Numa deslocação a Grândola, quando deambulava pelo centro da terra, fazendo horas para o encontro marcado em casa de uns amigos, ao olhar para dentro de um pátio que um pequeno portão separava da rua, deparei com este pequeno sapato. A cor rosa do mesmo fez-me depreender que pertenceria a uma menina e que teria caído do pé da sua dona quando, ao colo de um familiar por ali passou. Quem depois o viu no chão do passeio, terá calculado que a melhor forma de poder vir a ser encontrado seria atirá-lo para dentro daquele terraço. Deste modo, quem viesse em sua procura, fazendo o mesmo percurso, em sentido inverso, facilmente daria com os olhos nele.
E porque não fazer voar a nossa imaginação e pensar que aquela pequenina Cinderela teria deixado cair aquele ténis, propositadamente, para que o seu Príncipe o encontrasse e andasse depois a percorrer Grândola de lés a lés para lho devolver? Eles olhar-se-iam, sorridentes, depois os anos passavam, ambos cresciam, ele pedia a sua mão, casavam e seriam muito felizes para todo o sempre.
Vou escrever já esta história, procurar uma editora que a publique, irei vender muitos exemplares, ganharei muito dinheiro…
Ora, agora, a juntar à anterior, temos também uma versão moderna da Mofina Mendes! Olhem para o que me havia de dar, hoje, leitores?
Ora, agora, a juntar à anterior, temos também uma versão moderna da Mofina Mendes! Olhem para o que me havia de dar, hoje, leitores?
O resto foi tudo conversa mas, o sapatinho cor de rosa, fotografei-o, efectivamente, dentro do tal pátio à beira da rua…
M.A.
M.A.
1 comentário:
As histórias escritas e contadas pela Amélia, são uma delícia.
No meu entender deveria começar a juntá-las e, editá-las.
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