Como tudo começou

04/08/07

Convido a Conhecer...

Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves
na Avª. 5 de Outubro 6/8 em Lisboa


Atelier do pintor Malhoa. Foto: Gustavo de Almeida Ribeiro



Senhora de Preto, António Ramalho, 1884. Foto: ©IPM/DDF, Fotógrafo José Pessoa


Pote. Porcelana, Dinastia Ming (1522-1566). Foto: ©IPM/DDF, Fotógrafo José Pessoa

Comece por reparar bem no exterior desta vivenda. O Arq. Norte Júnior desenhou-a, em 1904, para o nosso imortal pintor José Malhoa. Logo no ano seguinte seria considerada Prémio Valmor. Dê atenção ao portão de ferro forjado em estilo Arte Nova, veja que bonito é o vitral da sala de jantar e também o janelão de vidro pintado no 1º andar. Há ajulejos e ornatos também interessantes.
Malhoa desfaz-se da casa e, anos mais tarde, é o Dr. Anastácio Gonçalves quem a compra. Começa então a enchê-la de todo este espólio que existe até hoje.
No rés-do-chão os nossos olhos passeiam por um sem número de coisas bonitas: Mobiliário português e estrangeiro, muita pintura portuguesa (Finais do Secº. XIX e princípios do Secº. XX) e alguma de fora do país, tapetes, pratas, um conjunto variado de objectos artísticos, etc. E o que podemos destacar, sem dúvida, é o gosto acentuado do coleccionador pela porcelana chinesa. No 1º. Andar entraremos no atelier onde Malhoa terá criado muitas daquelas telas que aínda hoje nos encantam. Na pequena sala, antes, está o janelão a que me refiro atrás. Toda esta área tem uma luz intensa e é o ambiente ideal para aqui admirarmos um conjunto de telas de bons, autores portugueses.
Já a terminar contarei um episódio insólito e mesmo impressionante, relacionado com a vida deste ilustre Médico-Coleccionador:
O seu grande sonho era visitar o Museu Hermitage e, não sei como, ele esteve um dia em S. Petersburg mas, por ironia do destino, calhou ser um dia feriado e o museu não abriu. Mais tarde, em 1965 ele move influências para obter um visto que lhe permitisse visitar de novo à Rússia e conseguiu-o. Entra no Museu no dia 14 de Setembro mas, a sua emoção foi tal que o coração não a suportou e ele morreu justamente em S. Petersburg.

M.A.

2 comentários:

Anónimo disse...

A nossa querida M.A. é além de uma grande pintora uma insaciável admiradora da arte em geral, têmo-la na linha da frente na busca de tesouros escondidos por trás do véu da nossa desatenção.
Um abraço para ela
Miguel Félix

Anónimo disse...

Obrigada Amélia

Que bom é ter os seus comentários neste blog

Um grande abraço

Fátima

Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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