Relógio de Sol Vertical Meridional
Cachouça Mafra - Foto João Correia Santos
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Em tempos, a ciência e arte dos relógios de sol era tão importante que recebia um nome próprio. Era a “Gnomónica”. Já não se mede o tempo pelo sol, mas, os instrumentos que nos sobraram são restos de um passado de que se admiram o engenho e a beleza.
Nas paredes das igrejas é vulgar encontrar relógios de sol antigos, que aí se colocavam para marcar o tempo das localidades. Na Antiguidade, não havia outro método de medida do tempo que tivesse uma fiabilidade prolongada. Podiam-se usar velas ou ampulhetas para marcar a passagem do tempo e subdividi-lo, mas era sempre necessário um relógio fiável, que não se despistasse ao longo dos dias e dos anos. Os relógios de sol constituíam esse instrumento de referência.
Relógio de Sol do Palácio da Pena Nas paredes das igrejas é vulgar encontrar relógios de sol antigos, que aí se colocavam para marcar o tempo das localidades. Na Antiguidade, não havia outro método de medida do tempo que tivesse uma fiabilidade prolongada. Podiam-se usar velas ou ampulhetas para marcar a passagem do tempo e subdividi-lo, mas era sempre necessário um relógio fiável, que não se despistasse ao longo dos dias e dos anos. Os relógios de sol constituíam esse instrumento de referência.
Assim continuou a ser até muito tarde. Quando apareceram e se difundiram os relógios mecânicos, as igrejas começaram a dispor desses instrumentos para guiar as práticas litúrgicas. Mas o problema continuou a ser o mesmo: Como se faria para acertar periodicamente o relógio? E que se faria se ele parasse? Os instrumentos solares continuaram a ser usados, agora quase apenas como meio de acertar os elogios mecânicos.
Apareceram relógios de sol mais precisos e especializados. Em alguns bastava um mostrador e um ponteiro, que com mais propriedade se chama “gnomon” – termo que vem do grego e que significa “o que revela”. Outros eram mais complexos. Mas o essencial passou a ser que marcassem com precisão um momento diário, habitualmente o meio dia, pois um momento bastava para acerto dos relógios mecânicos.
O meio dia solar é definido como o momento de passagem meridiana do sol, ou seja, o momento diário em que o sol passa mais alto no céu, intersectando o meridiano do lugar. Para nós que vivemos acima do Trópico de Câncer, essa passagem meridiana do sol ocorre sempre quando este está exactamente na direcção sul, projectando a sua sombra para norte.
Os relógios solares que marcam apenas o meio-dia solar são chamados meridianas. No Palácio de Queluz existe um exemplar interessante sobre um muro de jardim. E no Palácio da Pena, existe um outro muito curioso, com uma lente orientada de tal maneira que o instrumento pode disparar um pequeno canhão quando o sol se encontra a sul.
Nuno Crato
Professor de Matemática e Estatística do ISEG, autor de livros de divulgação científica.
(Revista do Club do Coleccionador)
M.A.
Apareceram relógios de sol mais precisos e especializados. Em alguns bastava um mostrador e um ponteiro, que com mais propriedade se chama “gnomon” – termo que vem do grego e que significa “o que revela”. Outros eram mais complexos. Mas o essencial passou a ser que marcassem com precisão um momento diário, habitualmente o meio dia, pois um momento bastava para acerto dos relógios mecânicos.
O meio dia solar é definido como o momento de passagem meridiana do sol, ou seja, o momento diário em que o sol passa mais alto no céu, intersectando o meridiano do lugar. Para nós que vivemos acima do Trópico de Câncer, essa passagem meridiana do sol ocorre sempre quando este está exactamente na direcção sul, projectando a sua sombra para norte.
Os relógios solares que marcam apenas o meio-dia solar são chamados meridianas. No Palácio de Queluz existe um exemplar interessante sobre um muro de jardim. E no Palácio da Pena, existe um outro muito curioso, com uma lente orientada de tal maneira que o instrumento pode disparar um pequeno canhão quando o sol se encontra a sul.
Nuno Crato
Professor de Matemática e Estatística do ISEG, autor de livros de divulgação científica.
(Revista do Club do Coleccionador)
M.A.
1 comentário:
Apesar da hora tardia, não quero deixar de agradecer à Amélia por nos trazer mais um tema, muito interessante.
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