Como tudo começou

29/10/11

A ANÉMONA , OBRA DE JANET SCHELMAN




Caros leitores:

Por razões que não interessa explicar nesta nossa conversa de hoje, tive necessidade de ir ao Porto e, no fim da manhã de 5ª feira passada, desloquei-me a Matosinhos para fazer as fotografias que hoje vos trago. O tempo de que dispunha não era muito mas chegou para colher “estas amostras” de algo que acho extraordinariamente bonito e que se encontra na Praça Cidade de S. Salvador.
Refiro-me a uma obra de arte contemporânea, inaugurada em Dezembro de 2004, da autoria de uma norte-americana chamada Janet Schelman, por ela intitulada “She changes” mas que, rapidamente, o povo português rebaptizou de “A Anémona”, nome pelo qual passou a ser conhecida.

Digamos que a sua configuração é inspirada numa daquelas redes de pesca, usadas no nosso país, denominada “saco de pesca de cerco” e o intuito na escolha desse material foi, precisamente, homenagear os pescadores e a faina do mar.
As dimensões desta peça artística alcançam uma altura de 50 metros e o arco tubular, de aço, que a circunda na parte superior mede 42 metros de diâmetro. A sustentação é feita com três enormes mastros e vários cabos de aço.
Para a peça original estudaram e criadram um fio especialmente para este fim, a que chamaram “tenara” mas a sua duração, acabou por ser, apenas, de cerca de três anos. A segunda versão feita durou ainda menos e, segundo creio, esta que fotografei é, então, já a terceira.
Sei, também, que houve um litígio entre a Câmara de Matosinhos e a escultora por a rápida deterioração do material não se coadunar com os 500 mil euros que foram pagos à artista. Penso que foi dada razão a Matosinhos e que a reposição foi feita a expensas da escultora.
Mas, vou de novo referir-me à beleza que se oferece aos nossos olhos. Consoante o vento circula em seu redor ou a luz do Sol incide sobre esta enorme rede encarnada e branca, de minuto a minuto tudo se transforma, sucedendo-se imagens realmente bonitas e que, que de certo modo nos recordam os animais marinhos com o mesmo nome. Sei que de noite, com a iluminação ali usada, o seu encanto é ainda maior. Espero ter oportunidade de poder, uma noite, ir fazer também mais fotos que aqui vos mostrarei.
Relevem, os leitores, a pouca qualidade da fotógrafa com a boa vontade da mesma…
E, quando puderem, os que ainda não conhecem isto, vão até lá e julguem por
vós mesmos.
A última foto mostra umas gaivotas que se encontravam activamente à cata de alimento naquela poça com água. De repente, um cachorro brincalhão investiu sobre o bando e foi um tal de dar “às de Vila Diogo”! Nem uma lá ficou! Então o dito “quatro patas” ladrou e pulou de contente em redor do dono, como que a pedir aplausos, pela partida que pregara às gaivotas, interrompendo-lhes a refeição!
Pergunto a mim mesma, se meia dúzia daquelas gaivotas, com o seu bico afiado não teriam feito frente àquele importuno, mantendo-o à distância?!
Até breve.
M.A.

1 comentário:

Quica disse...

As fotografias estão óptimas e a descrição também, como já vem sendo hábito da nossa amiga.

Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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