Como tudo começou

31/07/08

PLANETA MARTE EM 27 DE AGOSTO


O planeta Marte será o mais brilhante no céu nocturno a partir

de Agosto e poderá ser observado, a olho nú, tão grande

quanto uma lua cheia, em especial no dia 27 quando estará

mais próximo da Terra.

Prepare-se pois para observar o céu na noite de 27 de Agosto

próximo. Às 00,30 h você verá duas Luas !!!! Não perca esta

oportunidade porque Marte só voltará a aparecer assim no ano

de 2287.

Partilhe com os seus amigos esta notícia e fique atento a esta

observação!

Marte, o planeta vermelho é o quarto a contar do Sol e tem uma volumetria inferior à Terra. Há muito tempo que se especula sobre a existência, actual ou passada de vida de vida em Marte É no entanto pouco provável a existência de qualquer forma de vida.
Marte apresenta registos antigos de actividade vulcânica. O maior vulcão, denominado Monte Olimpo, tem cerca de 20 Klm. Em Marte verificam-se frequentes tempestades de pó que podem demorar semanas.
Tem dois pequenos satélites Phobos e Deimos
(Elementos recolhidos na Net)

M.A.

A outra margem

vista do Parque dos Poetas

29/07/08

MALUDA E OS FAROIS



Hoje voltarei a falar de Maluda cujo nome, na pintura portuguesa é uma referência muito forte. Palavras suas que já nos dão a conhecer um pouco de si própria :
“Não acredito na pintura de ocasião, de inspiração”. “A pintura é trabalho, a Arte dá trabalho”, acrescentava. Por isso pintava todos os dias religiosamente, como um emprego. De preferência, à tarde, quando as cores eram mais puras, mais filtradas.
Como confessou também numa entrevista, “a atmosfera fica mais calma, tudo é mais ameno e bonito”. A geometria das formas é uma das características da pintura de Maluda. O mundo de Maluda não era o preto e branco e isso é bem visível na sua obra onde a cor, os tons claros e os contrastes assumem primordial importância.
Outra grande pintora portuguesa, Maria Helena Vieira da Silva teve a respeito da sua pintura esta curiosa definição:
“Os quadros de Maluda são um hino, um louvor à vida, ou seja a construção do abrigo humano”.
Em 28/06/08 mostramos os selos feitos a partir dos seus quiosques, hoje trazemos os selos relacionados com os Faróis da Costa Portuguesa. Espero que seja do vosso agrado vê-los também.

(Elementos recolhidos na Net)

Selos Faróis da Costa Portuguesa, 1987
Reproduções offset feitas a partir de originais em gouache

Imagem 1
Farol de Aveiro e farol da Berlenga

Imagem 2
Farol do Cabo Mondego e do Cabo de S. Vicente



M.A.

26/07/08

SEDA - SERICICULTURA ARTESANAL

Bicho da seda nas diferentes fases de vida
(Clique na foto para a ver ampliada)

Na última Feira Internacional de Artesanato fui encontrar uma representação da Associação para o Estudo, Defesa e Promoção do Artesanato de Freixo de Espada à Cinta com uma mostra de como se faz, por aqueles lados, a extracção da seda a partir dos bichinhos que todos nós conhecemos. Fiquei a saber que todo este trabalho se mantém dentro dos processos ancestrais e artesanais, é inédito no país e praticamente único na Europa. Penso que todos nós já tivemos oportunidade de, em criança, ter numa caixa de cartão meia dúzia de lagartinhas que fomos alimentando com folhas de amoreira e que, passado algum tempo as vimos, com a baba que segregavam, fazerem laboriosamente os seus casulos, ficando prisioneiras no seu interior.

Casulos

Depois vimos romper-se o dito casulo e sair a lagarta , agora transformada já em borboleta. Após um acasalamento, foi a altura de se soltarem centenas de ovos ( 400 a 500) que mais tarde retomariam um novo ciclo de vida. Este período, desde que nasce a lagarta até que aparece a borboleta é de cerca de 2 meses.
Ora, estes freixienses tiveram uma ideia excelente e recriaram todo o processo de produção de seda. Começaram pela plantação de amoreiras, cujas folhas são o único alimento para estas lagartas, passaram pela preparação dos casulos e chegaram até à fiação e tratamento da seda. Depois, artesãs igualmente habilidosas, utilizando teares também tradicionais transformaram essa matéria prima em peças que vos digo são verdadeiramente maravilhosas. Ao que sei também, a sua promoção dentro e fora do país tem-se feito com uma boa aceitação e ritmo animador.



Extracção do fio.Repare-se no ramo de carqueja

Numa informação muito resumida dir-vos-ei que, para uma seda de 1ª. qualidade há que não deixar romper os casulos, para que o fio fique contínuo. Sacrificam-se as borboletas que estão no seu interior, submetendo os ditos casulos a temperaturas altas e guardam-se até ulteriores operações.
Para então se obter o fio, os casulos são mergulhados numa caldeira de cobre com água a ferver. Com um pequeno ramo de carqueja remexem-nos e após apanharem o fio solto, juntam-no a uns tantos mais que, por sua vez, irão passar no “sarilho” e serem enrolados numa “dobadoura”.


Seda enrolada na dobadoura
Repare nos trabalhos prontos, em fundo

Sofre ainda outras operações se se pretende uma maior ou menor espessura do fio, sendo no final branqueadas as meadas numa barrela fervente de água e sabão, durante uma hora.
Contudo, os casulos já rasgados também têm aproveitamento. Vão a uma cozedura em água e sabão durante 4 horas e a pasta obtida, a que ouvi chamar “maranhos”, é fiada, depois de seca, duma forma semelhante à lã, resultando num fio mais grosso que é empregue nos relevos dos tecidos.
Em linhas gerais foi o que me foi dado aprender durante a conversa que mantive com as senhoras presentes, as quais, simpaticamente, ainda me permitiram que fizesse as fotografias que aqui vos deixo.
Espero que tenham gostado.

M.A.

25/07/08

SEMANA INTERNACIONAL DE PIANO EM ÓBIDOS

(Clique para aumentar)

SIPO - XIII SEMANA INTERNACIONAL DE PIANO 2008, promovida pela Associação de Cursos Internacionais de Música de Óbidos (ACIM) com o apoio da Câmara Municipal de Óbidos e do Ministério da Cultura – Instituto das Artes, realizar-se-á de 25 de Julho a 5 de Agosto de 2008, na vila medieval de Óbidos, sendo orientada por professores de renome internacional. Estão inscritos 25 alunos estrangeiros e 7 portugueses.
Será atribuído também o prémio Maria de Lourdes Avellar.
Para mais informações, por favor consultar o site: http://www.pianobidos.org/
Também sabemos que entre 13 e 23 de Agosto haverá Ópera. Serão cantadas várias óperas, ao ar livre, na Cerca do Castelo e, a Gala de encerramento será com Geórgia Fumanti, que actuará num palco montado junto à Lagoa de Óbidos.

(Elementos retirados da Net)

M.A.

FEIRA SETECENTISTA EM QUELUZ


No Largo do Palácio Nacional de Queluz vai ser recriada uma Feira Setecentista do séc. XVIII, com artesãos, muita animação e pequenos espectáculos teatrais e musicais, entre 25 e 27 de Julho. Destaque para a realização de um serão setecentista denominado “Noite das Luminárias”.
Nesta feira setecentista, do reinado de D. Maria I, serão ainda apresentados vários quadros de animação e personagens alusivos ao período áureo de vivência da corte no Palácio de Queluz. Participação de cerca de 80 artesãos e comerciantes do concelho e também oriundos de outros locais do País.
Os visitantes podem, também, contar com muita animação infantil, teatro D. Robertos (marionetas), contadores de histórias, saltimbancos e malabaristas, um duelo de esgrima artística, grupo de gaitas, um duelo de varapau, zaragatas entre duas alcoviteiras, entre outras...
Horário da Feira Setecentista: sexta-feira das 17H00 às 23H30; sábado e domingo das 15H00 às 23H30.
(Elementos retirados da net)

M.A.

24/07/08

ESCUTISMO


Baden-Powel afirmava que o “o acampamento é a grande atracção que chama o rapaz para o escutismo e oferece o melhor ensejo para o ensinar a confiar em si próprio e a desenvolver o espírito de iniciativa, além de lhe dar saúde e robustez” Quem foi este homem e o que é o escutismo? Que valores representam na actualidade, para terem tido direito a emissão de selos e moeda comemorativa em 2007?

A carinhosa sigla B-P, usada por milhões de jovens em todo o mundo, serve de abreviatura ao nome de Lord Robert Stephenson Smith Baden-Powel of Gilwell (1857-1941), general inglês que iniciou o movimento escutista ao promover, em Agosto de 1907, numa ilha do Canal da Mancha, um primeiro acampamento para jovens de diversas origens. Assim no ano de 2007 celebraram-se os 100 anos do escutismo e os 150 anos do nascimento do seu fundador.

As notas autobiográficas de B-P, escritas com cativante simplicidade e excelente humor, sempre acompanhadas de curiosas ilustrações do seu próprio punho, foram publicadas nos anos trinta, sob o título Lessons from the Varsity of Life e, finalmente, no ano da dupla celebração, foram traduzidas em português, (graças às edições Esquilo, a Rui Lomelino de Freitas e a Rosário Morais da Silva) como A Escola da Vida.
Aí, B-P confessa ter-se aventurado a escrever porque viveu “uma vida dupla” (“não me refiro exactamente àquilo que já estão a pensar!”, graceja de imediato), relatando, então, a sua “vida número um” ( a de militar) e a outra, “ a vida número dois” ( a do escutismo).

Este general corajoso e curioso, inovador e divertido, acabou por dar origem a uma escola de cidadania que já terá formado mais de 500 milhões de crianças, jovens e adultos, que conta hoje com 28 milhões de membros espalhados por mais de 200 países e que se apresenta agora como uma organização internacional não governamental. - Organização Mundial do Movimento Escutista -, com sede em Genebra. Uma escola de cidadania que propõe, a cada escuteiro, seja ele “lobito”, “explorador” ou “caminheiro”, que permaneça “sempre pronto”, “sempre alerta”.

Excerto da Revista do Club do Coleccionador

M.A.

22/07/08

XADREZ

(clique para ampliar)

Um tabuleiro com 64 quadrados, alternadamente brancos e pretos, 32 peças e dois jogadores, é o que necessita para um bom jogo de xadrez.

José Manuel da Silveira jogou xadrez durante anos, “nunca como federado”, apenas por divertimento. Por ser um apaixonado pelo tema, foi quando deixou de jogar que iniciou a sua colecção. Há cerca de 30 anos que procura e escolhe tudo o que tenha referência xadrezista, por mais pequena que seja.

Descobriu este jogo “deveria ter uns 11 anos”, numa das idas ao Café Paladium, em Lisboa, onde todos os domingos lanchava com a família. Na cave jogava-se xadrez. Encantado e curioso com este passatempo de paciência e táctica, quis saber como se jogava. Quando lhe indicaram as peças, percebeu, inocentemente, que se chamavam “espiões” em vez de “peões” o que lhe fazia perfeito sentido…”iam à frente de todos os outros para apalpar terreno”.

Desde que se entra em sua casa encontram-se “sinais”, “pistas”, de um trilho a seguir: na sala, no corredor, até chegar ao seu escritório vislumbram-se tabuleiros, peças e objectos de colecção. Espalhadas pelas paredes, gravuras, quadros, desenhos. Ainda sobre o mesmo motivo tem artigos meticulosamente expostos em vitrinas, dossiês volumosos recheados de postais, ex-libris, emblemas, fotografias, tiras de banda desenhada, cartões telefónicos, peças de várias nacionalidades. Além disso, é possuidor de uma colecção de selos relacionados com o xadrez que já foi premiada internacionalmente.

Regalado com o seu espólio, J.M. da Silveira apresenta-nos uma cigarreira de prata onde está inscrito “Prémio do Grémio Literário de 1910: Oferecido pela Condessa do Prado para a jogada mais brilhante”. Espalhados por inúmeras prateleiras ao longo da casa livros e mais livros, entre eles duas “relíquias” para os apreciadores do tema: “Tratado do jogo do xadrez”, edição de 1825 e “O Jogo Real” de Alfredo Ansura datado de 1910, duas notáveis compilações de regras, tácticas e explicações. O jogo do xadrez é antiquíssimo e, embora os princípios se mantenham inalteráveis, encontram-se variações históricas e regionais em todo o mundo.

Existem várias teorias ligadas à sua origem. Há quem diga ser proveniente da Índia, outros que começou na China, Japão, Egipto ou Península Ibérica. A primeira hipótese parece ser a mais credível, porque as referências mais antigas datam do Sec VII e remetem para o norte da Índia. Além disso o seu nome é originário do sânscrito chaturanga que quer dizer ala militar.

Com o objectivo de “capturar” o rei do adversário ou defender o seu, são, por vezes longas as horas em que o jogo decorre. Estratégico e complexo para quem aprecia uma batalha a dois.

Fotos e texto da revista do Club do Coleccionador.
M.A.

ENTREGA DE MEDICAMENTOS AO DOMICÍLIO



A farmácia de Santa Sofia disponibiliza um serviço de entregas de medicamentos ao domicílio para pessoas com dificuldades de mobilidade.

Este serviço está disponível através do telefone n.º 21 415 51 71, que se encarregará de recolher a receita, fazendo posteriormente a entrega da medicação por um técnico especializado. Este serviço não implica qualquer custo adicional para além do valor da medicação.

Horário de funcionamento:
De 2ª a 6ª feira, das 9 às 19:15 e sábados das 9 às 13:00.

Farmácia Santa Sofia – R. Bento de Jesus Caraça, 5 A

Cruz Quebrada

21/07/08

PORTUGUESES GANHAM PRATA E BRONZE NAS OLIMPÍADAS IBERO AMERICANAS DE MATEMÁTICA


Lisboa, 21 Set (Lusa) - A equipa de jovens estudantes que representou Portugal nas Olimpíadas Ibero Americanas de Matemática, que se realizaram esta semana na Argentina, conquistou uma medalha de prata, uma de bronze e uma menção honrosa.

A medalha de prata foi ganha por Luís Alexandre Pereira, um aluno do 12º ano da Escola Secundária José Gomes Ferreira, de Lisboa, que obteve 35 pontos com a resolução de quatro problemas completos em duas provas.

Domingos José Ramos Lopes, aluno do 11º ano da Escola Secundária da Gafanha da Nazaré, conseguiu a medalha de bronze e João Eduardo Casalta Lopes, da Escola Secundária José Falcão, de Coimbra, conquistou uma menção honrosa.
.....................

Por vezes abrimos os jornais e lemos notícias que referem os jovens por causas menos dignas, ou atitudes menos louváveis. Ora, hoje, é com imensa alegria que estou a transcrever a notícia da comparticipação de estudantes portugueses nestas Olimpíadas Ibero Americanas de Matemática e a boa classificação que lhes foi atribuída. Parabéns a todos e estamos muito gratos por o nome de Portugal ter sido tão dignamente representado por estes jovens. M.A.

20/07/08

RELÓGIOS DE SOL (Luzes e Sombras do Tempo)

Relógio de Sol Vertical Meridional
Cachouça Mafra - Foto João Correia Santos
(Clique na foto para ampliar)

Em tempos, a ciência e arte dos relógios de sol era tão importante que recebia um nome próprio. Era a “Gnomónica”. Já não se mede o tempo pelo sol, mas, os instrumentos que nos sobraram são restos de um passado de que se admiram o engenho e a beleza.

Nas paredes das igrejas é vulgar encontrar relógios de sol antigos, que aí se colocavam para marcar o tempo das localidades. Na Antiguidade, não havia outro método de medida do tempo que tivesse uma fiabilidade prolongada. Podiam-se usar velas ou ampulhetas para marcar a passagem do tempo e subdividi-lo, mas era sempre necessário um relógio fiável, que não se despistasse ao longo dos dias e dos anos. Os relógios de sol constituíam esse instrumento de referência.
Relógio de Sol do Palácio da Pena
Assim continuou a ser até muito tarde. Quando apareceram e se difundiram os relógios mecânicos, as igrejas começaram a dispor desses instrumentos para guiar as práticas litúrgicas. Mas o problema continuou a ser o mesmo: Como se faria para acertar periodicamente o relógio? E que se faria se ele parasse? Os instrumentos solares continuaram a ser usados, agora quase apenas como meio de acertar os elogios mecânicos.

Apareceram relógios de sol mais precisos e especializados. Em alguns bastava um mostrador e um ponteiro, que com mais propriedade se chama “gnomon” – termo que vem do grego e que significa “o que revela”. Outros eram mais complexos. Mas o essencial passou a ser que marcassem com precisão um momento diário, habitualmente o meio dia, pois um momento bastava para acerto dos relógios mecânicos.

O meio dia solar é definido como o momento de passagem meridiana do sol, ou seja, o momento diário em que o sol passa mais alto no céu, intersectando o meridiano do lugar. Para nós que vivemos acima do Trópico de Câncer, essa passagem meridiana do sol ocorre sempre quando este está exactamente na direcção sul, projectando a sua sombra para norte.

Os relógios solares que marcam apenas o meio-dia solar são chamados meridianas. No Palácio de Queluz existe um exemplar interessante sobre um muro de jardim. E no Palácio da Pena, existe um outro muito curioso, com uma lente orientada de tal maneira que o instrumento pode disparar um pequeno canhão quando o sol se encontra a sul.

Nuno Crato
Professor de Matemática e Estatística do ISEG, autor de livros de divulgação científica.
(Revista do Club do Coleccionador)

M.A.

HOJE BANDA SIMECQ - 17.30

E é já hoje que a BANDA DA SIMECQ dá o Concerto de Verão!

A entrada é livre.

Apareça e delicie-se com as fantásticas músicas que fazem parte do repertório da Banda!

19/07/08

COLCHA DE CROCHÉ GIGANTESCA


A colcha de croché gigantesca que foi pendurada este sábado na Ponte D. Luís, no Porto, demorou seis meses a ser confeccionada por cerca de mil mulheres todas oriundas do concelho de Santa Maria da Feira, noticia a Lusa.
«Varina» é o título da instalação criada pela artista Joana Vasconcelos no âmbito do Imaginarius - Festival Internacional de Teatro de Rua de Santa Maria da Feira.
«É uma homenagem às mulheres do povo e cria uma dinâmica de intercâmbio com a paisagem envolvente, redefinindo e estimulando as tradicionais relações entre a arte e o tecido social, em clara comunhão com o espectro paisagístico - arquitectónico e natural - envolvente», afirmou à Agência Lusa Joana Vasconcelos.
A colcha com 35 por 15 metros pretende afirmar a vocação metropolitana do Imaginarius, que decorreu em Maio.
A artista já havia decorado no passado ano a torre de menagem do Castelo da Feira, num projecto intitulado «Donzela».
Na altura, cerca de 500 mulheres daquele município - sob a supervisão de Joana Vasconcelos - confeccionaram uma colcha com 7,8 por 4,55 metros também em croché, que ficou suspensa no exterior da fortaleza, «seguindo a tradição, associada às procissões, de ornamentar as janelas e varandas com as melhores colchas».
«A Varina vem dar continuidade à Donzela, compreendendo também a produção de uma colcha monumental, em croché, elaborada artesanalmente, com a colaboração activa da população feminina local», disse Joana Vasconcelos.
Segundo o vereador responsável pelo pelouro da Cultura da autarquia, Amadeu Albergaria, a iniciativa representa «o envolvimento da população numa actividade cultural já com raízes na região».
«Colocar um trabalho criativo desta envergadura num local tão emblemático, como é a Ponte D. Luís I, é o reconhecimento a todos aqueles que contribuíram para a sua confecção, para além de afirmar a vocação metropolitana do Imaginarius», acrescentou o autarca.
A instalação «Varina» foi inaugurada este sábado,dia 19. na Ponte D. Luís I, pelas 16h00, e ficará suspensa até 31 de Julho.
(IOL – Portugal Diário)
M.A.

Pedra de Roseta

A Pedra de Roseta é um bloco de granito negro (muitas vezes identificado incorrectamente como "basalto") que proporcionou aos investigadores um mesmo texto escrito em egípcio demótico, grego e em hieróglifos egípcios. Como o grego era uma língua bem conhecida, a pedra serviu de chave para a decifração dos hieróglifos por Jean-François Champollion, em 1822 e por Thomas Young em 1823.


Descoberta

Foi descoberta por soldados do exército de Napoleão em 1799, enquanto conduziam um grupo de trabalho de engenheiros para o Forte Julien, próximo a Roseta, no Egito, cerca de 56 km ao leste de Alexandria.

Devido ao tratado da Capitulação, assinado em 1801, a pedra foi cedida às autoridades militares britânicas e levada para preservação no Museu Britânico em Londres.

O bloco de pedra tem estranhos glifos cunhados separados em três partes distintas. Cada parte apresenta uma espécie de escrita que em nada se assemelhava com as outras duas. Estas três formas de escrita, constatou-se depois, eram textos nas seguintes línguas.

Suas inscrições registram um decreto instituído em 196 a.C. sob o reinado de Ptolemeu V Epifânio, escrito em duas línguas: Egípcio Tardio e Grego. A parte da língua egípcia foi escrita em duas versões, hieróglifos e demótico, sendo esta última uma variante cursiva da escrita hieroglífica.

fc

18/07/08

CINTAS DE CHARUTOS


Não lhe falem em vitofilia. “Não é português e não quer dizer nada. Vem do espanhol vitola, o nome que dão à cinta do charuto” diz Castanheira Silveira que as colecciona há cerca de 40 anos. E nunca foi fumador.

Muitas vezes não é fácil explicar por que se começou uma colecção. Certamente que houve uma empatia com o tema ou com o objecto – que passa a ser designado por “peça”.
Este coleccionador não tem dúvidas. “Foi por razões estéticas e, consequentemente pela beleza das litografias [quase sempre folheadas a ouro] que comecei a interessar-me pelas cintas de charuto”. A partir desta enveredou pela colecção do que está associado ao charuto e à cigarrilha, “nunca de cigarro”, como as embalagens ou os forros das caixas.
Não sendo o nosso país conhecido por ter muitos entusiastas do charuto, como acontece com os espanhois e o seu gosto pelos “puros”, também não era nem é o ideal para este tipo de coleccionismo. “Mas há muito mais do que as pessoas pensam. Também não há nenhuma informação sobre o tema, nem mesmo em artigos das poucas revistas que existem em português. Os que aparecem é sobre charutos”.

Para o confirmar, chama a atenção para um volumoso dossier onde guarda cintas com os retratos de D.Carlos, do príncipe D. Luís Filipe e de D. Manuel II, adornadas com arabescos de folha de ouro na ilustração litografada. Tem inúmeras cintas portuguesas, mandadas fazer pelas fábricas de tabaco do continente – e havia várias – assim como açorianas, Todas diferentes e com uma particularidade curiosa. Por exemplo, uma cinta de Jerónimo Martins, armazéns que tinham relações comerciais com belgas e holandeses e que criaram a sua própria marca de charutos e cigarrilhas.
“Quando comecei, éramos só dois. Agora não chegamos à dezena. A esmagadora maioria das estrangeiras que tenho foi por trocas que fiz com outros coleccionadores. As portuguesas foram surgindo. Andava sempre a esquadrinhar, nas lojas dos alfarrabistas, aqui e ali… Além disso estava na moda as donas de casa fazerem bandejas entrelaçando cintas de charuto, de modo a obterem flores e outros motivos.”
Castanheira Silveira é, como ele diz, “um coleccionador de colecções”. Tem-nas sobre os mais variados temas. Na sala atelier, no corredor, numa saleta, está sempre rodeado por livros, armários, sobrepujados de peças de todas as formas e tamanhos, muito diversas, como se o coleccionador estivesse no centro de um caos. Mas, com observação mais atenta, constata-se que está tudo arrumado e organizado por e para Castanheira Silveira.

Texto e fotos do “Club do Coleccionador”

M.A.

17/07/08

FEIRA INTERNACIONAL DE ARTESANATO

Clique em qualquer das fotos para as aumentar
Uma vez mais tivemos no Parque das Nações artesanato de todo o mundo durante uma semana. É sempre agradável a visita, claro, mas, tenho que vos confessar que vou lá sempre na expectativa de ver os trabalhos que nos apresenta o ceramista Delfim Manuel, de Santo Tirso. Declaro desde já que sou uma fã incondicional dos seus barros e, é deles que quero falar hoje.
Encanta-me ver a expressão que ele imprime a cada um dos seus bonecos, a minúcia de cada pormenor que os compõe, por vezes de um tamanho que até julgaríamos ser impossível modelar no barro. Dou como exemplo as argolas que ele coloca nas orelhas das suas camponesas, ou as chinelas que usam nos pés.
Fazem-me sorrir os seus grupos reunidos à roda de uns pipos, em que se adivinha que o vinho já correu em demasia e daí os seus figurantes se mostrarem com ar tão galhofeiro, de copos e garrafas na mão, alguns já mesmo em equilíbrio bem precário outros, com aspecto de já o terem perdido por completo. Quando os olho transporto-me logo para as cenas rurais que Malhoa pintou.












As suas imagens de santos expressam uma religiosidade impressionante. Os seus presépios tanto podem ser uma filigrana feita em barro (que ele geralmente deixa na cor natural), como nos mostram, por vezes, uma N. Senhora e um S. José que parecem saídos de um livro de Júlio Dinis. Reparem por exemplo neste em que o S. José, com a mão sob o queixo, “parece estar a pensar na responsabilidade de uma criança a mais” na família!





























Este ano, Delfim Manuel trouxe-nos também um trabalho a que deu o título de, se a memória não me falha “Alegria em Portugal”. Mostra-nos uma aldeia onde se vêem casas, medas de palha, umas alminhas e, depois grupos diversos, comendo, dançando, tocando, lavando a loiça, etc. etc.. Digamos que estamos a visualizar uma festa rural de amigos. As fotos estão em sequência da esq. para a dirt.. A sua qualidade não é a melhor já que esta peça estava dentro de uma vitrina envidraçada.
Divirtam-se a procurar os vários pormenores …

M.A.

16/07/08

TELEFONES


Telefone de mesa Western, cerca de 1900

Portugal foi um dos primeiros países a adoptar, desde 1877, o telefone, aparelho patenteado um ano antes pelo americano Graham Bell. Mas só em 1904 foi estabelecida e aberta ao público a 1ª. linha telefónica de ligação entre as redes de Lisboa - a primeira lista telefónica de 1882, tinha apenas 22 assinantes – e do Porto.

Telefone de mesa Bramão, 1879

Em 1879, três anos apenas depois do registo da patente de Bell, o inventor português Cristiano Augusto Bramão, reunindo numa peça única o emissor (bocal) e o receptor (auscultador) concebe o telefone de mesa, cujo modelo, apesar de feito de madeira, prefigura os telefones actuais. Aqui mostramos justamente uma foto desse telefone. No entanto, a mesma ideia tinha sido formulada, em 1877, pelos ingleses McEvay e Pritchett.
Telefone de parede Gower-Bell,1882
Hoje, em 2008, veja-se a evolução verificada. Que longe estamos já destas “relíquias”… Mas, digam lá que não é interessante ver estas fotos.

Excerto de um texto e fotos publicados na revista do Club do Coleccionador.

M.A.

ANIVERSÁRIO

Este blog faz hoje 1 ano!

Estão de parabéns:

Todos os que o alimentam com visitas e comentários;

A Amélia e a Fátima, por lhe irem adicionando informação;

O Miguel que o criou;

A SIMECQ, que por ser uma grande colectividade, merece ter este blog!


E em dia de aniversário, um agradecimento especial aos comentadores :
Aldraba
Ana Oliveira
Ana Pais
António Ingles
Borboleta
Brancamar
Clotilde Moreira
Daniel
Gaia
Gi
Isabel Magalhães
José António
Julio
Laura
Lisa
Leão XXI
Lilicat

M
Mcllyr
Miguel
Olá
Patti
Pepper
Raquel
Rita Vilela
Sónia
Su
Tita
Vanda
Veteranas SIMECQ


Fernando (sem blog)
Francisca(sem blog)
Joana (sem blog)
Júlio Fialho (sem blog)


15/07/08

Odrinhas



Horário do Museu
4ª Feira a Domingo,das 10h às 13h e das 14h às 18h
Vale a pena ir até lá!

14/07/08

FECHE OS OLHOS E ENTRE NESTA EXPERIÊNCIA



Ouvi hoje de manhã referirem na Rádio Renascença uma iniciativa que me chamou a atenção e me levou logo a pedir mais informações, no intuito de as transmitir aos meus leitores.
Basicamente é um convite feito a pessoas que têm uma visão dita normal para que coloquem uma venda nos olhos e façam a experiência de se movimentarem, neste caso no Bairro de Alfama, como um invisual o faria.
Penso que esta situação, vivida desta forma nos levará a reflectir, talvez mais profundamente, dando-nos uma melhor compreensão sobre o que será sentir uma vida inteira o que durante um curto período de tempo nos incomodou.
Durante o mês de Julho, aos sábados poderá inscrever-se para fazer este percurso, avaliando como é "andar às escuras". Deixo-lhe aqui os contactos para o fazer.

www.cabracega.org
info@cabracega.org
Rua dos Anjos nº 84, 2dto, 1150-040 Lisboa, Portugal

Pedro Alegriapedro.alegria@cabracega.org+351 913 806 479

Rita Gonzalezrita.gonzalez@cabracega.org+351 914 284 713

Entretanto pode espreitar o vídeo que está em www.rr.pt com a experiência, está na zona do Exclusivo!

M.A.

Matémática - desafio

Matemática aplicada ao seu telemóvel...

Pegue uma calculadora porque não dá para fazer de cabeça...
1- Digite os 3 primeiros algarismos de seu telemóvel (não vale o indicativo 91, 93 ou 96...);
2- Multiplique por 80.
3- Some 1.
4- Multiplique por 250.
5- Some com os 4 últimos algarismos do mesmo telemóvel.
6- Some com os 4 últimos algarismos do mesmo telemóvel de novo.
7- Subtraía 250.8- Divida por 2.
Reconhece o resultado?


A solução do problema será apresentada dentro de dias aqui no blog.

13/07/08

BULES



As peças de colecção são sempre uma fonte de memórias, quase sempre de alegria, quando não de felicidade. Uma colecção de bules, além das recordações inerentes a cada um, remete para fins de tarde à lareira, scones ou torradas e amena cavaqueira. Um bule não é mais do que uma vasilha bojuda de barro, loiça, metal ou porcelana, entre outros materiais, em que se faz chá (enquanto a água onde vai fazer a infusão aquece, escalde o bule onde vai servir o chá; assim que a água ferver, desligue o lume, verta o chá para o bule e deixe repousar durante 5 minutos), tisana à base de folhas da planta arbustiva Camellia sinensis (Lin.) Kuntz.
No entanto, apesar deste denominador comum, o bule pode ter um design mais ou menos antiquado, mais tradicional ou mais moderno, mais grosseiro ou mais fino. Para José António Gouveia todos são objectos coleccionáveis venham de onde vierem. No entanto já quase não compra bules, apenas um ou outro que o seduz irremediavelmente, pois, na data de aniversário e no Natal, a sua colecção fica mais enriquecida.
Com o decorrer dos anos, reuniu peças de formato redondo ou anguloso, profusa ou singelamente decorados, provenientes de Portugal e de outros países.
Foram duas razões primordiais que o levaram a reunir bules. Uma “foi a beleza da sua forma, que se adequa perfeitamente à sua função, sendo sempre, por isso, uma verdadeira peça de design. Mas foi também o remanso da sala da sua avó onde o bule era a figura central”.

Foto e texto da Revista do Club do Coleccionador













Uma vez que falamos de bules não resisto à tentação de vos mostrar um que tenho, antigo, de fabrico inglês, que tem a particularidade de ter incorporado um depósito perfurado onde o chá é colocado, com o bule na posição horizontal, para ficar em contacto com a água. A água quente faz, assim, abrir as folhas do chá. Quando se coloca o bule na posição vertical, automaticamente o chá fica coado porque as folhas ficam retidas no tal depósito perfurado. Confesso que nunca vi outro igual e acho o sistema muito engenhoso e perfeitamente eficaz.
M.A.

12/07/08

O BECO DO CHÃO SALGADO


A História de Portugal se tem episódios gloriosos outros há dos quais temos mesmo é que sentir uma enorme vergonha. Aparecem-nos inseridos numa época propícia a exageros mas, deixam-nos muitas dúvidas analisados à luz da justiça que presidiu a tudo quanto aconteceu. Faço estas considerações pensando no processo que foi levantado aos Távoras e que culminou com a sua tortura e execução com requintes de crueldade impróprios de aceitar.


Tudo começou com um assalto à carruagem onde viajava o rei D. José I, na noite de 3 de Setembro de 1758, quando regressava de um encontro amoroso com a nora do Marquês de Távora. Dado que o rei logo deu carta branca ao seu 1º Ministro, o Marquês de Pombal, para descobrir os autores do assalto, este , diz-se, terá aproveitado a ocasião para “fazer urdir uma teia” envolvendo os Távoras e seus parentes mais chegados, levando a crer terem sido eles os mandantes do atentado. Tudo isto porque, Sebastião José de Carvalho e Melo mantinha determinada antipatia com a nobreza e, com aquela família em particular. Também , em relação aos Jesuítas como tinha igualmente vontade de os aniquilar, procurou e conseguiu, incriminá-los no assunto. Enfim, tudo quanto a história trouxe até nós faz-nos crer que, em boa verdade não foi justiça que se fez, antes se tratou de prepotência, pura vingança e abuso de poder.
Reparemos por exemplo que a defesa dos réus entregue às 16 horas do dia 11/1/1759, nesse mesmo dia teve já agravadas as penas previstas em lei. No dia 12 foi redigida a sentença e a execução efectuou-se logo na manhã do dia 13. Ninguém, de boa fé, pode acreditar ter havido boas intenções num caso tratado deste modo, creio eu.


Por morte de D. José I, quando a filha D. Maria I subiu ao trono, uma das primeiras decisões foi justamente afastar o 1º Ministro, ordenar um inquérito à sua actuação e providenciar uma revisão do Processo dos Távoras que os reabilitou e declarou inocentes. Tanto quanto possível foram também devolvidos os títulos e bens confiscados à família.
Bom, mas toda esta explicação foi dada foi no sentido de vos dizer que ali em Belém, justamente na rua com o mesmo nome existe um estreito beco que dá acesso a um minúsculo espaço onde podemos encontrar esta coluna que se mostra na foto. É o Padrão-memória do suplício dos Távoras e os cinco anéis que o compõem representam cada uma das cinco cabeças dos condenados. Seria ali o lugar do palácio do cunhado do Marquês de Távora (Duque de Aveiro) também incriminado e executado. O seu palácio foi arrasado e o chão foi em seguida salgado para que nada ali voltasse a nascer e, como atesta a lápide,”neste terreno infame não se poderá edificar em tempo algum”.

Essa maldição não se cumpriu pois, o vasto terreiro do chão salgado, foi a pouco e pouco ocupado por moradias que, hoje deixam pouco mais que o espaço ocupado pelo Padrão. Mas o nome ainda subsiste: _O BECO DO CHÃO SALGADO. Páginas pouco dignificantes da nossa história mas que devemos conhecer.

M.A.

BANDA SIMECQ - Parque Santa Catarina - 20/07

O CONCERTO DE VERÃO da banda da SIMECQ, é já dia 20 de Julho às 17h 30m no Jardim de Santa Catarina no Dafundo

Para que não perca este concerto, anote já na sua agenda!

11/07/08

Férias

O termo férias designa o período de descanso a que têm direito empregados, servidores públicos, estudantes etc., depois de passado um ano ou um semestre de trabalho ou de atividades. Provém do latim 'feria, -ae', singular de 'feriae, -arum', que significava, entre os romanos, o dia em que não se trabalhava por prescrição religiosa.

A palavra latina encontra-se também na denominação dos dias da semana do calendário elaborado pelo imperador romano Constantino, no século III d.C., que os santificou com o nome de 'feria' e o sentido de comemoração religiosa: 'Prima feria, Secunda feria, Tertia feria, Quarta feria, Quinta feria, Sexta feria e Septima feria'. No sec. IV, ainda por influência da Igreja, 'prima feria' foi substituido por 'Dominicus dies'(dia do Senhor) e 'septima feria' transformou-se em 'sabbatu', dia em que os primeiros judeus cristãos se reuniam para orar. A língua portuguesa foi a única a manter a palavra 'feira' nos nomes dos dias de semana.

origem Wikipédia


E porque alguns estão e outros hão-de ir, ficam aqui os votos de que as férias decorram como cada um deseja!

Para uns será certamente tempo de folia e festa, para outros de descanso e sossego. Eu prefiro a primeira opção com umas horitas da segunda à mistura!


BOAS FÉRIAS A TODOS OS VISITANTES DESTE BLOG!

fc

10/07/08

SANTUÁRIO DE N.SRª. DE LA-SALETTE

La-Salete,1997 - Óleo s/ tela da autora do texto
(clique para ampliar


Deixem-me que hoje vos fale da N.Senhora de La-Salette que é venerada na terra em que nasci, Oliveira de Azeméis, distrito de Aveiro. Muito embora seja S. Miguel o orago da terra, sinceramente, eu creio que esta Nossa Senhora o ofusca um pouquinho. Não consta porém que o S. Miguel se tenha melindrado…

Reza a lenda que em 1870 houve em Oliveira de Azeméis um período de seca bastante prolongada que deixou em risco sementeiras gado e população. Então o Abade da paróquia organizou, em 5 de Julho do mesmo ano, uma procissão de penitência até ao Monte dos Crastos, pedindo a intercepção divina . Logo foi exposta a ideia de ali se construir uma capela em invocação de N. Srª. de La-Salette que, em 1846, aparecera, a dois pastorinhos, em França.
Diz-se que, no regresso a casa, logo os peregrinos foram surpreendidos com uma chuva torrencial o que, desde logo, foi motivo para criar o culto a esta N.Senhora. Assim, em 6 de Janeiro de 1871 era colocada a primeira pedra para uma capela, a primeira a ser erguida em Portugal para o culto desta Santa. Encomendada uma imagem da N.Srª. a mesma foi benzida em 19 de Setº de 1875. Em 18 de Setº de 1880 benzeu-se a capelinha e, no dia imediato, seria levada para lá, em procissão, a dita imagem.

Entretanto começou uma comissão de oliveirenses a pensar no parque circundante e, com este delineado e a crescer, a capelinha foi-se tornando pequena para os crentes que acorriam. Assim em 20 de Março de 1923 era começado um templo maior, benzido e reaberto ao público, ainda por acabar, em 19 de Setº de 1932, só ficando concluído em 14 de Agosto de 1940.

É o que hoje podemos visitar. Foi autor do projecto o Arq. portuense António Correia da Silva. O templo tem características góticas e insere-se na chamada época revivalista. Compõe-se de átrio, nave de três pequenos tramos e Santuário poligonal de três faces. Tem vitrais policromos e figurativos na rosácea, outros só geométricos com figura ao centro. Da torre onde chegamos subindo 98 degraus, vislumbramos um panorama ímpar.

As Festas da Cidade são, simultaneamente, as da N. Srª de La-Salette e é escolhido sempre o primeiro fim de semana de Agosto de cada ano. Junta-se o profano e o religioso e toda a gente se diverte e convive. Domingo é o dia maior, com a procissão. A 2ª feira é o chamado dia das merendas, no parque, hoje bem frondoso, com um bonito lago, com barcos e bem convidativo, mesmo em todos os restantes dias do ano.

Mas, não acabarei, sem relatar um episódio que está ligada à história deste Santuário e ao qual se atribui algo de milagroso.
Esta imagem tem, fruto de promessas e ofertas de devotos muitas peças de ouro com que geralmente a adornam. Isso despertou a cobiça de um tal “Pedreirinho” que, na noite de 10 para 11 de Agosto de 1908 resolveu ir assaltar a capela. O sacristão, Martinho José Pereira da Silva, dando conta do indivíduo que fugia, alvejou-o, arrancando-lhe parte de um dedo de uma das mãos. Ora então, vejam que curioso, o ladrão na pressa de retirar os anéis da N. Senhora, partira-lhe um dedo que correspondeu justamente àquele em que o tiro lhe acertou. Ainda hoje esse dedo do ladrão existe, dentro de álcool, e é mostrado a quem visita o Santuário. Aqui vos deixo a história tal como sempre a ouvi contar. Quando puderem façam uma visita a esta Santuário e, acreditem, que não darão por mal empregue o vosso tempo.

M.A.

09/07/08

Património Azulejar

No seguimento deste nosso post, a notícia de hoje, diz-nos que o Património Português está mais rico.


"PJ recupera painéis furtados em Lisboa entre 2002 e 2007

09 de Julho de 2008, 15:49

Lisboa, 09 Jul (Lusa) - A Polícia Judiciária (PJ) recuperou vários painéis que foram furtados de imóveis públicos e privados na cidade de Lisboa, entre 2002 e 2007.

Em comunicado hoje divulgado, a PJ refere que a operação, realizada pela Directoria de Lisboa inseriu-se no combate ao furto de bens com valor histórico e cultural, onde está o património azulejar nacional.

"Foi possível recuperar avultada quantidade de azulejos, de padrão e figurativos, entre os quais cercaduras do inicio do séc. XVII, e quatro ricos painéis dos sécs. XVIII e XIX, num valor estimado de aproximadamente 50 mil euros", revelou a PJ.

Algumas das peças estavam à venda na Internet, facto que potenciava a sua colocação num mercado mais vasto que o nacional.

As investigações continuam para se apurar toda a actividade delituosa relativa às obras apreendidas.

CC.

Lusa/Fim"

fc


O avô cesteiro

O que eu gostava de ir a Ponte de Lima visitar o avô António!

Alto, magro, com uns lindos olhos azuis, com um sorriso sereno e muito terno.

Aqueles cestos que ele fazia eram lindos, e a destreza daquelas mãos, fascinavam-me.

A madeira de carvalho, mimosa ou cerejeira era bem aquecida para depois ser rachada com um machado em tiras muito finas.

Quando estava cortada muito tempo, era preciso pôr as tiras de molho.....

Antes do almoço, lá ia a miudagem com o avô até ao riacho do Trovela, onde as madeiras estavam a banhos….., e claro está, como isto acontecia sempre no Verão, a criançada molhava o pezinho, brincava com aquela água cristalina , e passava aquela pequena ponte de madeira vezes sem fim para cá e para lá!

Chegava a hora de comer e lá ia tudo de novo até casa que ficava bem juntinha à queda de água, que enchia o espaço com aquela melodia que nos dava a sensação de infinito!

E…. terminada a refeição, lá ia o avô fazer cestos pequenos para a criançada…..!

Com o seu cutelo e o cavalete para aplainar a madeira, lá fazia as cestas de vindima, os cestos das mordomas, os balaios (eram uns cestos fininhos, que às vezes ganhávamos de presente).

Este era sempre um dia diferente e cheio de felicidade!

E como "filho de peixe sabe nadar", o meu pai também fez muitos cestos seguindo a arte do avô António.

Então como ia eu saber estes nomes e pormenores todos, se o meu papá não mos tivesse segredado.....???

Na oficina do cesteiro”

Aguarela sobre papel, 51x61

Edmundo Cruz

fc

Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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