Como tudo começou

21/09/10

OS LUSÍADAS, EM MIRANDÊS



Francisco Niebro é o pseudónimo que usa Amadeu Ferreira, um historiador e estudioso do mirandês que há cerca de oito anos atrás iniciou uma tarefa muito curiosa de que falaremos hoje. Foi ela o de traduzir para esta língua, o romance épico de Luís de Camões, “Os Lusíadas”.

«Aqueilhas armas i homes afamados
Que, d’Oucidental praia Lusitana,
Por mares datrás nunca nabegados
Passórum par’alhá la Taprobana,
An peligros i guerras mui sforçados….»

Assim começa esta versão mirandesa e cinco anos se seguiram ocupados a traduzir os dez Cantos e as 1102 Estrofes que compõem toda esta obra.. O tempo restante foi o necessário para a revisão e aperfeiçoamento do texto antes da sua publicação. A este autor juntou-se o talento artístico de José Ruy que fez a banda desenhada para ilustrar a obra, agora apresentada no passado dia 17 de Setembro, em cerimónia promovida pela Câmara de Miranda do Douro. Para ficarem a conhecer os seus autores e terem uma pequena visão, feita em vídeo, do conteúdo desta obra, queiram clicar aqui.

Este livro aparece, justamente, quando se comemoram 11 anos sobre o reconhecimento no Diário da República, do mirandês, como segunda língua oficial portuguesa. De salientar também que para a capa foi escolhida uma reprodução da primeira edição de 1572. Como curiosidade, chamamos a atenção dos leitores para o facto de, na versão mirandesa o «O» inicial do título ter passado para um «L»

A foto com que abrimos o post é de uma das primeiras edições de «Os Lusíadas» (1609) que se encontra exposta no Museu do Oriente, em Lx.
M.A.

1 comentário:

Quica disse...

No meu emprego tive um colega que falava mirandês. Quando trabalhávamos em equipa ensinou-nos algumas palavras. Brincávamos a imitá-lo.

Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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