Victor Vasarely
É vulgar ouvir-se dizer que o acaso nos prega partidas. Ora hoje, eu digo justamente o contrário. Foi mesmo por acaso que me chegou às mãos uma biografia de Victor Vasarely e, depois de a ler e olhar algumas das suas obras, rendi-me à sua arte. Porque desejo partilhar com quem me lê, este mesmo gosto, falarei um pouco sobre esta personalidade:
Este artista nasceu no dia 9 de Abril de 1906 em Pécs na Hungria. A par dos estudos básicos aprendeu também desenho e pintura tradicional. Iniciou mais tarde um curso de medicina que logo abandonou, porque decidiu enveredar pela arte. É numa escola fundada por Alexander Bortnyik, um dos pioneiros da arte húngara de cartazes publicitários, que Vasarely escolhe então o rumo da sua carreira, entrando no desenho abstracto.
Em 1930 vai para Paris começando a desenhar para importantes empresas publicitárias e, rapidamente vê reconhecido o seu valor. Mas a sua inspiração leva-o já a explorar os efeitos ópticos, fazendo experiências na composição, na luz e sombra, no uso de materiais e cores variados e ainda na distorção de imagem. Explora também a “bi” e a tridimensionalidade. Enfim, a linguagem visual foi por ele estudada nas suas múltiplas formas.
Em 1947 digamos que se desinteressa do que fez até aí e começa aquilo que denominou de abordagem ao construtivismo e abstracção geométrica.
No início da década de 50 já avalia também as possibilidades que a fotografia lhe pode proporcionar e, cada vez mais, consegue que o espectador dos seus trabalhos se envolva neles e descubra por si próprio uma diversidade infinda de formas ópticas. Digamos que, quem olha as suas obras, toma parte activa nas mesmas e, nelas vai descobrir uma quase multidimensionalidade. Quer empregue a cor, quer se fique pelo preto e branco a perspectiva surge também como um verdadeiro tratado.
Já na década de 60/70 cria uma série de obras, semelhantes a “puzles”, de coloridos fortes, nos quais joga também com efeitos “dégradé” muito bonitos. Somos transportados a um mundo onde formas, umas vezes cúbicas outras vezes côncavas e convexas, se conjugam entre si numa perfeita harmonia de cor e linhas. São como jardins de mistério, pelos quais a imaginação divaga ultrapassando, quem sabe, os limites do impossível... É também nesta altura, que aparecem trabalhos seus, integrados na moderna arquitectura, em azulejo e metal por exemplo.
Há uma Fundação com o seu nome em Aix-en-Provence, inaugurada em 1976. O objectivo desta é promover a investigação e realização da sua visão arquitectónico-urbanista. Aí estão expostas também 42 peças de parede, em grande escala. A casa onde nasceu é hoje igualmente um museu…
Em 14 de Março de 1997, com 91 anos, morre em Paris.
Como é evidente esta é uma abordagem muito sucinta. Com ela ficam reproduções de algumas das suas criações que pretendem apenas ser um convite, a si que me lê, para ir em busca de toda a arte que Vasarely nos deixou.
Torony-N, 1970
Acrílico sobre tela, 120 x 79,5 cm
Colecção particular
Vega-Arny, 1972
Acrílico sobre tela, 100 x 100 cm
Colecção particular
M.A.
1 comentário:
Eu tô achando um sacO..
Tô fazendo um trabalho e nem tem referencias bibliográficas
Enviar um comentário