que lhe é devida.
Por último, queremos apresentar as nossas mais sentidas condolências à sua Família, em especial à sua Mãe Conceição Salgado, Esposa Isabel Pina e Filho André.
Que descanse em paz, na Eternidade onde agora se encontra.
O corpo está em câmara ardente no Salão Nobre da Simecq, hoje a partir das 19 horas, realizando-se o funeral amanhã às 15h, para o cemitério municipal de Camarate, onde será cremado, sendo antecedido de missa de corpo presente na Igreja da Cruz Quebrada pelas 14,30h.


MA
fc

Até sempre amigo!

foto minha

Mesmo que morra a árvore, mesmo que seque o rio a tua imagem jamais se apagará.
Ficará para sempre na nossa memória uma vida plena de serenidade, dedicação, bondade e amor!
 
FC
 
 

03/09/12

O corvo e a raposa




É fama que estava o corvo
Sôbre uma árvore pousado,
E que no sôfrego bico
Tinha um queijo atravessado.

Pelo faro àquele sítio
Veio a raposa matreira,
A qual, pouco mais ou menos
Lhe falou desta maneira:

"Bons dias, meu lindo corvo;
És glória desta espessura;
És outra fênix, se acaso
Tens a voz como a figura!"

A tais palavras o corvo
Com louca, estranha afoiteza,
Por mostrar que é bom solfista
Abre o bico, e solta a presa.

Lança-lhe a mestra o gadanho,
E diz: "Meu amigo, aprende
Como vive o lisonjeiro
À custa de quem o atende.

Esta lição vale um queijo,
Tem destas para teu uso."
Rosna então consigo o corvo,
Envergonhado e confuso:

"Velhaca! Deixou-me em branco,
Fui tolo em fiar-me dela;
Mas este logro me livra
De cair noutra esparrela."


Os mais novos estão quase a começar as aulas. Como ainda há uns dias de férias, e para irmos treinando a mão, deixo aqui esta fábula, e aguardo pelos vossos desenhos sobre a mesma.
Enviem para:
simecq.cultura@gmail.com

fc
Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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