Ontem, dia 17, morreu em Salvador, Brasil, com 91 anos Zélia Gatai, viúva de Jorge Amado. Dela falamos já neste blog, em 31/3 ao contar a história do “sapo cururu”, lembram-se? Nesse relato eu salientava a sua sensibilidade em ter gravado o som do “cantar” do dito sapo, para fazer feliz um amigo.
Em tudo o que fui conhecendo a seu respeito sempre senti muito forte essa forma de estar, tão ligada ao coração. Hoje, ao ouvir a notícia da sua morte, de novo me veio isso ao pensamento, quando ouvi referir que seria cremada e queria as suas cinzas espalhadas no jardim (penso que o mesmo referido na história, da casa onde habitaram, ela e Jorge Amado) lugar onde, pelo que disseram, as cinzas dele foram igualmente colocadas. Aqui fica a sua foto e alguns dados biográficos retirados da Net.
Em tudo o que fui conhecendo a seu respeito sempre senti muito forte essa forma de estar, tão ligada ao coração. Hoje, ao ouvir a notícia da sua morte, de novo me veio isso ao pensamento, quando ouvi referir que seria cremada e queria as suas cinzas espalhadas no jardim (penso que o mesmo referido na história, da casa onde habitaram, ela e Jorge Amado) lugar onde, pelo que disseram, as cinzas dele foram igualmente colocadas. Aqui fica a sua foto e alguns dados biográficos retirados da Net.
Filha de imigrantes italianos, a escritora Zélia Gattai (Zélia Gattai Amado) nasceu em 2 de julho de 1916, na capital de São Paulo, onde viveu toda a sua infância e adolescência. Zélia participava, com a família, do movimento político-operário que tinha lugar entre os imigrantes italianos, espanhóis, portugueses, no início do século XX
Leitora entusiasta de Jorge Amado, Zélia Gattai conheceu-o em 1945, quando trabalharam juntos no movimento pela anistia dos presos políticos. A união do casal deu-se poucos meses depois. Em 1946, com a eleição de Jorge Amado para a Câmara Federal, o casal mudou-se para o Rio de Janeiro, onde nasceu o filho João Jorge, em 1947. Um ano depois, com o Partido Comunista declarado ilegal, Jorge Amado perdeu o mandato, e a família teve que se exilar.
Viveram em Paris por três anos, período em que Zélia Gattai fez os cursos de Civilização Francesa, Fonética e Língua Francesa , na Sorbonne. De 1950 a 1952, a família viveu na Tchecoslováquia, onde nasceu a filha Paloma. Foi neste tempo de exílio que Zélia Gattai começou a fazer fotografias, tornando-se responsável pelo registro, em imagens, de cada um dos momentos importantes da vida do escritor baiano.
Em 1963, mudou-se com a família para a casa do Rio Vermelho, em Salvador na Bahia, onde tinha um laboratório e se dedicava à fotografia, tendo lançado a fotobiografia de Jorge Amado intitulada Reportagem incompleta.
Aos 63 anos de idade, começou a escrever suas memórias. O livro de estreia, “Anarquistas, graças a Deus “, ao completar 20 anos da primeira edição, já contava mais de duzentos mil exemplares vendidos no Brasil. Sua obra é composta de nove livros de memórias, três livros infantis, uma fotobiografia e um romance. Alguns de seus livros foram traduzidos para o francês, o italiano, o espanhol, o alemão e o russo.
Baiana por merecimento, Zélia Gattai, em 1984, recebeu o título de Cidadã da Cidade do Salvador.
Na França, recebeu o título de Cidadã de Honra da Comuna de Mirabeau (1985) e a Comenda des Arts et des Lettres, do governo francês (1998). Recebeu ainda, no grau de comendadora, as ordens do Mérito da Bahia (1994) e do Infante Dom Henrique (Portugal, 1986). A Prefeitura de Taperoá, no Estado da Bahia, homenageou Zélia Gattai dando o nome da escritora à sua Fundação de Cultura e Turismo, em 2001.
M.A.
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