Na minha aldeia nos anos 60 e 70 pouco mais havia que um rádio.
fc
Se havia motivos fortes para juntar a família à sua volta, um deles era o O Raúl.
Fazia-se silêncio. Soltavam-se as gargalhadas. Repetiam-se as piadas...
Entre 18 de Janeiro e 17 de Março de 2007 no Palácio Nacional da Ajuda em visita à exposição de pintura "O espectáculo vai começar" de Manuel Amado, cruzei-me com o Raul Solnado.
Hesitei entre o ir ou não cumprimentá-lo.
Passei, olhei, continuei a visita, mas senti que tinha de lhe ir falar.
Voltei atrás. Percorri as salas da exposição. Encontrei-o.
Aproximei-me timidamente apenas lhe disse:
Desculpe interromper a sua visita, mas apenas lhe queria agradecer os bons momentos que me proporcionou com o seu humor quando eu era criança. Gostava tanto de o ouvir no rádio...
E este Homem, este humorista único, olhou-me nos olhos, sorriu, e timidamente agradeceu...
Nunca é demais dizer
Obrigada Raúl!
Fazia-se silêncio. Soltavam-se as gargalhadas. Repetiam-se as piadas...
Entre 18 de Janeiro e 17 de Março de 2007 no Palácio Nacional da Ajuda em visita à exposição de pintura "O espectáculo vai começar" de Manuel Amado, cruzei-me com o Raul Solnado.
Hesitei entre o ir ou não cumprimentá-lo.
Passei, olhei, continuei a visita, mas senti que tinha de lhe ir falar.
Voltei atrás. Percorri as salas da exposição. Encontrei-o.
Aproximei-me timidamente apenas lhe disse:
Desculpe interromper a sua visita, mas apenas lhe queria agradecer os bons momentos que me proporcionou com o seu humor quando eu era criança. Gostava tanto de o ouvir no rádio...
E este Homem, este humorista único, olhou-me nos olhos, sorriu, e timidamente agradeceu...
Nunca é demais dizer
Obrigada Raúl!
fc
2 comentários:
"A Vida Não se Perdeu" é o título escolhido para a biografia de Raul Solnado escrita em 1991, por Leonor Xavier. Parece-me que esta frase ajusta-se perfeitamente a este grande actor que agora nos deixou. Recordo-o em muitas actuações. Destaco, em teatro a comédia "Há petróleo no Beato" e, por oposição, o seu papel dramático no filme "A Balada da praia dos cães". A televisão mostrou-o vezes sem conta mas, na memória de todos nunca mais desaparecerão o "Zip-Zip" e a "Visita da Cornélia", como dos momentos de maior êxito.
Vi-o, pela última vez no palco do Tivoli, num espectáculo feito com excertos de muitas actuações suas que ele ia comentando. Essa noite terminou com uma curta mas, muito divertida peça que julgo chamar-se "A Noite de Reveillon" em que o Raul era o mordomo e a Eunice a sua patroa.
Ele costumava dizer:_ "O Humor, ou é fácil ou é impossível". Por mim, considero que, nele,o humor era mesmo inato!
O humor nasce com a pessoa, é mais fácil representar um drama, do que fazer rir.
O Raul Solnado não era só um bom humorista, ele tinha "sete vidas".
Vai ficar sempre na nossa memória.
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