Como tudo começou

12/08/08

O PRIMEIRO SELO DE CORTIÇA, DO MUNDO

(Clique na foto para ampliar)


Quem diz cortiça, diz Portugal, líder mundial na produção, transformação e investigação da casca do sobreiro. O selo, por sua vez, é uma expressão gráfica dos bens patrimoniais do país, consequentemente, é com toda a propriedade que os correios lançaram a primeira peça filatélica de cortiça.
A emissão de um selo de cortiça poderá parecer uma ideia um tanto ou quanto extravagante e pouco viável. Mas, quando se vê o produto final fica-se surpreendido com a “normalidade” deste selo original. O que só vem comprovar as qualidades desta matéria natural, reciclável e biodegradável que se obtém do Quercus suber L.. De facto, a sua “pele”, por baixo de uma “epiderme” de aspecto lenhoso e rude, proporciona um produto que, como o papel, é agradável ao tacto, leve e pode ser mais ou menos espesso. Além disso é compressível, elástico, impermeável, e líquidos e a gases, excelente isolante térmico, acústico, não vibrátil e resistente ao atrito. Com estas especificidades, a cortiça serve para múltiplas funções, que vão desde a construção civil à indústria aeronáutica e espacial.

Porém, o produto que vem logo à memória e que está universalmente divulgado é a rolha de cortiça. Quase se pode dizer que sem ela nunca conheceríamos os produtos vinícolas tal como eles são hoje. Como deixar envelhecer um vinho sem um artefacto tão vedante e barato como a rolha de cortiça? Foi precisamente a produção de vinho do Porto, nos socalcos do Douro que levou à instalação no distrito de Aveiro da indústria de transformação e comercialização da casca do sobreiro alentejano, onde o montado de sobro faz parte da identidade da região a sul do Tejo.

Anotem pois esta novidade filatélica, a emissão do primeiro selo de cortiça do mundo.

(Revista do Club do Coleccionador)

M.A.

5 comentários:

Anónimo disse...

O chão da minha 1ª casa era de cortiça. Muito bonito.
Encerado, ficava um mimo.
O sobreiro é uma árvore tipicamente alentejana, sem elas, a paisagem perdia o seu encanto.
Quanto ao selo, foi uma excelente ideia dos CTT. Está lindo.

Anónimo disse...

A cortiça permite trabalhos extraordinários.
Eu tal como a Francisca já tive um soalho de cortiça, encerado e lindo!
Tive cartões de visita em cortiça. Foi um sucesso na altura!
Quanto ao selo... resta saber se a cortiça é nossa e a produção do selo estrangeira, tal como as rolhas.....

Anónimo disse...

Acrescento que esta emissão única de 230 mil exemplares saiu em 28/11/2007, esgotando-se rapidamente. João Machado é o seu designer. Foi emitido com a marca da corticeira portuguesa Amorim e já vale €25 quando, o seu valor facial é de €1.

EDUARDO disse...

Eduardo Veiga de Macedo

Francisca quero informar que a cortiça é do nosso rico País Portugal .
O papel de cortiça foi feito na minha empresa que se situa em Paços de Brandão ,tambem fazemos papelde cortiça para cartoes de visita e outras aplicaçoes
a empresa chama se SA ROSAS S.A.

Anónimo disse...

Eduardo Veiga de Macedo:
É com todo o gosto que assinalamos a sua presença neste blog.Quem lhe escreve, neste momento, nasceu numa zona próxima daí, conhecendo portanto bem a importância da industria corticeira em P. de Brandão. Diz muito bem quando afirma que a cortiça é uma das nossas grandes riquezas.Felicidades para a sua Empresa. Volte sempre!

Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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