Como tudo começou

05/11/11

FLOR DE SAL



É um nome que, aos nossos ouvidos tem um certo encanto e sonoridade mas, creio, para a maioria das pessoas, nada lhes diga. Possivelmente, porque ainda não há muitos a saberem que a expressão designa um sal de qualidade bastante superior, à daquele outro, que nós encontramos à venda e, habitualmente, usamos nas nossas cozinhas.
Com o aumento do gosto de cozinhar entre gente com conhecimentos gastronómicos mais requintados, cresceu também a divulgação deste produto e o seu consumo, o que motivou que apareça já nas prateleiras dos supermercados, por exemplo.

Digamos que a flor do sal será como o “crème de la crème” daquele outro que as nossas salinas produzem. Se acaso esta expressão francesa vos parecer descabida no contexto, direi que a usei por associação da imagem do leite puro, quando a nata lhe aparece no cimo. Também este sal é aquele que se forma, diariamente, como camada de espuma fina, na superfície da água das salinas, especialmente quando as condições atmosféricas são favoráveis.

Mas, melhor do que eu, vos explicará isto o Sr. Rui Simeão, que é dono de salinas que o produzem e que faz já, segundo conta, uma regular exportação deste produto. Este senhor refere, porém, que não falta, gente no mercado a…”vender gato por lebre” e, por causa disso, se tem deparado, no estrangeiro, com situações desagradáveis. Segundo afirma, ele continua a fazer questão de manter o seu produto 100% genuíno.


Clicando aqui tereis oportunidade de saber muito mais, num interessante artigo, intitulado: Aqui, as flores quando nascem têm sabor a sal.

Faz já alguns anos, ao ler algo sobre a flor do sal, quando este estava ainda pouco divulgado e, desejando experimentá-lo fui, com um familiar meu, até às salinas de Castro Marim.
As primeiras pessoas abordadas nem sabiam do que eu falava, mas, às tantas, um velhote que vinha numa bicicleta, abrandou, parou, ficou atento à conversa e disse logo:
_”Ó senhora! Venham lá atrás de mim que eu dou-lhe desse sal que quer…”
E assim fizemos. Seguimos o homem até à povoação e, uma vez em sua casa, uma pequena construção térrea toda caiada de branco, encaminhou-nos para um pátio interior, onde, de um recipiente ele encheu um saco plástico, com flor de sal para mim. Por ele, eu traria uma quantidade bem mais avantajada, tão grande era a boa vontade na oferta! Explicou-me que aquele sal era destinado a uma filha que tinha em Lx. e que ela costumava levá-lo para si e para os seus amigos também. Por ali… “Ninguém fazia questão daquele sal…servia mesmo o outro!”- rematou…

M.A.

1 comentário:

Quica disse...

Também tenho na minha cozinha a flor do sal de Castro Marim.

Nas festas deste concelho, em todas as tendas existem umas caixas com este precioso sal.

Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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