Como tudo começou

08/07/09

DECLARO-ME VIVO



Antigamente preocupava-me quando os outros falavam mal de mim. Esforçava-me por fazer o que os outros queriam e a minha consciência censurava-me. Entretanto, a pesar de me esforçar por ser bem educado, sempre alguém me difamava.
Agradeço a essas pessoas que me ensinaram que a vida não é um teatro e, a partir desse momento, resolvi ser apenas como sou.
A velha árvore ensinou-me que somos todos iguais.
Sou guerreiro:
A minha espada é o amor,
O meu escudo é o humor,
O meu espaço é a coerência,
O meu texto é a liberdade.
Perdoem-me se a minha felicidade é insuportável mas eu não escolhi o senso comum. Prefiro a imaginação dos índios que trazem entranhada em si a inocência. É preferível que tenhamos que ser apenas humanos.
Sem amor nada faz sentido, sem amor estamos perdidos, sem amor corremos de novo o risco de caminharmos de costas para a luz.
Na realidade,
Apenas falo
para te recordar
a importância do silêncio.
O silêncio é a chave,
A simplicidade é a porta que deixa da parte de fora os imbecis
Por esta razão é muito importante que apenas o amor inspire as nossas acções.
Espero que descubras a mensagem escondida nestas palavras; eu não sou um sábio, sou apenas um ser, apaixonado pela vida.
A melhor forma de despertar é deixar de nos questionarmos se as nossas acções incomodam quem dorme a nosso lado.
Quando somos maiores do que aquilo que fazemos nada nos pode desequilibrar.
Amo a minha loucura que me vacina contra a estupidez.
Quero o amor que me imuniza contra a infelicidade que prolifera, infectando almas e atrofiando corações.
As pessoas estão tão reprimidas que, a ternura espontânea as incomoda e o amor lhes inspira desconfiança. A vida é um cântico à beleza, uma chamada à transparência. Quando o descobrires, o vento voltará a ser teu amigo, a árvore um mestre no ritual do amanhecer, a noite vestir-se-á de cores, as estrelas falarão o idioma do coração e o espírito da terra repousará de novo tranquilo.
Declaro-me vivo!

Chamalú – Índio quechua, místico dos Andes.
(Excerto do livro «Chamalú» de Luís Espinoza)
M.A.


2 comentários:

Quica disse...

Se todos tivessemos esta filosofia de vida, o mundo seria um paraíso.

Fatima disse...

Um mundo melhor não era difícil. Quisesse o homem.

Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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