Como tudo começou

27/02/13

UMA PORTUGUESA NA PASSADEIRA VERMELHA DOS ÓSCARES




Neste mundo onde se vive num turbilhão contínuo, onde tão pouco se liga ao interesse e bem estar de quem está ao nosso lado, sabe bem ler notícias como esta.
Clique aqui para saber do que estamos falando.
(Recolha feita em “Notícias ao Minuto”)

Até breve. M.A.

26/02/13

À MESA OS OLHOS TAMBÉM COMEM




Quantos de nós já ouviram  na vida esta expressão? E, possivelmente também, todos concordamos com ela, não é assim?
Quantos pratos, ainda que simples, da cozinha portuguesa, ganham logo estatuto superior se o bom odor que entra nas narinas dos  comensais é complementado pela boa apresentação dos elementos que entraram na confecção?






Então com as crianças, basta até, por vezes juntar um pouco de beterraba cozida a um puré de batata para, a côr rosa , assim obtida, despertar o apetite mais renitente!
Há anos atrás tive, em casa, uma garotinha, que pediu para ficar a almoçar connosco. A mãe não queria deixar porque, dizia, ela era muito difícil de alimentar, porque nunca tinha apetite. Ajudei a miuda e a mãe acabou por aceder ao pedido e, quando mais tarde a vieram buscar ela disse, entusiasmada, para a mãe :_”Olha, portei-me  bem e até comi mananinha com geleira”.
Quando fiz a “tradução” para a  mãe, esta mostrou-se estupefacta porque, em casa, a miúda recusava-se a comer bananas e o que tanto a  havia entusiasmado  fora afinal  uma banana cortada em rodelas, que sobrepostas e  pintalgadas com geleia de marmelo e ainda  dois smarties  fingindo os olhos, deram uma … cobra improvisada dentro de um  prato.










Bom mas esta conversa veio apenas à laia de intróito para as imagens de uns tantos pratos, tão bonitos  e tão fáceis de fazer que, desconfio que as nossas leitoras ( e porque não leitores?) vão pôr mãos à obra e fazer, pelo menos um deles numa próxima oportunidade. Alguns são mesmo apropriados à gente miúda e acredito que até capazes de serem feitos por eles mesmos, ainda que, com uma ou outra ajudinha de um adulto.
Bom trabalho e bom apetite.

PS. Imagens enviadas por alguém amigo.
M.A.

13/02/13

CICCIO, UM CÃO FIEL À SUA DONA



Isto aconteceu e acontece em Itália, mais precisamente na povoação de S. Donaci, na Puglia, sul de Itália.
Ali viveu Maria Marguerita Lochi durante 57 anos e, ao que  se conta, ela tinha por hábito  proteger animais abandonados. A senhora faleceu em Novembro de 2012 e, nos últimos tempos da sua vida um dos animais adoptados  foi um cão, de raça pastor alemão, de 12 anos de nome “Ciccio”. Apenas como curiosidade este é um diminutivo, bastante comum em Itália, usado para o nome próprio Francisco.
Ora, o que acontece agora de pouco vulgar é que na Igreja de Santa Maria Assunta, onde  Maria  Lochi  ouvia missa, já com “Ciccio” deitado a seus pés, o fiel cão continuou, diariamente, a ir à igreja quem sabe se, na esperança de ali encontrar de novo a dona desaparecida. Mal soa o toque dos sinos logo “Ciccio” se dirige para o templo onde, agora,  toma lugar junto ao altar.



O pároco  Donato Panna e a comunidade religiosa aceitaram, de imediato, a presença deste fiel animal dentro do templo e são precisamente do sacerdote estas palavras:

"Ele está lá toda vez que eu celebro a missa e é muito bem comportado, não faz nenhum som, nenhum latido. Ele vai a missa todos os dias, mesmo após o funeral da Dona Maria, ele espera pacientemente ao lado do altar e fica lá tranquilamente. Eu não tenho coração para expulsá-lo."

Todos em San Donaci ficaram tão impressionados com a fidelidade de “Ciccio” que, em conjunto, decidiram adotá-lo e cuidar dele. O animal passou a dormir  numa das dependências  ligadas à igreja e, do seu sustento se encarrega toda a comunidade.
Evidentemente, que exemplos de fidelidade dos animais para com os seus donos não são caso único, sendo este mais um entre tantos outros… 
Ao trazer aqui este comovente relato eu convido os leitores a mais uma outra reflexão:
_Sobre a  atitude exemplar  do padre e daqueles fieis pela pronta aceitação, dentro da casa de Deus, daquele 4 patas, primeiro,  ainda na companhia da dona e amiga e , pela força das circunstâncias, agora  sozinho e, provavelmente, saudoso e triste.
Fiquem  com algumas fotos que ilustram mais esta história com  animais.

Nota da autora do post:- Elementos retirados  da net.T
M.A.

09/02/13

GRANDIOSA ESCULTURA DIGNA DE MANDELA





Nelson Mandela, presidente da África do Sul entre 1994 e 1999,  líder africano e reconhecido lutador, de toda uma vida, pelos direitos dos negros tem, a partir de 4 de Agosto de 2012, uma monumental e bastante original  escultura a si dedicada.
Está implantada em Howich, numa estrada rural, justamente no local onde, em 6 de Agosto de 1962, Mandela foi preso quando, na clandestinidade, disfarçado de chauffeur,  se dirigia para Johansburgo. Creio que neste local também já existiu um outro monumento, talvez menos importante, inaugurado em 1996.
Este  antigo líder político, agora já com 94 anos e a poucos meses de completar os 95, continua muito acarinhado pelo seu povo e mostra-se sempre, senhor de um excelente  bom humor.
Este monumento, de que mostramos fotos, tem  a altura de 10 metros, e  é formado por 50 placas de aço, cortadas com laser e inseridas numa elevação de terreno, a que uma rampa dá acesso. São 50, as placas, porque comemoram, precisamente, o 50º aniversário da captura e prisão do antigo líder político, que acabaria, então, por ficar  detido 27 longos anos.
A particularidade do monumento reside no facto de em determinada perspectiva de visão as colunas que o compõem, formarem, pelos seus recortes,  a imagem da cabeça de Nelson Mandela

Foi seu autor Marco Cianfanelli, escultor de Johanesburgo que estudou Belas Artes em  Wits.
Curiosamente, nunca li referência nenhuma em relação  ao nome que o escultor deu a esta sua obra e que se encontra gravada na placa de que mostramos imagem. Para mim,  “RELEASE”  também tem significado…


Homenagem  de todo merecida pelo homem que, quanto a mim, será o maior símbolo  da luta contra o regime que vigorava na África do Sul, nomeadamente o  apartheid.
M.A.

02/02/13

O CAPÃO DE FREAMUNDE




«…Reza a história que o capão remonta aos tempos dos romanos estando intimamente ligada à Roma antiga e à figura do cônsul Caio Cânio que, provavelmente, incomodado  com o despertar sonoro dos galos pela madrugada fez aprovar no Senado uma lei que proibia a existência dos galináceos no perímetro urbano da cidade. Os seus súbditos privados deste alimento e desagradados com a medida, inventaram uma forma de contornar a disposição legal, pois acreditavam que desvirilizando  os galos estes deixariam de cantar. Só que para compensar a ausência da função reprodutora, o sápido eunuco engorda compulsivamente e a sua carne adquire novo paladar Pormenor que não deixa indiferente os romanos que passam a castrar os seus galos bem cedo para melhor proveito tirar do seu sabor. E, desta forma, percorrendo séculos de história a iguaria considerada um “Manjar dos Réis” é referenciada em obras de Gil Vicente, de D Francisco Manuel de Melo, de Camilo Castelo Branco e de Eça de Queirós e chega a Freamunde para ali adquirir o seu sabor mais delicado.
Certificada como Indicação Geográfica protegida, por espacho nº 4253/2011, de 7 de Março, Freamunde homenageia o capão em Dezembro durante duas duas semanas, com iniciativas gastronómicas que permitem degustar a especialidade, comercializar e avaliar as características da ave viva…»

Receita à Freamunde:
Um manjar real e sublime que deve ser preparado “à Freamunde”, conforme receita tradicional que se segue:
Embebedar o Capão com um cálice de Vinho do Porto meia hora antes de o matar e na véspera de o consumir.
Depois de depenado e lavado, colocar em recipiente dom água fria e rodelas de limão durante meia hora. De seguida escorrer bem e mergulhar em “vinha de alhos” (molho preparado com vinho branco, algumas colheres de azeite, sal, pimenta e dentes de alho esmagados) esfregar o galo e virar algumas vezes para melhor o envolver no molho, deixando-o em repouso desde a véspera.
No dia de o consumir coloque uma caçarola ao lume com azeite, banha de porco e cebolas às rodelas. Quando a cebola estiver loura deite uma colher de sopa de manteiga (bem cheia), 2,5 dl de vinho branco e sal q.b. Escorrer o Capão e esfregar novamente com o molho. Rechear com “farófia” e um picado de “miúdos” e pedaços de salpicão e presunto. Colocar na assadeira de preferência numa “pingadeira de barro” e levar ao forno, deixando assar lentamente. Sem ferir a pele deve picar com um garfo cuidadosamente e de vez em quando o capão e regar com o molho da assadeira. Saboreia-se dourado e com a pele estaladiça.

Nota da autora do post:
Estes dados e a imagem encontrei-os na revista Tempo Livre nº.  244 de Janeiro de 2013. Desejando ler o artigo na íntegra p.f. clique aqui.
Por achar curiosa a lenda que, eventualmente, terá dado origem aos capões é que resolvi trazê-la ao conhecimento dos nossos leitores. Nunca será demais dar a conhecer os nossos usos e costumes e, também, divulgar a  excelente gastronomia portuguesa.
Oxalá tenham gostado.
Bom apetite!
M.A.
Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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