Uma vez mais tivemos no Parque das Nações artesanato de todo o mundo durante uma semana. É sempre agradável a visita, claro, mas, tenho que vos confessar que vou lá sempre na expectativa de ver os trabalhos que nos apresenta o ceramista Delfim Manuel, de Santo Tirso. Declaro desde já que sou uma fã incondicional dos seus barros e, é deles que quero falar hoje.
Encanta-me ver a expressão que ele imprime a cada um dos seus bonecos, a minúcia de cada pormenor que os compõe, por vezes de um tamanho que até julgaríamos ser impossível modelar no barro. Dou como exemplo as argolas que ele coloca nas orelhas das suas camponesas, ou as chinelas que usam nos pés.
Fazem-me sorrir os seus grupos reunidos à roda de uns pipos, em que se adivinha que o vinho já correu em demasia e daí os seus figurantes se mostrarem com ar tão galhofeiro, de copos e garrafas na mão, alguns já mesmo em equilíbrio bem precário outros, com aspecto de já o terem perdido por completo. Quando os olho transporto-me logo para as cenas rurais que Malhoa pintou.
Encanta-me ver a expressão que ele imprime a cada um dos seus bonecos, a minúcia de cada pormenor que os compõe, por vezes de um tamanho que até julgaríamos ser impossível modelar no barro. Dou como exemplo as argolas que ele coloca nas orelhas das suas camponesas, ou as chinelas que usam nos pés.
Fazem-me sorrir os seus grupos reunidos à roda de uns pipos, em que se adivinha que o vinho já correu em demasia e daí os seus figurantes se mostrarem com ar tão galhofeiro, de copos e garrafas na mão, alguns já mesmo em equilíbrio bem precário outros, com aspecto de já o terem perdido por completo. Quando os olho transporto-me logo para as cenas rurais que Malhoa pintou.
As suas imagens de santos expressam uma religiosidade impressionante. Os seus presépios tanto podem ser uma filigrana feita em barro (que ele geralmente deixa na cor natural), como nos mostram, por vezes, uma N. Senhora e um S. José que parecem saídos de um livro de Júlio Dinis. Reparem por exemplo neste em que o S. José, com a mão sob o queixo, “parece estar a pensar na responsabilidade de uma criança a mais” na família!
Este ano, Delfim Manuel trouxe-nos também um trabalho a que deu o título de, se a memória não me falha “Alegria em Portugal”. Mostra-nos uma aldeia onde se vêem casas, medas de palha, umas alminhas e, depois grupos diversos, comendo, dançando, tocando, lavando a loiça, etc. etc.. Digamos que estamos a visualizar uma festa rural de amigos. As fotos estão em sequência da esq. para a dirt.. A sua qualidade não é a melhor já que esta peça estava dentro de uma vitrina envidraçada.
Divirtam-se a procurar os vários pormenores …
M.A.
Divirtam-se a procurar os vários pormenores …
M.A.
4 comentários:
também lá estive e deliciei-me com esta cena de festa na aldeia, os chinelinhos a cair dos pés estão geniais, assim como os restos de comida nos pratos, as casinhas de topo, enfim... uma delícia para os olhos!até parece que se ouve o burburinho que de lá vem.
Menina, não conheço o homem nem o artista de coisas tão belas. Que beleza de imagens e que mãos não moldam estas figuras atenta aos pormenores!... Pena nunca calhar ver uma exposição dele, mas vou ficar atenta ao nome e quem sabe virá cá um dia. Obrigada pela mostra de arte que adoro. Beijinho da laura..
São mesmo uns excelentes trabalhos.
Obrigada pela visita ao meu blogue.
:-))))))
Dia feliz.
Também adorei, que frescura, realismo e alegria a retratar cenas tão naturais.Este ano a parte nacional da feira estava bastante mais representativa que em anos anteriores, na opinião de várias pessoas que sempre lá vão, e ainda bem!
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