Como tudo começou

09/03/12

MAYA PLISETSKAYA

Para quem não saiba, ou não se recorde de quem é este nome direi que ele pertence a Maya Plisetskaya Mikháilovna, uma notável bailarina russa, nascida em 20 de Novembro de 1925. Atingiu uma alta craveira no mundo da dança clássica a nível mundial, sendo até citada como sendo uma das maiores bailarinas do Sec XX..

Teve uma infância atribulada já que o seu pai foi executado por motivos políticos e, também, pelo facto de ser judeu e, a sua mãe foi enviada para um campo de trabalhos forçados, levando consigo um seu irmão, ainda bebé. Maya ficou com uma tia, a bailarina Sulamith Messerer, que a adoptou e que a orientou para seguir a mesma carreira.

Aos 11 anos dançou, pela primeira vez no Teatro Bolshoi e em 1943, já formada, ingressa no Ballet Bolshoi onde actuaria até 1990. A partir de 1960 atingiu o estatuto de primeira bailarina absoluta do Teatro Bolshoi, lugar que pertencera antes à grande Galina Ulanova.

Não obstante a sua enorme categoria profissional a sua presença, neste corpo de baile, era um tanto contestada pela sua ascendência judaica.

O compositor Rodion Shchedrin, que se tornou seu marido, escreveu para ela vários bailados que muito contribuíram também para o brilho da sua carreira.

Na década de 80, nomeado o seu marido director do Roma Opera Ballet eles passam dois anos em Roma (1984-1985) e depois, em Madrid, os anos de 1987-1989 no Ballet Nacional de Espanha.

Aposentou-se de solista do Ballet Bolshoi aos 65 anos, mas, ao comemorar o 70º aniversário estreou uma coreografia de Béjar que ele intitulou “Avé Maya e que fora inspirada nas obras de Johann Sebastian Bach e Charles Gounod

Desde 1994 que preside às competições anuais, internacionais de ballet, por sua influência denominadas “Maya” e, em 1996 foi nomeada Presidente do Ballet Imperial Russo.

Ao completar 80 anos, o Financial Times resumiu a opinião sobre a bailarina Maya com estas palavras: “Ela era, e ainda é uma estrela, monstre balé sacre, a declaração final do glamour do teatro, um farol flamejante num mundo semeado de talentos brilhantes, uma beleza no mundo da beleza”.

E, leitores, sabem ainda que em Agosto de 2008, já com 82 anos, no Festival Jardines de Cap Roig, em Gerona, nordeste de Espanha ela voltou a subir ao palco onde dançou de novo a coreografia de Béjart “Ave Maya”?

Na apresentação desta gala a artista sublinhou que “há que dançar a música e não segui-la”, acrescentando que o mais importante “é o estilo com que se dança”. “O bailado deve comover o coração e os sentimentos, tem de deixar uma emoção na alma. Na música não há só ‘o tempo’ mas também o conteúdo”.

E agora, é mais do que tempo de vos pedir o habitual clique aqui para o acesso ao vídeo de uma das mais brilhantes actuações de Maya Plisetskaya: “A morte do Cisne” do bailado “O lago dos cisnes” de Tchaikovsky.
E um novo clique aqui leva-vos ao “Ave Maya)

(Informação e foto retiradas da Net)
M.A.

3 comentários:

María Gómez disse...

Eu já a vi nos 80 e foi realmente maravilhoso.
Cumprimentos desde Espanha

M.A. disse...

Maria Gómez:
São momentos como estes que são sabor à nossa vida. É uma artista magnífica esta Maya Plisetskaya. E esteve prestes a ter destino idêntico ao da mãe e irmão!...
Volte sempre.Lembranças de Portugal.

Quica disse...

Esta bailarina tem a leveza de um pássaro a voar.

Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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