Como tudo começou

04/03/11

AS ABELHAS



Não sei se os leitores algum dia se debruçaram sobre a vida das abelhas e no modo como funciona uma colmeia.

Como em criança tive a sorte de viver perto de um tio, também meu padrinho, que tinha algumas colmeias e, como, além disso ele tinha também paciência para me aturar e satisfazer a minha curiosidade, pude acompanhar de perto todo este processo maravilhoso que envolve a produção do mel. Tive mesmo um chapéu rodeado de rede e luvas para o ajudar em algumas das tarefas junto das abelhas.
Recordo ainda hoje o fervilhar de vida que, ao abrir a colmeia com os quadros dos favos suspensos dentro dela, repletos de abelhas, aparecia perante os nossos olhos e entrava pelos nossos ouvidos.

Tentando contar de forma muito sucinta, direi que cada colmeia é habitada maioritariamente por milhares de abelhas obreiras que são as que executam a quase totalidade das tarefas. Vão buscar o pólen e o néctar às flores, fabricam os favos, alimentam a rainha e também se encarregam das crias. Entre si decidem e distribuem as várias tarefas e imaginem que até, algumas delas, apenas têm a função de ventilar e arrefecer o ar dentro da colmeia! Ficam simplesmente batendo as asas para que a temperatura se mantenha cerca dos 30 graus.
Digamos que neste “matriarcado” as regras são também rígidas. Ai do insecto de outra espécie que se aventure a invadir a propriedade. O ferrão das abelhas encarrega-se de o liquidar e, em seguida, é colocado fora de portas…Sim, porque “estas senhoras” prezam muito a limpeza dentro da sua casa!

Cada colmeia tem apenas uma rainha, uma abelha de tamanho maior, cuja função é unicamente pôr ovos dentro dos favos, (3.000 por dia) de onde nascerão novos insectos para dar continuidade a esta comunidade.
Enquanto as obreiras se alimentam de mel e pólen, a rainha tem o privilégio de ser alimentada com a chamada geleia real, uma secreção produzida apenas pelas abelhas mais jovens e que, de entre as diversas propriedades especiais que tem, uma delas é a de regenerar as células mortas o que, portanto, lhe vai prolongar a vida. Enquanto uma obreira vive pouco mais de um mês, ou até menos, a rainha chega aos cinco anos.
No entanto, para que a rainha entre em reprodução é indispensável ser fecundada pelo zangão. Ela sai voando da colmeia, diz-se que anda fora cerca de três dias, acasala e regressa depois à sua comunidade a fim de dar então início à continuidade da espécie e receber as “mordomias das súbditas obreiras”, como rainha que é.
E chega finalmente a altura da recolha dos favos com o mel. Mas, atenção, que é conveniente não se tirarem todos, devem ficar alguns para alimento das abelhas, durante o Inverno, altura em que não há flores onde elas possam ir recolher o néctar e o pólen. Em chegando a Primavera tudo se repete.
Se os nossos leitores tiverem interesse em saber mais do que aquilo que eu lhes soube dizer sobre estes laboriosos insectos convido-os a clicarem aqui, depois aqui e também aqui. Terão oportunidade de ver também imagens bastante curiosas e elucidativas.
(Foto da autora do post)
M.A.

3 comentários:

maria clotilde Moreira disse...

MA
É agradável logo pela manhã termos este presente de mel.
Clotilde

Anónimo disse...

Ó amiga Clô, quanta doçura neste seu comentário! Que bom abrir o PC e deparar logo com as suas palavras. Digamos que o dia começou logo a correr bem.
Abraços da M.A.

Quica disse...

Também tive o privilégio de observar a azáfama das obreiras numa colmeia, com muito cuidado para não as assustar. Desde criança fui educada a não matar uma abelha, se não lhe tocarmos, são inofensivas.

Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

Localização

Localização
Localização