Como tudo começou

30/11/09

FOZ DO DOURO


Voltamos hoje ao Porto e convidamos os nossos leitores a apreciarem este vídeo, recebido num e-mail, que nos mostra o mar revolto na Foz do Douro. Penso serem imagens que sempre gostamos de ver e que , neste caso, são acompanhadas da bonita ária "Va Pensiero" da Ópera Nabucco de Verdi.
M.A.

29/11/09

ESCADA COM MÚSICA

Odenplan é o nome de uma praça situada no centro da cidade de Estocolmo, na Suécia.

Na estação de metropolitano que ali se encontra foi colocada uma escadaria cujos degraus se assemelham a teclas de um piano, os quais, ao serem pisados pelos transeuntes produzem realmente um som. Foi uma forma original de tornar bem mais divertido o acto de descer e subir da rua para o subsolo e vice verso, para todos os que precisem de utilizar aquele meio de transporte. Foi na verdade uma ideia muito curiosa e que parece ter agradado a miudos e crescidos.

Sabemos que em Tokio existe um edifício com uma escada semelhante.

Para os nossos leitores ficarem a conhecer esta curiosidade aqui fica um vídeo onde poderão ver e ouvir o que acabei de mencionar.

Até outro dia.
M.A.

28/11/09

Presentes com arte

No nosso atelier estão a ser produzidas peças únicas para os seus presentes de Natal.

Faça-nos a sua reserva através do email simecq.cultura@gmail.com.

O bazar abrirá brevemente.

Cada uma destas peças custa bem menos de uma nota das pequeninas... e pode recebê-las pelos correios sem sair de casa.....

Porta lenços, porta telemóvel e porta óculos

Saco de cheiros bordado


Saco de cheiros pintura em tecido

Saco de cheiros pintura em tecido

Saco de cheiros pintura em tecido

Saco de cheiros pintura em tecido (alguns exemplos)


Mas... há mais... muito mais.....!!!!!



27/11/09

CRIATIVIDADE ELEVADA…AO CÚMULO

Imaginação e criatividade não têm mesmo limites e, por vezes, atingem patamares que me deixam positivamente de boca aberta. As imagens que se seguem podem servir de exemplo daquilo que afirmo.
Chegaram-me num mail enviado pela amiga Clotilde e decidi logo que iria fazer delas um post.

_Que grande porcaria! É o que dirão alguns, ao visualizar “as personagens” que aparecem “como colagens” nesta banda desenhada tão curiosa! Não deixo de concordar com isso, leitores.
Por outro lado, vejamos… se nos dizem que está na hora de reciclar tudo quanto seja susceptível de aproveitamento…








Não sei quem é o autor ou autora destes desenhos tão divertidos quanto insólitos, mas, sem dúvida, que aqui lhe rendo a minha homenagem pelo bom humor que transmitem e, pela criatividade elevada… ao cúmulo!
M.A.

25/11/09

ASSADORES DE CASTANHAS

Quando o Outono entra há uma figura típica que logo se vai encontrando pela ruas: _Os homens ou mulheres assando castanhas.
O fumo torna o ar acinzentado, o cheirinho das castanhas espalha-se em redor e, logo o apetite de quem passa obriga à compra de umas tantas que são entregues num cartucho de bico, feito com a folha de uma qualquer lista telefónica usada. Ao descascá-las os dedos ficam enfarruscados, mas isso que importa se, afinal, nos sabem tão bem aquelas castanhas ali assadas e comidas ainda quentinhas!

A carripana que os acompanha foi variando ao longo dos anos, mais sofisticada hoje, talvez… Estou por exemplo a lembrar-me de uma que conheço, toda pintadinha de encarnado. com o formato de uma locomotiva daqueles comboios do antigamente, onde nem sequer falta a chaminé.
Habitualmente, são apenas formadas por uma caixa, talvez de lata, revestida de um isolante qualquer onde estão colocadas as brasas. Têm um circulo recortado no topo onde, por sua vez, vai encaixar um recipiente de zinco ou de barro onde as castanhas são sacudidas, enquanto o calor as vai assando. Toda esta traquitana se desloca sobre duas rodas de bicicleta.

Mas, em Paris, curiosamente, quantos bidons de combustível eu vi, pousados nos passeios, empiricamente transformados em fogareiros, com as castanhas estalando sobre o tampo superior que apenas se encontrava perfurado! Uma abertura feita junto à base servia para meter o carvão e…pronto, lá estava o negócio a funcionar em plena via pública!


Mas. esta pequena conversa tem um fim, apenas pedir a vossa atenção para o vídeo que hoje vos trouxe.
Ary dos Santos faz-nos, tão bem como só ele sabia fazer, "um retrato" desta figura tão típica: «O Homem das Castanhas.»
Carlos do Carmo emprestou a voz a este poema e à música de Paulo de Carvalho.
Manuel Ferraz fez um pps e, finalmente, Fernando, com a amável concordância do autor converteu o dito pps em vídeo para permitir que fosse possível postá-lo aqui no blog.
Acredito que todos gostarão de ouvir este fado canção e ver as fotografias que são também muito bonitas.
M.A.

23/11/09

DESEJOS



Desejo-lhe, primeiro que tudo, que ame, e que amando, também seja amado. Mas se o não for, que seja breve em esquecer. E que esquecendo não guarde mágoas.

Desejo também que tenha amigos, ainda que maus e inconsequentes. Que sejam corajosos e fiéis, e que pelo menos num deles possa confiar sem duvidar.

Desejo ainda que tenha adversários, nem muitos, nem poucos, apenas na medida exacta para que, algumas vezes, você próprio se interpele a respeito das suas certezas. E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo, para que você não se sinta demasiado seguro.

Desejo, depois, que se sinta útil, mas não insubstituível. E que, nos maus momentos, quando não restar mais nada, essa utilidade seja suficiente para o fazer manter-se de pé.

Desejo, ainda que seja tolerante, não com os que erram pouco, porque isso é fácil, mas com os que erram muito e irremediavelmente, e que, fazendo bom uso dessa tolerância, sirva de exemplos aos outros.

Desejo que, sendo jovem, não amadureça depressa demais, que, sendo maduro, não insista em rejuvenescer, e que, sendo velho, não se entregue ao desespero. Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor, e é preciso deixar que aconteçam em tempo certo.

Desejo-lhe, que se sinta triste, não o ano todo, mas apenas um dia. E que, nesse dia, descubra que o riso diário é bom, o riso habitual é insonso e o riso constante é insano.

Desejo que descubra, com a máxima urgência, acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos e infelizes, e que eles se encontram bastante perto de si.

Desejo, ainda, que afague um gato, alimente um cuco e ouça um joão-de-barro erguer triunfante o seu canto matinal, para que, assim, se sinta bem com pouca coisa.

Desejo também que plante uma semente, por mais minúscula que seja, e acompanhe o seu crescimento, para que saiba de quantas vidas é feita uma árvore.

Desejo-lhe igualmente, que tenha dinheiro, porque é preciso ser prático. E que, pelo menos uma vez por ano, coloque um pouco dele na sua frente e diga "isso é meu", só para que fique bem claro quem é dono de quem.

Desejo também que nenhum de seus afectos morra - por ele e por você - mas, se morrer, que você possa chorá-lo sem se lamentar e sofrer sem se culpar.

Desejo, por fim, que , sendo homem, tenha uma boa mulher, e que, sendo mulher, tenha um bom homem, e que os dois se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes e, quando já exaustos e sorridentes, ainda haja amor para recomeçar.

E, se tudo isto assim acontecer, não será mesmo necessário desejar-lhe mais nada.


Este escrito é atribuído a Victor Hugo, escritor e poeta francês (1802-1885)Procuramos, mas não conseguimos obter realmente uma confirmação. Independentemente de quem tenha sido o seu autor, por termos achado estas máximas interessantes, trazemo-las para os nossos leitores.
M.A.

21/11/09

FÁBULA DO PORCO-ESPINHO


Diz-se, que durante a era glacial muitos animais morriam devido ao frio e, procuravam então, agrupar-se, a fim de se aquecerem mutuamente.
Também os porcos-espinhos assim fizeram mas, os picos que revestiam os seus corpos feriam aqueles que estavam próximos, justamente os que mais calor ofereciam. Isso fez com que se afastassem e, de novo, fossem morrendo gelados.
Havia pois que fazer uma escolha: Desapareceriam da terra ou teriam que aceitar os espinhos dos companheiros!



Prevaleceu o bom senso e decidiram conviver com as pequenas feridas que os companheiros próximos lhes podiam provocar, já que o mais importante era mesmo obter o calor de que precisavam. E, desta forma, se manteve a espécie dos simpáticos roedores até aos dias de hoje.
Moral da História:
O melhor relacionamento não é o que une pessoas perfeitas mas, aquele em que cada qual aprende a conviver com os defeitos do outro para poder também beneficiar das suas qualidades.

………………………………………………….

Em Portugal e na Galiza há quem admita que o porco-espinho( Histrix cristata) e o ouriço-cacheiro (Erinaceus europaeus) são a mesma espécie, mas a comunidade científica faz clara diferença entre ambos.
Têm aspecto similar mas, o porco espinho, na Europa, apenas se encontra no sul da península italiana, pela Sicília e Nápoles e é um roedor; quanto ao segundo, bastante vulgar nas nossas zonas rurais, come insectos, caracóis, lesmas e vegetais e apenas se mostra durante a noite.
Outra diferença importante é o facto de apenas serem venenosos e soltarem-se facilmente os picos do porco-espinho.
E, já agora, aqui vai um episódio verídico relacionado com estes simpáticos bicharocos:
No quintal de casa dos meus pais é costume deixar-se à noite, num pequeno tabuleiro de alumínio, alguma comida para os gatos vadios. Ora, alguém lá da casa, ao ser alertada, uma noite destas, por um barulho estranho, tendo ido verificar o que seria, deparou-se com dois ouriços-cacheiros adultos e duas crias, dentro do dito recipiente, banqueteando-se com o granulado destinado aos bichanos. Por graça, quando me contava isto, comentou:
_Qualquer dia temos aqui no quintal ouriços-cacheiros a miarem!...

(Esta fábula e as fotos chegaram-me por e-mail)
M.A.

20/11/09

Bacalhau à Margarida da Praça


A propósito deste post aqui, e agora que o dito está em condições de ser cozinhado, aqui vai a receita...

  • 4 lombos de bacalhau graúdo

  • 2 cebolas grandes

  • 4 dentes de alho

  • 4 dl de azeite de boa qualidade

  • q.b de pimenta branca

  • 1 kg de batatas

Demolham -se muito bem os lombos de bacalhau e assam-se na brasa.
Depois leva-se ao lume um tacho com água, na qual se dá uma fervura rápida ao bacalhau.
Entretanto, já se tem preparada uma cebolada feita com as cebolas cortadas ás rodelas finas, os dentes de alho picados, o azeite e a pimenta.
Cozem-se as batatas com a pele, pelam-se, cortam-se ás rodelas e dispõem-se no fundo da travessa.
Coloca-se o bacalhau por cima e cobre-se tudo com a cebolada.
Serve-se bem quente.

Nota: Este é um prato típico de Viana do Castelo

Espero que fique clara a solução da adivinha...

fc

19/11/09

O CONVENTO DE MAFRA



«Mandado edificar por D. João V em 1711 é o mais sumptuoso convento e monumento barroco português. É o paradigma do reinado mais rico da história da Portugal, graças ao ouro vindo do Brasil.

O convento foi construído pelo Rei “Magnânimo” para cumprir a promesa que havia feito caso tivesse um descendente para ocupar o trono. Insere-se no denominado barroco joanino, numa articulação harmoniosa de três componentes distintas: palácio real, convento e igreja. O projecto original de Johann Friedrich Ludwig previa apenas espaço para 13 frades, passando mais tarde a ter capacidade para 3oo frades, a família real, o patriarcado e a corte. O convento foi ocupado pelos Franciscanos que desenvolveram a farmácia e a enfermaria, enquanto que os outros ocupantes deste convento, os Dominicanos desenvolveram a biblioteca. Actualmente, a maioria do convento é ocupada por uma unidade militar, no entanto, ainda se podem ver as celas dos frades, a enfermaria, a farmácia e a cozinha.
A longa fachada é ladeada por dois grandes torreões quadrados. Ao centro, a basílica, entre duas torres, é antecedida por grande escadaria. O interior da igreja, onde mais se sente a influência clássica, é de uma nave, decorada com mármores de várias cores, com alta abóbada de berço e cruzeiro com grande cúpula. A acentuar a sua grandiosidade, salientamos a presença de estatuária monumental, de mestres portugueses, franceses e italianos. São ainda de destacar, no mesmo conjunto monumental, o palácio, o Museu, a Biblioteca conventual e a Tapada.»

Este texto faz uma apresentação resumida do Convento de Mafra. Trata-se, uma vez mais, de um pps que se converteu em vídeo para poder ser aqui mostrado. A razão de este resumo ser apresentado em separado deve-se facto de se tornar assim, mais cómoda a sua leitura.
Este pps foi recebido num mail e vinha sem quaisquer créditos. A sua transformação foi feita pelo Fernando, a quem agradecemos.

M.A.

18/11/09

Pincelada de actividades na SIMECQ já no próximo Sábado dia 21/11/2009

Junte-se a nós
Passe um dia diferente
Assista às exibições sem fazer estragos na carteira!

fc

17/11/09

REAL REGATTA

(Falua do Tejo)
Não podemos jamais esquecer que somos um povo descendente de marinheiros e, que foi justamente esta característica que, há séculos, nos fez sair deste remoto cantinho da Europa em busca de novas terras e de novas gentes.

Até hoje o nosso grande gosto pela navegação não se perdeu. O mar, não sendo já o caminho para mundos desconhecidos continua, no entanto, como palco para mil e uma actividades de lazer.
Navegar por mar ou nos rios, mantém-se como a paixão de gente de qualquer idade e, em diversos locais, há escolas de vela que despertam na miudagem o gosto por esta saudável prática.

Haverá, por exemplo, quem não sinta prazer, perante o bonito espectáculo de uma embarcação de velas enfunadas com o vento? Como de minha casa tenho o privilégio de poder ver uma parte do Tejo… sei exactamente o gosto que se sente.
As imagens que hoje trazemos, são de uma regata de embarcações tradicionais, efectuada justamente no Tejo, no passado dia 4 de Outubro. Segue-se o texto integral que faz parte do pps original, recebido num mail e que precisou ser convertido em vídeo, para se conseguir mostrar aqui no post. Se pretender saber mais sobre as origens e história desta regata queira clicar aqui.

(Como fundo musical temos “Canoas do Tejo”, cantado por Carlos do Carmo, com música de Carlos Coutinho e letra de Frederico de Brito. Conversão do pps em vídeo feita por Fernando, a quem agradecemos.)
M.A.


«A "Marinha do Tejo"continua viva e activa, promovendo as embarcações tradicionais da bacia do Tejo, construídas em madeira, catraios e canoas, fragatas e faluas, só para nomear alguns dos seus tipos.No domingo passado, 4 de Outubro, véspera de um feriado republicano, teve lugar a Real Regatta das Canoas, no percurso da Praia de Pedrouços ao Montijo, de acordo com o vetusto Regulamento de 1845, devidamente ajustado.
O Júri da Regatta foi presidido pelo Almirante Castanho Paes, conhecido entusiasta da vela e dos desportos náuticos.
Estes marinheiros que continuam a desafiar o rio desde montante da Ponte de Vila Franca de Xira, à Cala de Samora, ao Mar da Palha até ao mar oceano para além da Linha de Entre Torres, são os novos aventureiros do Século XXI que com as suas embarcações, no rigor da antiga e clássica construção naval em madeira, preservam a ancestral ligação das comunidades ribeirinhas ao estuário do Rio Tejo, as suas tradições e saberes do mar, são uma referência que nunca se poderá perder garantindo assim às gerações futuras as suas raízes culturais identificadoras das já referidas comunidades ribeirinhas e também do todo Nacional.»

16/11/09

Ponte de Lima

foto minha


Porque os lugares bonitos, devem ser mostrados, aqui vai uma foto de ponte de Lima.

15/11/09

O QUE SE INVENTA!…


Somos diariamente confrontados com o que consegue a imaginação humana associada às tecnologias!
Desta vez, fomos surpreendidos com esta maquineta virtual, desenhada em 3D, por um computador orientado pelo Sr. Wayne Lytle e respectiva equipa no Animusic, ( http://www.animusic.com/index.php ) em Austin, Texas.

Isto circula na net como sendo um instrumento musical, o que efectivamente não é. No entanto, vale bem a pena ver e ouvir, leitores…

(Recebido num mail)
M.A.

13/11/09

PLANETA TERRA, UM PRESENTE DE DEUS

Submersa na obscuridade do Universo a Terra é simplesmente encantadora

Leitores:
Estamos a apresentar este post que incluimos entre aqueles que mais gosto nos deu aqui trazer-vos.


Trata-se de uma visão, do nosso planeta, vista do ar, com uma identificação bastante pormenorizada de diversos locais. A frase que se segue ao título aparece logo nas primeiras imagens do vídeo e traduz realmente o encantamento que nós sentimos, também, ao visualizá-lo.

A mensagem escrita que aparece nas últimas imagens, leva-nos a reflectir, muito seriamente, sobre o dever que todos temos de preservar o melhor possível, este Planeta em que vivemos, A TERRA. Será sempre pertinente lembrar isso!

A música escolhida foi o Adagietto da Sinfonia nº 5, de Mahler que, a nosso ver, se adequa bastante bem ao vídeo.
Desfrutem, por alguns minutos, destas duas componentes, viajando com este som e estas imagens.

(Recebido num pps e convertido em wmv por F. a quem agradecemos)

M.A.

12/11/09

Adivinha

Esta fotografia foi tirada por mim no Norte de Portugal, no Verão num dia de muito calor

A nascente que se vê na foto é numa recatada aldeia

A água é pura, fresca e cristalina

O que está na lata?

fc

11/11/09

EPISÓDIO CURIOSO PASSADO COM O MESTRE JOÃO MENDES DOS RÉIS

(Escultura do Mestre João Réis)


Na sequência do post do passado dia 24/11/08 (por favor clique aqui) vou então contar o que prometi.

A crise económica que varreu o mundo na década de vinte não poupou ninguém e, naturalmente, um dos sectores desde logo afectado foi a ourivesaria e a joalharia.
Nessa altura, o jovem João Mendes dos Réis - nascido em 1908 – por ser o mais novo dos aprendizes da casa Leitão & Irmão ficou sem emprego apesar das extraordinárias qualidades que revelava como cinzelador e gravador.

Reconhecendo os seus méritos, o seu mestre nos antigos joalheiros da Coroa recomendou-lhe que se propusesse à Casa da Moeda, que procurava alguém para abrir cunhos. Mas a sua pouca idade e relativa falta de experiência não convenceram o responsável pelas admissões naquela instituição.

Mostrando-lhe o modelo de uma futura moeda, despachou o candidato com cepticismo: “Você era lá capaz de fazer isto?!” Por isso ainda foi maior o seu espanto quando João Réis lhe apareceu uns dias depois com um cunho irrepreensível da dita moeda.

Senhor de uma memória visual fantástica e de uma invulgar habilidade, o artista tinha fixado os relevos do modelo que lhe mostraram. Quando saiu do gabinete onde não lhe tinham dado crédito foi comprar o metal necessário e, em casa, abriu o cunho. Ficou tão fidedigno que, ao vê-lo, o encarregado da Casa da Moeda explodiu: “Isso é falsificação! Está preso!”

P.S. – Não sei o que se passou a seguir. Não há referência de haver sido preso mas, também não lhe deram o emprego, porque foi para a Fábrica de Loiças de Sacavém pintar painéis de azulejos. Ao mesmo tempo estudou à noite na Escola Machado de Castro e chegou, mais tarde, a ingressar na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa. Com a recuperação económica voltou a haver trabalho, na sua profissão, para onde voltou. Mais tarde optou pelo trabalho independente, embora continuasse a produzir para os antigos Joalheiros da Coroa.

Elementos tirados de um artigo da revista do Club do Coleccionador
.

M.A.

09/11/09

DICA DA LARANJA

Para variar, traremos hoje, como assunto, uma dica para ser experimentada na cozinha.
Ela interessa não apenas a quem cozinhe mas, também, a todos nós que nos preocupemos em comer alimentos confeccionados de forma mais saudável.



Quando decidirem fazer uma feijoada, experimentem colocar uma laranja inteira, lavada mas não descascada, na dita feijoada, junto com as carnes... O que irá acontecer é que, durante o tempo em que o tacho está ao lume, muita da gordura das carnes e enchidos irá parar dentro da laranja. Pode confirmar isto se, no final, cortar o fruto. A laranja não modifica em nada o gosto da feijoada que ficará assim super light!

Experimentem, por exemplo, com um pedaço de linguiça:
Fervam a água, coloquem dentro a laranja e, depois, a linguiça bem picada com um garfo.
Passados 5 minutos de fervura a laranja absorveu quase toda a gordura do enchido.
Fritem então a linguiça e vejam como fica deliciosa...e bem menos inimiga do colesterol.

Cultura também se faz de conhecimentos tão simples como este.

(Recebido por email. Estamos a passar a dica aos leitores mas, confessamos ainda não a ter experimentado.)
M.A

07/11/09

IGREJA DE BRAVÃES


Hoje, iremos com os leitores até ao Minho, ao concelho de Ponte da Barca, onde há uma freguesia e lugar com o nome de Bravães. Ali se encontra um templo românico que começou por fazer parte de um antigo mosteiro beneditino e, nos dias de hoje, está transformado na Igreja Paroquial de Bravães.



Mas, melhor do que tudo aquilo que eu viesse aqui contar, falam as bonitas imagens que o nosso caro amigo F. Andrade captou deste templo e que, aqui apresentamos, transformadas em vídeo. Chamo, igualmente, a atenção para a música que ele escolheu para as acompanhar.
Na Net encontramos este texto bastante interessante que nos descreve, em pormenor, tão importante obra-prima da arte românica, muito justamente, considerada já, desde 1911, Monumento Nacional.

Fazemos questão ainda de mostrar uma foto, que retiramos daqui, e que representa um exemplo de civismo bastante invulgar nos tempos que correm. É de um letreiro afixado numa das portas do templo de que falamos e que, convida ao franco e imediato acesso todos os visitantes. Oxalá nunca se verifique por lá nenhum acto de vandalismo que obrigue a alterar esta situação, colocando uma chave na porta…

Este post vai dedicado, em especial, à amiga Fátima, cujas raízes familiares se situam no Minho e do qual é uma eterna apaixonada. Espero que goste de rever este cantinho da sua terra.

Agradecimentos ao F. Andrade pelo pps e ao Fernando pela conversão em vídeo.

M.A.

05/11/09

LIVROS ESCOLARES


Convidamos os nossos leitores a fazerem mais um regresso ao passado. Iremos recordar alguns dos livros que nos acompanharam no ensino primário, neste caso, mesmo, apenas, revendo as suas capas.

Aqui aparecem também alguns daqueles cartazes que se viam nas paredes das escolas primárias aí pelas décadas de 40/50 e até, imagine-se, a reprodução de um diploma, o do exame da 4ª classe! Terá sido o primeiro que todos nós tivemos e, para muitos, infelizmente, o único que lhes foi possível obter. Muito boa gente teria querido continuar a estudar mas, as circunstâncias da vida não o permitiram...

(Recebido num pps e convertido em wmv por Fernando, a quem agradecemos)
M.A.

03/11/09

NAU CATRINETA



Lá vem a Nau Catrineta
Que tem muito que contar!
Ouvide agora, senhores,
Uma história de pasmar.
Passava mais de ano e dia
Que iam na volta do mar,
Já não tinham que comer,
Já não tinham que manjar
Deitaram sola de molho
Para o outro dia jantar;
Mas a sola era tão rija,
Que a não puderam tragar.
Deitaram sortes à ventura
Qual se havia de matar;
Logo foi cair a sorte
No capitão general.
- “Sobe, sobe, marujinho,
Àquele mastro real,
Vê se vês terras de Espanha,
As praias de Portugal!”-
“Não vejo terras de Espanha,
Nem praias de Portugal;
Vejo sete espadas nuas
Que estão para te matar.”
- “Acima, acima, gajeiro,
Acima ao tope real!
Olha se enxergas Espanha,
Areias de Portugal!”
- “Alvíssaras, capitão,
Meu capitão general!
Já vejo terras de Espanha,
Areias de Portugal!”
Mais enxergo três meninas,
Debaixo de um laranjal:
Uma sentada a coser,
Outra na roca a fiar,
A mais formosa de todas
Está no meio a chorar.”
- “Todas três são minhas filhas,
Oh! quem mas dera abraçar!
A mais formosa de todas
Contigo a hei-de casar.”
- “A vossa filha não quero,
Que vos custou a criar.”
- “Dar-te-ei tanto dinheiro
Que o não possas contar".
- “Não quero o vosso dinheiro
Pois vos custou a ganhar.”
- “Dou-te o meu cavalo branco,
Que nunca houve outro igual.”
- “Guardai o vosso cavalo,
Que vos custou a ensinar.”
- “Dar-te-ei a Catrineta,
Para nela navegar.”
- “Não quero a Nau Catrineta,
Que a não sei governar.”
- “Que queres tu, meu gajeiro,
Que alvíssaras te hei-de dar?”
- “Capitão, quero a tua alma,
Para comigo a levar!”-
“Renego de ti, demónio,
Que me estavas a tentar!
A minha alma é só de Deus;
O corpo dou eu ao mar.”
Tomou-o um anjo nos braços,
Não no deixou afogar.
Deu um estouro o demónio,
Acalmaram vento e mar,
E à noite a Nau Catrineta
Estava em terra a varar.

……………………………………………………………………………….

Alguns leitores ao depararem com este poema de sabor popular , talvez se lembrem de o ter recitado em cima de uma cadeira, perante a família, como eu mesma fiz. Creio também que ele aparecia num livro de leitura, escolar.

O seu autor é desconhecido e Almeida Garrett incluiu-o no seu “Romanceiro”, onde eu o fui agora copiar. Ele faz a sua introdução deste modo
: «Não é para admirar que seja tão sabida e querida esta xácara. O que admira é que não seja mais comum entre nós o romance marítimo. Um país de navegantes, um povo que viveu mais do mar do que da terra…»

Este poema, trago-o aqui como uma recordação de infância, por me ter vindo à memória um dia destes. Quem acaso ainda o não conheça, talvez ache graça a descobri-lo. Aos outros, que estarão a recordá-lo, irei por certo, despertar alguma nostalgia !
M.A

02/11/09

Ana Camilo - Individual de Pintura - Galeria Vit'Arte - Dolce Vita Miraflores


A artista Ana Camilo, nossa associada, apresenta alguns dos seus trabalhos no Dolce Vita Miraflores, Galeria Vit'Arte (2º Piso) de 1 a 28 de Novembro de 2009

Não deixem de visitar

01/11/09

MULHERES NA ARTE


Este, é o título do vídeo que trazemos, realizado por Philip Scott Johnson e, que é uma verdadeira obra de arte dentro do que já é possível fazer-se, com a técnica digital. Aqui vemos, numa criativa e artística sequência de imagens, como se foi processando o rosto da mulher através de cinco séculos de pintura.

Estando com alguma atenção iremos reconhecer muitos rostos femininos que artistas consagrados deixaram registados nas suas telas. Se clicar também aqui poderá ver alguns deles acompanhados com os respectivos dados biográficos.

O trecho musical que se ouve é a Sarabanda da Suite nº 1, para violoncelo, de Bach, tocada por Yo Yo Ma, o norte americano, nascido em França, em 7/10/1955 mas de ascendência chinesa, que hoje é já considerado um dos mais famosos violoncelistas da história.

Diz-se que este vídeo já foi visto por 5,3 milhões de visitantes no YouTube e que deu origem , em apenas dois meses, a mais de 10.000 comentários.
Mais um trabalho que nos leva, de novo, a dizer que a imaginação e a arte não têm realmente limites.
Espero que tenham gostado.
M.A.
Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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