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Foi no Porto que, em 12 de Novembro de 1896 pela primeira vez em Portugal as pessoas “foram ao cinema” para verem a Feira da Crujeira e o Vira, filmados pelo próprio Paz dos Réis.
Naturalmente, a exibição de filmes não só se tornou num novo entretenimento como mudou os hábitos às populações e levou à construção de edifícios que se impuseram na trama urbana das grandes cidades e vilas do país.
No início do século, Portugal tinha cerca de seis milhões de habitantes e Lisboa cerca de 400 mil. Com a I República, a capital conheceu um intenso desenvolvimento urbanístico, em todas as direcções, sobretudo a partir de dois eixos principais com ponto de partida no Rossio. Um, delineado pela Av. da Liberdade-Picoas-Av. da República era o eixo “fino” e elegante, correspondendo aos sectores residenciais e funcionais mais ricos da cidade. É nesse percurso que, nas décadas seguintes vão surgir alguns cinemas que, pela sua concepção arquitectónica, marcaram a imagem da cidade: o Éden, o Condes, o Politeama, o Odeon, o Capitólio, o Tivoli, o S. Jorge, o Mundial e o Monumental.
O outro eixo, definido dentro da área mais pequeno-burguesa e popular, era esboçado pelo conjunto, Martim Moniz-Rua da Palma-Av. Almirante Réis. Também ele foi pontilhado por edifícios vocacionados para a projecção de filmes, embora menos imponentes e arquitectonicamente menos arrojados. Destes, como o salão Lisboa, que acabou por ser conhecido como “o Piolho”, o Rex, o Lys (depois Roxy), o Imperial (depois Pathé) e o Império (um “gigante” compacto) já nenhum deles subsiste como sala de espectáculos cinematográficos.
Na década de 60, as novas possibilidades técnicas do cinemascope e dos “écrans gigantes” determinam a construção de salas espectacularmente grandes.No centro, nos bairros e nos arredores de Lisboa e Porto, assim como na província surgem os cinemas que ocupam quase quarteirões inteiros e se tornam pontos de referência.
No início do século, Portugal tinha cerca de seis milhões de habitantes e Lisboa cerca de 400 mil. Com a I República, a capital conheceu um intenso desenvolvimento urbanístico, em todas as direcções, sobretudo a partir de dois eixos principais com ponto de partida no Rossio. Um, delineado pela Av. da Liberdade-Picoas-Av. da República era o eixo “fino” e elegante, correspondendo aos sectores residenciais e funcionais mais ricos da cidade. É nesse percurso que, nas décadas seguintes vão surgir alguns cinemas que, pela sua concepção arquitectónica, marcaram a imagem da cidade: o Éden, o Condes, o Politeama, o Odeon, o Capitólio, o Tivoli, o S. Jorge, o Mundial e o Monumental.
O outro eixo, definido dentro da área mais pequeno-burguesa e popular, era esboçado pelo conjunto, Martim Moniz-Rua da Palma-Av. Almirante Réis. Também ele foi pontilhado por edifícios vocacionados para a projecção de filmes, embora menos imponentes e arquitectonicamente menos arrojados. Destes, como o salão Lisboa, que acabou por ser conhecido como “o Piolho”, o Rex, o Lys (depois Roxy), o Imperial (depois Pathé) e o Império (um “gigante” compacto) já nenhum deles subsiste como sala de espectáculos cinematográficos.
Na década de 60, as novas possibilidades técnicas do cinemascope e dos “écrans gigantes” determinam a construção de salas espectacularmente grandes.No centro, nos bairros e nos arredores de Lisboa e Porto, assim como na província surgem os cinemas que ocupam quase quarteirões inteiros e se tornam pontos de referência.
Mas, na década de 70, com a concorrência da televisão já surgiu a necessidade de reduzir a dimensão das salas, de forma a melhorar a rentabilidade. É o fim da “arquitectura dos cinemas, progressivamente reduzida a arranjos decorativos interiores e à concepção dos “cine-estúdios, das salas-com-número e múltiplas, e dos cinemas integrados em edifícios com outras funções.
1- Animatógrafo do Rossio 1907
2 e 3- Politeama (do Arq. Ventura Terra) 1914 e Odeon 1927
4- Tivoli 1924
5- Condes 1951
6- Paris ( à Estrela) 1931
(Excerto de um artigo e fotos encontrados na revista do Club do Colecionador)
M.A.
6- Paris ( à Estrela) 1931
(Excerto de um artigo e fotos encontrados na revista do Club do Colecionador)
M.A.
6 comentários:
Belos tempos,em que com o meu irmão percorriamos as ruas e calçadas de Lisboa para vermos um filme.
Muitos dos cinemas que frequentámos já nem existem.
Todos os dias víamos no Diário de Notícias qual o filme que nos interessava, fosse onde fosse lá íamos nós.
E eram muito mais bonitos esses edifícios que os da actualidade.
Não consigo achar graça a esses prédios modernos que parecem caixotes.
Um abraço e bom fim de semana
Obrigada uma vez mais pelas informações aqui expostas.
Aproveito para publicitar que durante o mês de Novembro podem visitar No Mundo da Lua em S. Pedro do Estoril uma Exposição / Atelier de Brinquedos Pré-Cinema, é só marcar!!!
Para emmatheias:
A Simecq fica uma vez mais grata pela visita e pelo convite.
A propósito de brinquedos queira estar estar atenta porque vamos falar deste tema num dia próximo.
Onde é que já vai o encanto de ir ao cinema e ao teatro?
Isto hoje está praticamente tudo "industrializado"!
Beijos
Só uma correcção. A primeira vez que se fez uma projecção de cinema em portugal, não foi em Novembro de 1896 no Porto. Foi no Real Culyseu de Lisboa (já demolido) que se fez a primeira projecção de Animatógrafo em Portugal no dia 18 de Junho de 1896, apenas meio ano depois da estreia mundial em Paris.
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