Como tudo começou

03/06/11

JOÃO CARLOS MARTINS E O SEU AMOR PELA MÚSICA





O nome que dá hoje título ao nosso post é o de um brasileiro, nascido em 1940, que aos oito anos começou a aprender piano, aos 13 apresentava-se já internacionalmente e, rapidamente, se tornou num talentoso pianista, sendo considerado o melhor intérprete de Bach, a nível mundial.
Quando tudo lhe parecia sorrir na vida, aos 26 anos, brincando num jogo de futebol, deu uma queda que lhe inutilizou o movimento da mão direita.
Nos anos que se seguiram, com a interrupção do piano e vários tratamentos, ele deu conta que, se não utilizasse o dedo anelar conseguiria tocar apenas com os demais. Em breve estava a marcar concertos, mesmo com as dificuldades que se adivinham e, uma das suas metas era voltar ao Carnegie Hall, o que veio finalmente a conseguir.
Justamente no dia em que reapareceria naquela mítica sala de espectáculos, a fama que o rodeava era já tanta que o trânsito nas imediações do teatro era caótico. O taxista que o transportava explicou que “toda aquela confusão se devia a um gajo que iria tocar no Carnegie Hall”. Então, João Carlos Martins, com um certo humor, elucidou-o que o “tal gajo” era ele próprio, portanto, fizesse os possíveis por o fazer chegar a tempo do concerto!
O êxito foi enorme e dizem que a sala precisou de mais 300 cadeiras extra para fazer face aos pedidos de entradas.
O ritmo dos concertos voltou a ser intenso o que lhe veio a provocar uma doença nas mãos que é devida aos movimentos repetitivos que um pianista executa sobre o teclado. Assim, ele teve que parar, de novo, de tocar piano.
Algum tempo depois, ao sair de um teatro, na Bulgária, é assaltado. Dão-lhe com uma barra de ferro na cabeça, o que lhe provocou um coma de oito meses e, ainda, uma paralisia lateral direita. Mas a música era mais forte que tudo e ele recuperou e retomou os seus concertos.
Dois anos passados nova notícia brutal…os médicos informam-no que é necessário cortar-lhe os nervos da mão direita. Sentença fatal, como se adivinha, para um pianista.

A sua tenacidade leva-o a encetar uma nova carreira exercitando agora a mão esquerda.

Porém o azar ainda não parara e, um tumor surgido na mão esquerda, rouba-lhe o controle da mesma.
Uma vez mais, agora com 64 anos, este homem mostra a fibra de que é feito e começa então uma carreira de maestro.
Forma a Orquestra Bachiana Jovem , depois a Bachiana Filarmónica as quais, mais tarde se fundem numa só.
Como não consegue virar as páginas das partituras, nem pegar numa batuta tem que decorar as pautas, vejam só!
Mas, continua extremamente dinâmico e, a par dos inúmeros concertos que continua a reger, alimenta um sonho para o qual trabalha afanosamente.

É o de criar 1 000 orquestras jovens em dez anos. As primeiras 180 irão estrear-se em S. Paulo, já em Janeiro de 2012.

Ele acredita que um Brasil mais musical fará baixar a criminalidade. Oxalá esteja certo!
Ora digam lá, leitores, se não estamos perante um homem com H maiúsculo?
Se quiserem ouvir, ele próprio, relatando o seu percurso de vida façam favor de clicar aqui.
Se tiverem vontade de saber mais e até ouvir alguns excertos da sua música, apenas precisam clicar aqui e também aqui.
Até breve.
(foto, informação e vídeos pesquisados na net”
M.A.

2 comentários:

Quica disse...

Admirável esta dedicação à música, apesar dos muitos azares nunca desistiu. è na realidade um Homem com H grande.

M.A. disse...

Há sempre alguém que se distingue entre a multidão...Desta vez falou-se de alguém bem especial.

Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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