Efectuou-se este ano, uma
vez mais, entre 30 de Junho e 8 de Julho, na cidade de Lisboa
a FIA.
Ali se junta uma enorme colecção de peças de artesanato não
apenas o português mas de diversas partes do mundo.
Este ano, por limitações de
tempo, não me pude alongar muito na visita. Mas, confesso-vos que há um stand que
sempre motiva a minha ida à feira e onde eu nunca deixo de ir. Geralmente sou recebida com um sorriso e, quando peço licença para fazer fotografias, a
permissão nunca se faz esperar. Estou a falar-vos do barrista Delfim Manuel, de Santo Tirso, que já deve ter percebido bem, quanto eu
gosto das coisas que ele faz!
Não é a primeira vez que
aqui falamos da obra deste artista de cujas mãos saem verdadeiras rendas, feitas
com pedaços de barro. É um encanto para os nossos olhos ir descobrindo os minúsculos
pormenores que compõem cada uma das suas peças.
Os seus presépios ganham
vida com aqueles ternurentos anjinhos tocando trombetas ou rebolando sobre
nuvens brancas e as ovelhinhas lanzudas que são cópia fiel das que vemos nas
pastagens, bem como os pastores e as demais figuras de tradição.
Mas, quando olhamos o Casamento Minhoto e
reparamos nos bordados das saias, coletes e blusas, ficamos a pensar como é
possível atingir aquela enorme perfeição. Depois, dando conta dos cordões, grilhões,
corações de filigrana , bem como das arrecadas usadas pelas lavradeiras, de
novo ficamos presos a toda aquela minuciosa arte deste “ourives do barro”.
Este ano uma nova Custódia
ele nos trouxe também, no género das que
vi em anos anteriores. Creio até que foi com uma, que ele já ganhou na FIA um dos seus 1ºs prémios.
Quem conhece o que os nossos museus mostram,
na arte de ourivesaria, em peças de arte sacra, vem encontrar nestas custódias,
feitas em barro, imensas semelhanças e uma perfeição de execução que,
verdadeiramente, impressionam qualquer um.
Parabéns, uma vez mais
Delfim Manuel e que, a sua
imaginação e mãos continuem, por muitos mais anos, produzindo coisas tão bonitas.
E pronto com esta pequenina
amostra da FIA vos vou deixar.
M.A.
1 comentário:
Não encontrei o Delfim Manuel nesta feira do artesanato. Com tanto stand, é possível que me tivesse escapado.
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