Baden-Powel afirmava que o “o acampamento é a grande atracção que chama o rapaz para o escutismo e oferece o melhor ensejo para o ensinar a confiar em si próprio e a desenvolver o espírito de iniciativa, além de lhe dar saúde e robustez” Quem foi este homem e o que é o escutismo? Que valores representam na actualidade, para terem tido direito a emissão de selos e moeda comemorativa em 2007?
A carinhosa sigla B-P, usada por milhões de jovens em todo o mundo, serve de abreviatura ao nome de Lord Robert Stephenson Smith Baden-Powel of Gilwell (1857-1941), general inglês que iniciou o movimento escutista ao promover, em Agosto de 1907, numa ilha do Canal da Mancha, um primeiro acampamento para jovens de diversas origens. Assim no ano de 2007 celebraram-se os 100 anos do escutismo e os 150 anos do nascimento do seu fundador.
As notas autobiográficas de B-P, escritas com cativante simplicidade e excelente humor, sempre acompanhadas de curiosas ilustrações do seu próprio punho, foram publicadas nos anos trinta, sob o título Lessons from the Varsity of Life e, finalmente, no ano da dupla celebração, foram traduzidas em português, (graças às edições Esquilo, a Rui Lomelino de Freitas e a Rosário Morais da Silva) como A Escola da Vida.
Aí, B-P confessa ter-se aventurado a escrever porque viveu “uma vida dupla” (“não me refiro exactamente àquilo que já estão a pensar!”, graceja de imediato), relatando, então, a sua “vida número um” ( a de militar) e a outra, “ a vida número dois” ( a do escutismo).
Este general corajoso e curioso, inovador e divertido, acabou por dar origem a uma escola de cidadania que já terá formado mais de 500 milhões de crianças, jovens e adultos, que conta hoje com 28 milhões de membros espalhados por mais de 200 países e que se apresenta agora como uma organização internacional não governamental. - Organização Mundial do Movimento Escutista -, com sede em Genebra. Uma escola de cidadania que propõe, a cada escuteiro, seja ele “lobito”, “explorador” ou “caminheiro”, que permaneça “sempre pronto”, “sempre alerta”.
Excerto da Revista do Club do Coleccionador
M.A.
4 comentários:
Na paróquia da Cruz Quebrada há um grupo de rapazes e raparigas que estão ligados aos escuteiros. Quando saiem para o campo, é vê-los de mochilas às costas, com a vestimenta própria. É uma organização muito salutar, ensina os jovens a viverem em grupo e a cumprirem regras, que lhes vão ser úteis no futuro.
Ora aqui está uma coisa que não fiz e de que tenho pena.
Gostava de ter feito escutismo!
eu fiz durante uns aninhos, e posso dizer que é do melhor para as crianças, para os jovens e mesmo para os adultos.
Abraço.
Ricardo Pinto
Se repararem na forma como o post termina é mesmo afirmando que o escutismo é uma "Escola de cidadania". E não estamos todos tão carenciados de bons cidadãos, neste mundo, tão voltado do avesso em questão de valores?
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