Como tudo começou

09/11/11

Nau Quinhentista - Vila do Conde


Fotos minhas
  • Réplica da nau quinhentista

No projecto de recuperação da Alfândega Régia e do Museu dedicado à tradição da Construção Naval em Vila do Conde, é um precioso complemento a construção da réplica de uma Nau. Para além de um importante elemento de atracção turística e lúdica, tem uma função pedagógica, pois, construída com o maior respeito pelas investigações científicas da responsabilidade do Almirante Rogério de Oliveira, incorpora o saber ancestral dos carpinteiros e calafates dos estaleiros vilacondenses.

No projecto de recuperação da Alfândega Régia e do Museu dedicado à tradição da Construção Naval em Vila do Conde, é um precioso complemento a construção da réplica de uma Nau. Para além de um importante elemento de atracção turística e lúdica, tem uma função pedagógica, pois, construída com o maior respeito pelas investigações científicas da responsabilidade do Almirante Rogério de Oliveira, incorpora o saber ancestral dos carpinteiros e calafates dos estaleiros vilacondenses.

A nau portuguesa do século XVI era um navio redondo, de alto bordo, com uma relação de 3:1 entre o comprimento e a largura máxima, três ou quatro cobertas, castelos de popa e de proa, com três e dois pavimentos, respectivamente, cuja arquitectura se integra perfeitamente no casco; arvorava três mastros, o grande e o traquete com pano redondo, e o da mezena com pano latino.

A nau, assim concebida, satisfazia uma maior necessidade de capacidade de carga do que a conhecida até então nas navegações portuguesas. As viagens para a Índia eram tão longas, que forçavam os navios ao transporte de grande quantidade de alimentos sólidos e líquidos para o sustento da tripulação, tanto mais que a rota impunha longos períodos de navegação sem se ver a costa ou quaisquer pontos de apoio. Acrescia o factor comercial: o comércio das especiarias implicava o transporte de uma carga valiosa, mas volumosa, que requeria espaços adequados para o seu acondicionamento. A tudo respondia a nau, com o seu casco bojudo, e ampla capacidade de acomodação.

A fim de mostrar a complexidade da organização das viagens, a Nau apresentará os camarotes do piloto e do cartógrafo, material cartográfico, instrumentos e técnicas de navegação, cozinha e despensa, procurando elucidar sobre a complexidade e as vicissitudes da vida a bordo.

Fica o desafio para uma visita a Vila do Conde.

FC

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