Aproveitando o período em que as crianças ainda estão de férias, porque não os nossos leitores deslocarem-se, com elas ao Campo Grande, ao Museu da Cidade, instalado no Palácio Pimenta. Não é propriamente para uma visita ao Museu, que vale bem a pena ser visto mas, sim, para ficarem a conhecer um mundo encantado, talvez parecido com o da “Alice no País das Maravilhas” que, desde 30 de Janeiro, está lá instalado no Jardim de Buxos.
Trata-se de um conjunto de grandes peças de faiança, criadas por Rafael Bordallo Pinheiro, quase todo ele constituído por animais. Dentro dos lagos, à mistura com repuxos de água cristalina, vamos encontrar gigantescas santolas, lagostas, salamandras, caranguejos, rãs, etc Fora de água, espalhados pelo terreno encontramos aqui um gato assanhado, além a cegonha e a raposa da fábula de La Fontaine, mais à frente sob a copa de uma árvore centenária um enorme caracol , logo a seguir sardões sapos, lagartos, gafanhotos, vespas, macacos, enfim, as espécies são muito variadas. A totalidade é, imaginem, de 1205 peças em faiança que encantarão as crianças e também os adultos.
No início do Sec XX parece que o Jardim da Estrela já teve, também a decorá-lo, algumas peças semelhantes mas, com o tempo, e, possivelmente, com o vandalismo, há muito que elas desapareceram.
Mas vamos a contar como tudo isto nasceu e se concretizou.
Rafael Bordallo. Pinheiro fundou nas Caldas da Rainha, em 1884, uma Fabrica de Faianças e ali trabalhou, anos a fio, dando largas à sua criatividade, numa variedade enorme de peças de cerâmica. Recentemente, esta Empresa por circunstâncias várias, esteve em risco de fechar.
A artista plástica Joana Vasconcelos, em conversa com alguém de lá, soube da existência dos moldes destes bichos, arrumados nas caves da fábrica , e de imediato, nasceu nela o desejo de fazer a recriação destas peças com vista a uma exposição temporária. Alguns dos moldes estavam incompletos e já em muito mau estado por este esquecimento de mais de 100 anos nas prateleiras mas, pelas mãos da ceramista Elsa Rebelo foram todos reconstituídos.
Joana falou no projecto à Catarina Portas e logo fez nascer mais uma entusiasta que, por sua vez, iniciou a procura de um espaço. Encontrado este, de imediato, as duas ficaram agradadas. A Câmara de Lx foi receptiva à ideia e, a Visabeira, empresa que, entretanto, comprara a Fábrica das Caldas, decidiu patrocinar a produção das peças. Finalmente, a exposição pensada temporária, passou a ser permanente, levando tudo isto também, a que o Jardim de Buxos fosse requalificado e convenientemente preparado para receber este importante conjunto decorativo.
Mas vamos a contar como tudo isto nasceu e se concretizou.
Rafael Bordallo. Pinheiro fundou nas Caldas da Rainha, em 1884, uma Fabrica de Faianças e ali trabalhou, anos a fio, dando largas à sua criatividade, numa variedade enorme de peças de cerâmica. Recentemente, esta Empresa por circunstâncias várias, esteve em risco de fechar.
A artista plástica Joana Vasconcelos, em conversa com alguém de lá, soube da existência dos moldes destes bichos, arrumados nas caves da fábrica , e de imediato, nasceu nela o desejo de fazer a recriação destas peças com vista a uma exposição temporária. Alguns dos moldes estavam incompletos e já em muito mau estado por este esquecimento de mais de 100 anos nas prateleiras mas, pelas mãos da ceramista Elsa Rebelo foram todos reconstituídos.
Joana falou no projecto à Catarina Portas e logo fez nascer mais uma entusiasta que, por sua vez, iniciou a procura de um espaço. Encontrado este, de imediato, as duas ficaram agradadas. A Câmara de Lx foi receptiva à ideia e, a Visabeira, empresa que, entretanto, comprara a Fábrica das Caldas, decidiu patrocinar a produção das peças. Finalmente, a exposição pensada temporária, passou a ser permanente, levando tudo isto também, a que o Jardim de Buxos fosse requalificado e convenientemente preparado para receber este importante conjunto decorativo.
E, foi neste encadear de entusiasmo, trabalho e boa colaboração entre várias pessoas que, este aprazível Jardim, se tornou mais bonito e, mais rico, com a criatividade do ilustre artista que foi Rafael Bordallo Pinheiro e cujo nome foi, muito justamente, o escolhido para baptizar este espaço. Se quiser fazer uma curta visita virtual a este jardim queira clicar aqui.
(Imagens e dados retirados da Net)
M.A.
2 comentários:
O jardim da cidade ganhou outra beleza com as peças de Rafael Bordalo Pinheiro.
Há uns anos vitei a fábrica, notava-se uma certa cecadência, ainda bem que voltou a laborar.
Onde se lê cecadência, é decadência.
Enviar um comentário