Como tudo começou

31/07/10

PORTO – AGUARELAS I


Para aqueles que tenham poucos conhecimentos em matéria de artes plásticas queremos dizer que a técnica de pintura considerada mais difícil é a da aguarela.

Fazer uma boa aguarela, implica, para além da escolha e conjunto de cores, a qualidade de pincéis e do papel, ter também a noção da sequência certa na execução dos diferentes motivos que a compõem.



Enquanto nas outras técnicas plásticas um erro pode ser remediado com mais uma camada de tinta, na aguarela, isso está vedado fazer.

A aguarela vive, sobretudo, da leveza das suas cores. Ouvimos até alguém dizer, um dia, que uma aguarela deve ser feita em apenas duas horas. Isto significa que um aguarelista tem que ter a capacidade de trabalhar com certa rapidez e maestria para impedir que se perca a tal frescura e transparência que dá a qualidade e, distingue uma boa obra, de tantas outras.

Este vídeo com aguarelas do Mestre Real Bordalo (se acaso não se recorda de quem é queira clicar aqui) é um bom exemplo daquilo que dissemos. Queiram, pois, os nossos leitores deliciarem-se com estas cores e, igualmente, com a voz bonita do saudoso Vasco Rafael.

M.A.

30/07/10

Até sempre António Feio

Há Homens que não partem nunca!

29/07/10

Casa Museu Joao de Deus - Messines (III)

Dando continuidade à visita à Casa Museu João de Deus em Messines, aqui vão mais algumas imagens da museu.
Desta feita, apresentamos a Cartilha Maternal.
Quantos de nós a usaram para aprender as letras....???


Exemplar manuseável da Cartilha Maternal


A Cartilha Maternal


Livros escritos por João de Deus...


...mais livros, um regalo para o olhar do visitante...

e ainda mais estes...

e estes.

João de Deus
Fotografias de uma vida a escrever para pequenos e graúdos......
Este valioso património, impecavelmente tratado e arrumado, dá ao visitante uma ideia fiel da vida e obra deste escritor.
Volto a recomendar a visita à casa e à obra...
Acompanhe a vida desta casa aqui http://casamuseujoaodedeus.blogspot.com/
Deixo um agradecimento à directora Dra Gabriela Rocha Martins e à Hélia Coelho, pela disponibilidade e pela forma sentida como nos mostrarem a casa, explicando todos os pormenores e autorizando este apontamento no nosso blog.
É gente assim como vocês que faz de um pequeno espaço uma obra grandiosa.
fotos minhas
fc

27/07/10

Casa Museu João de Deus - Messines (II)

Foi nesta casa que João de Deus passou grande parte da sua vida.
Era para aqui que se retirava, mesmo quando vivia em Lisboa. Apesar de não ser esta a casa onde nasceu, foi onde o "poeta do amor" como era conhecido, escreveu muitos dos seus poemas.

João de Deus Nasceu em S Bartolomeu de Messines em 8 de Março de 1830.

Os seus conterrâneos prestam-lhe desta forma uma merecida homenagem. Perpetuando a sua memória e a sua obra.

É com grande orgulho que esta casa é mostrada aos visitantes.

Experimente ir até lá.


Aspecto exterior da casa

Pormenor da cozinha


A "cisterna" da época...


O chão é o original.....

A cozinha, com a sala ao fundo

A sala

O quarto

pormenor no quarto

A Vida
João de Deus
Foi-se-me pouco a pouco amortecendo
a luz que nesta vida me guiava,
olhos fitos na qual até contavair
os degraus do túmulo descendo.
Em se ela anuviando, em a não vendo,
já se me a luz de tudo anuviava;
despontava ela apenas, despontava
logo em minha alma a luz que ia perdendo.
Alma gémea da minha, e ingénua e pura
como os anjos do céu (se o não sonharam...)
quis mostrar-me que o bem bem pouco dura!
Não sei se me voou, se ma levaram;
nem saiba eu nunca a minha desventura
contar aos que inda em vida não choraram ...
Fotos minhas
fc

25/07/10

Casa Museu João de Deus - Messines (I)

As fotos não têm boa qualidade, mas essa é uma das razões, pela qual se deve deslocar pessoalmente a esta Casa Museu.

Fica mesmo no centro de Messines, e tem muito para ver.

Na sala polivalente para além de exposições temporárias, pode ver esta colecção de miniaturas.







Fotografias recolhidas por mim, por ocasião da inauguração de uma exposição de pintura .
Recomendo a visita a esta Casa Museu.
Conheçam o fantásico trabalho desenvolvido pela sua directora Dra Gabriela Rocha Martins e pelo seu braço direito, a Hélia Coelho.

Rua Dr. Francisco Neto Cabrita, nº 18375
São Bartolomeu de Messines
Tel. e Fax. 282330189
email- casamuseu.joaodeus@cm-silves.pt
Horário de Funcionamento
( de segundas a sextas feiras )
Período de Manhã:10h00 às 13h00
Período da Tarde:14h30 às 18h30
fc




23/07/10

EXPOSIÇÃO DO MUNDO PORTUGUÊS E O PINTOR FAUSTO SAMPAIO


Ao anos passam e as figuras que, em cada época, se possam ter distinguido por alguma razão também vão ficando um tanto desvanecidas. Importa pois que, de vez em quando, haja quem as recorde trazendo-as à luz do dia. O seu valor não se perdeu porque as obras deixadas lhe servem de testemunho mas, temos que convir que, por vezes, estará um pouco esquecido na memória dos presentes.

Vem-nos tudo isto à ideia ao passarmos os olhos por um artigo sobre o pintor português Fausto Sampaio (1983-1956). Para saberem de quem falamos só terão que clicar aqui. Resolvemos fazer uma pesquisa para trazer, junto dos leitores, uma pequena amostra da sua pintura.
Apresentamos sete, das muitas mais obras suas, que figuraram na Grande Exposição do Mundo Português, em 1940, em Lisboa. Elas foram ao todo, precisamente 91 imaginem só! Uma delas, foi até a escolhida para capa do livro sobre a Secção Colonial.
Como também falamos , recentemente, neste blog desta exposição, no caso de não recordar o que então foi dito só terá que clicar aqui.
Até breve com outro tema.

1- Fausto Sampaio, auto retrato
2- Macau- Rua 5 de Outubro
3- S.Tomé- Tipo de nativa
4- S.Tomé - Fruta da terra
5- Macau- Velha rua com chuva
6- Macau- Um retrato
7- Macau- Tancareiras
8- Macau- Leong Sei Teng

M.A.

21/07/10

LER OU RELER… EIS A QUESTÃO



Chegou-nos recentemente às mãos este poema de Clarice Lispector. Este nome talvez seja desconhecido para alguns dos nossos leitores, portanto, àqueles que quiserem saber algo mais a seu respeito convidamo-los a clicarem aqui.

A curiosidade e genialidade do poema em questão está na forma como o seu sentido se altera, quando lido tal como se apresenta ou, depois, começando do fim para o princípio. Experimentem e talvez fiquem surpreendidos

Não te amo mais.
Estarei mentindo se disser que
Ainda te quero como sempre quis.
Tenho certeza de que
Nada foi em vão.
Sei dentro de mim que
Você não significa nada.
Não poderia dizer nunca que
Alimento um grande amor.
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a frase
EU TE AMO!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade:
É tarde demais...

Então, leitores? Gostaram? Esperamos que sim.
M.A.

19/07/10

IGREJA DA MEMÓRIA


Esta Igreja, situa-se mais ou menos a meio da Calçada do Galvão, no extremo Sul da freguesia da Ajuda, em Lisboa e, foi mandada construir pelo rei D. José I, em agradecimento por ter escapado apenas ferido, a um atentado sofrido naquele mesmo local, em 3 de Setembro de 1758.
Tudo quanto se relaciona com este atentado é um tanto dúbio e pensamos mesmo não ser uma página da nossa história da qual nos devamos orgulhar. Já foi tema de um post neste blog e poderá recordá-lo clicando aqui.
Digamos, então que foi este episódio que deu depois pretexto a que cinco elementos da família dos Távora e alguns sacerdotes jesuítas fossem executados.

Justamente dois anos depois, também em 3 de Setembro de 1760 é lançada a primeira pedra deste templo mas, passariam 30 anos até à sua conclusão. É construído no estilo neoclássico e o autor do projecto foi o italiano Giovanni Carlo Bibiena seguido depois por Mateus Vicente de Oliveira.

O nome inicial desta Igreja foi, de acordo com a vontade do monarca, “Igreja de N. Senhora do Livramento e S. José” mas, o povo acabou por igualmente a denominar “Igreja da Memória” e, hoje é este último, o nome pelo qual é mais conhecida.
É também nesta igreja, que numa divisão lateral, está o sarcófago com os restos mortais do Marquês de Pombal, mostrado numa das fotos. Veio transladado de Pombal em 1923.
Em 22 de Abril de 1985 um raio atingiu o zimbório da igreja provocando vários estragos mas, felizmente, que a sua reparação foi feita sem alterar a traça original. Mais pormenores sobre a igreja poderá o leitor encontrar clicando aqui.

A autora do post deixa-vos algumas fotos que fez do seu interior e convida quem a lê a fazer também uma visita a este monumento.
A foto que abre o post foi tirada do livro “Lisboa”, de José V. Adragão, Natália Pinto e Rui Rasquilho.
M.A.

17/07/10

CEGONHAS



Caros leitores:

Trago-vos hoje um vídeo feito com lindíssimas fotos destas simpáticas aves; desta vez , são protagonistas, aquelas que escolheram para habitar a cidade de Faro, no Algarve. Se pretenderem colher dados mais pormenorizados sobre as cegonhas convido-os a clicarem aqui.


Uma das nossas recordações ligadas às cegonhas faz-nos recuar bastantes anos atrás:

Chegáramos a Cáceres, em Espanha e aí iríamos pernoitar. Após o jantar, passeavamos pela parte velha da cidade, desfrutando de uma temperatura amena e de um luar indescritível. O recorte do cimo dos edifícios destacava-se com muita nitidez, devido ao luar que já referi e, dado que nesta cidade os ninhos de cegonhas são mais que muitos, era-nos fácil ir dando conta de muitas cenas giras, como se calcula.
De repente, sob a batuta não sei de que invisível maestro, começou a ouvir-se um som ensurdecedor, semelhante ao de matracas. Esse ruído, sei hoje que se denomina gloterar e é feito com o rápido bater dos bicos, uma vez que as cegonhas, não tendo faringe, estão inibidas de produzir outro qualquer som.
A noite já ia bastante adiantada. Imaginamos, portanto, o incómodo de quem, habitando pelas redondezas e se encontrando já a dormir, nesta altura, (como, possivelmente em outras anteriores!) sentiria o entrar pelos seus ouvidos de um tal “ concerto de centenas de castanholas”!...

(Foto de Pedro Martins. Vídeo recebido num mail)
M.A.

15/07/10

LISBOA NOS TEMPOS DE HOJE

(D. José I - Terreiro do Paço)


Lisboa é sempre um tema eterno e, a ele voltamos uma vez mais. Que os vossos olhos se deliciem com este vídeo que mostra como esta cidade continua a ter inúmeros encantos. Quer o passeio seja diurno ou nocturno, será difícil não nos apaixonarmos pelo que aqui vamos encontrando e, impossível também, não sentirmos a magia do som que acompanha estas imagens.


Para colocar o vídeo em andamento queiram clicar no rectângulo que tem a palavra LISBOA.
(Recebido por mail)
M.A.

13/07/10

DUAS MÃOS? MELHOR AINDA!


Quando se pretende dizer que alguém tem jeito para desenhar, é costume empregar-se a frase:
_Fulano, ou fulana tem uma boa mão para o desenho. Isto, por vezes, desperta em nós até uma pontinha de inveja pois, quando queremos desenhar um gato sai-nos sempre uma cadeira! A única semelhança é que ambos têm quatro pernas…


Mas, leitores, o vídeo que vos trago não é para despertar sentimentos mesquinhos em ninguém. Vai é permitir-nos ver que há sempre alguém que consegue desenhar ainda melhor do que pensávamos.
Esperamos pois, que gostem de o ver. Até breve.
M.A.

11/07/10

ANTONIO ALEIXO


Para fazer a apresentação deste poeta popular fomos buscar a Nota que o seu editor escreveu no I volume do “ESTE LIVRO QUE VOS DEIXO":

«Os versos de António Aleixo foram primeiramente editados em brochuras dispersas: Quando começo a cantar…, 1943; Intencionais, 1945; Auto da Vida e da Morte, 1948; Auto do Curandeiro, 1949. Posteriormente, estes pequenos livros, aos quais se juntou Auto do Ti Jaquim (inédito até à sua inclusão neste livro), foram compilados num único volume – Este Livro Que Vos Deixo…
Cada um destes pequenos livros encerra em si uma história, da qual as linhas de apresentação que sempre os acompanharam nas várias edições são testemunho vivo. Retirá-las seria amputar um pouco o sentido da obra deste poeta algarvio e, antes do mais, calar as palavras do Dr. Joaquim Magalhães, grande amigo e o apoio sempre presente de António Aleixo.
Bastariam estes factos, e outros existem certamente, para impor a necessidade de manter os vários prefácios e as notas introdutórias que separam cada parte deste livro. Cremos assim ter conseguido ser fiéis ao próprio poeta e permitir aos leitores sentirem mais vivamente a poesia de António Aleixo».


Deixamo-vos agora, leitores, com este vídeo onde se mostram quadras suas. Em algumas delas, o poeta algarvio expressa verdades e desabafos da vida bem amargurada, que viveu.

Se pretender ter acesso à sua biografia queira clicar aqui.
Até breve com outro qualquer tema

M.A.

09/07/10

PAPÁS SÃO, QUASE SEMPRE, MAIS DISTRAIDOS QUE AS MAMÃS…



Hoje trago-vos uma deliciosa história infantil que, por certo vos fará sorrir e, na vida, mal vai quando, alternando com as preocupações do dia a dia, não há também, uns momentos de descontracção e bom humor.
Chamemos então, a personagem da nossa história, para ser, ela própria, a contá-la na primeira pessoa:

_Eu tinha perto de 2 anos e meio e estava a convalescer de um pequeno acidente. Como a mamã tivera que sair, foi o papá quem ficou a tomar conta de mim. Nessa altura, alguém me tinha oferecido um daqueles serviços de chá, em miniatura, que se tornou num dos meus brinquedos preferidos.
O papá ouvia na sala o noticiário, enquanto eu, brincando com o novo serviço, lhe ia servindo chávenas de «chá» que, naturalmente era só água…
Depois de ele ter bebido e elogiado, constantemente, o meu «chá», a mamã chegou a casa.
O papá, que estava absolutamente derretido com a gracinha da sua menina, empatou a mamã na sala para que ela também tivesse oportunidade de me ver trazer-lhe mais uma chávena de «chá».
A mamã esperou, viu-me chegar, orgulhosa, com mais uma chávena na mão e assistiu, sorridente, ao ar deliciado com que o papá bebia o «chá» até ao fim…
Mal ele acabou de beber, a mamã (como só uma mãe o saberia fazer) disse-lhe:
_Ouve lá!... Alguma vez te passou pela cabeça que o único lugar, com água, a que ela chega, cá em casa, é a sanita?.....
M.A.

07/07/10

FIA – FEIRA INTERNACIONAL DE ARTESANATO DE 2010


Os pavilhões da FIL (Feira internacional de Lisboa) abriram-se no passado dia 3 de Julho para mais uma FIA, ou seja, a Feira Internacional de Artesanato de 2010.
Até ao próximo dia 11, quem o desejar, poderá ver ali uma variedade grande de peças de artesanato, tanto de Portugal como de mais 34 países abrangendo os 5 continentes. Não esqueçamos, igualmente, a vertente gastronómica, pois, após alimentar o espírito vendo peças, por vezes bem interessantes, chega igualmente a altura de ir retemperar o estômago com óptimos pratos e sobremesas também de origens várias.
Estivemos lá ontem e, para vos dar uma pequena ideia do que vimos, aqui ficam algumas fotos, escolhidas ao acaso:

1- A obra que ganhou o 1º prémio deste ano, de António Cruz.

2 e 3 -Procissão e pormenor de uma Malhada de milho, de Delfim Manuel.

4- Lenços de namorados

5-Rendas de bilros de Peniche

6-Pormenor de colcha em linho e algodão.

7-Bonecas feitas com folhelho de milho.

8-Freiras à mesa.

9-Casal de velhos apaixonados, da Jão

10-Avozinhas em tecido, da Lia Alvadia

11, 12 - Redoma e registo. Artesanato dos Açores.

Esperamos ter-vos despertado a vontade de lá ir, para ver todo o resto. M.A.

Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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