Penso que nos tempos que correm, mais do que nunca precisamos de ter esperança em que, com o esforço e empenho de todos, dias melhores se atingirão.
É com esse espírito que vos oferecemos hoje este belo poema de Leonel Neves no qual anos atrás Luís Góis se inspirou para compor a música e, dar voz, a uma das mais bonitas e, julgamos que eterna, balada de Coimbra.
É preciso acreditar
Que o sorriso de quem passa
é um bem para se guardar.
Que é luar ou sol de graça
que nos vem alumiar.
Com amor alumiar
É preciso acreditar
É preciso acreditar
Que a canção de quem trabalha
é um bem para se guardar.
Que não há nada que valha
a vontade de cantar.
A qualquer hora cantar
É preciso acreditar
É preciso acreditar
Que uma vela ao longe solta
é um bem para se guardar.
Que se um barco parte ou volta
passará no alto mar.
E que é livre o alto mar
É preciso acreditar
É preciso acreditar
Que esta chuva que nos molha
é um bem para se guardar.
Que sempre que há terra que colha
um ribeiro a despertar.
Para um pão por despertar
Esperamos que tenham gostado. Até breve.
M.A.
M.A.
5 comentários:
É preciso acreditar
É preciso acreditar
Que haja uma consciência na condução do destino deste país.
Olá!
Linda sem duvida:=)
Mas ter esperança...é a unica coisa que nos resta!!!!!
Beijocas
É preciso acreditar... é preciso ter esperança... mas, às vezes, apetece dar um grande murro!
Clotilde
É preciso acreditar
é isso que todos fazemos
mesmo que apeteça gritar
mesmo que apeteça fugir
mesmo que apeteça correr
sem saber para onde ir
sem saber a quem chamar
ou mesmo com quem protestar...
há horas de desespero
e de muito desalento
anda triste quem trabalha
quem já não tem alimento
e em casa tudo ralha
sem se saber a razão
mas lá diz sempre o ditado
que casa onde não há pão...
Quica,mjf, Clotilde e Fátima:
Claro que todos estamos numa fase de muitas desilusões e preocupações, mas, igualmente com o intuito de despertar novas forças dentro de todos nós eu irei buscar estas palavras de José Régio:
«Quem desespera dos homens,
Se a alma lhe não secou,
A tudo transfere a esperança
Que a humanidade frustrou:
E é capaz de amar as plantas,
De esperar dos animais,
De humanizar coias brutas,
E ter criancices tais,
Tais e tantas,
Que será bom ter pudor
De as contar seja a quem for!»
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