Como tudo começou

14/01/09

FALANDO SOBRE O ALGODÃO

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Para quem não tenha reconhecido o que está na foto que abre o post diremos que se trata de um ramo da planta do algodoeiro.

Fotografei-a em casa de um amigo que visitei, o qual, por sua vez, o tinha recebido de presente, justamente do responsável pelas experiências da cultura algodoeira na Quinta Pedagógica da Câmara Municipal de Braga. É ele o Engº Agrónomo Edmundo Sousa, que muito embora, como diz num artigo que escreveu (e que acompanhou o ramo que ofereceu) não ser o nosso clima propício a uma cultura rentável desta planta, há dois anos que se vem dedicando a esta experiência, aventando até a hipótese de que, devido ao aquecimento global do Planeta, possa, esta cultura, talvez um dia, vir a tomar outro incremento nesta zona.

Pela segunda vez acontece que, pela persistência deste Engº, todos os visitantes que por alí passaram, tiveram oportunidade de observar o ciclo de vida desta planta, ou seja puderam ver a sua germinação, as suas cápsulas e, por fim a famosa matéria prima chamada “Rei Algodão”.

A mais antiga informação da fibra do algodão, na antiguidade, apareceu na Índia e no Peru, entre 2.500 a 4.00 anos A.C. em pequenos pedaços de tecido.
Geograficamente, a cultura do algodão foi originária da Índia, alastrando-se depois por vários pontos do mundo. Nos nossos dias, é no Sudão e Egipto que se encontra a maior e melhor produção deste produto, aos quais se juntou, também como produtor de algodão, recentemente a Austrália.

Soubemos que, no nosso país foi Avelar Brotero quem, no início do Sec. XIX, (na altura Director do Real Jardim Botânico da Ajuda),primeiro escreveu, na Gazeta de Lisboa sobre esta cultura. Em 1953, em 1962 e entre 1975/1983 , houve várias tentativas de cultivar o algodoeiro, mas que não tiveram grande prolongamento.

Então, em 1995 e até 1998, no Projecto Pediza I no qual este Engº Agrónomo participou, pelos largos anos de experiência que, neste tipo de cultura, já trazia de Moçambique, novas tentativas se fizeram, revelando as conclusões dos estudos finais que, o ciclo vegetativo da planta num ambiente considerado óptimo é, muito superior ao ciclo vegetativo das melhores condições no Alentejo. Mesmo assim, recentemente, ele dedicou-se a mais esta experiência no Minho.

Foi, portanto, como disse atrás, devido à persistência deste Engº Agrónomo na Quinta Pedagógica da Câmara Municipal de Braga e à visita casual, feita por mim, a um amigo de ambos que, agora, tive o gosto de vos trazer neste post, um poucochinho de tudo o que lí sobre a planta do algodoeiro. Fica também, a minha sugestão para, quem for para os lados de Braga, ir conhecer esta Quinta e, até, quem sabe, ouvir pela voz do próprio Engº Edmundo Sousa, bem melhor contada do que eu o fiz , esta e outras histórias relacionadas com as suas experiências ali efectuadas.
Não conheço este Senhor mas, pelo que o meu amigo contou a seu respeito fiquei a admirá-lo e, igualmente com a certeza de que se trata de alguém fora do comum… E, leitores, mais não digo por hoje.

(Elementos retirados do trabalho escrito"A Cultura do Algodão"do Engº. Edmundo de Sousa)
M.A.

4 comentários:

Anónimo disse...

Venha o algodão para Portugal.
Dizem que ele não engana!

Gi disse...

Muitas plantações de algodão vi eu em Angola.
No meu livro da 4ª classe havia um texto dificílimo sobre o algodão;
No exame oral, a professora perguntou-me sobre o que queria falar; eu respondi-lhe que não tinha preparado nada pelo que poderíamos abrir o livro "ao calhas".
E o que aconteceu? O livro foi aberto, exactamente, sobre esse texto do algodão, que nem sequer tínhamos dado na aula.
Fiz um exame brilhante graças às plantações de algodão que tinha visto em viagem.

Anónimo disse...

nunca vi planta de algodão, mas já vi em alguns museus todos os utensilios para o "transformar" em fios e simulação de todo o processo.Muito interessante.

vieira calado disse...

Fiquei a saber mais sobre o algodão.

Não pensava que fosse assim.

Obrigado

Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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