Como tudo começou

05/02/08

BANDA DA SIMECQ - ENTERRA BACALHAU 6/02 - 20.30h

A Banda da SIMECQ na quarta-feira de cinzas, dia 6/02/2008, vai fazer o “Enterro do Bacalhau”!
Prepare-se para o evento!
Aquele malandro do Bacalhau, que era casado, tinha uma amante e ainda uma prostituta!
O “Cortejo Fúnebre” sairá da SIMECQ pelas 20,30h , e é devidamente acompanhado por:
- 3 “viúvas” que choram a morte do seu amado
- “Padre” que respeitosamente vai benzendo casas, viaturas e gentes à sua passagem
- “Juiz” que irá proferir o discurso final.
Todas as figuras trajam a rigor!
Não perca esta actuação da nossa banda!
Divirta-se! Venha assistir a este espectáculo e “chore”!
Seja solidário com as viúvas
!
Participe!

Itinerário previsto:
R Policarpo Anjos, R Paulo Duque, R. Sacadura Cabral, R Bento Jesus Caraça, Cç Conde de Tomar, R Sacadura Cabral, regresso à SIMECQ, onde o bacalhau será queimado e proferido o discurso!


A História do “Enterro do Bacalhau”

A tradição do "Enterro do Bacalhau" parece remontar ao século XVI, durante o movimento contra-reforma. Sabe-se que o Concílio de Trento, conferindo á Igreja Católica o poder centralizado e o autoritarismo que possuía antes da Reforma de Lutero e Calvino, levou a que a nova Inquisição combatesse em força as chamadas heresias, independentemente da perseguição aos dos Evangelhos atrás citados. Esta Igreja que proibia o consumo total da carne durante a Quaresma, abria um precedente a todos aqueles que comprassem a bula. Este indulto só servia os mais abastados, que o podiam pagar, enquanto os desfavorecidos, a grande maioria afinal, teriam de se socorrer do peixe na sua alimentação durante as sete semanas da quaresma. O peixe mais acessível era o bacalhau. O povo revoltou-se contra esta determinação, mas teve de abdicar, não sem que antes criasse esta festividade pagã, como sentimento de revolta pela sua impotência.
O bacalhau implantou-se assim nos lares dos pobres, sendo o seu salvador. Cozinhado de mil maneiras diferentes, ele foi absoluto durante o período da Quaresma findo o qual o tribunal fantoche dos filhos o julgou e o condenou a morte, por inveja da sua popularidade. O advogado de acusação, o traidor "Filho da Maria Malvada", cujas origens eram de um mero filho do povo, fundamentou o seu ataque no facto de, durante o período de abstinência, só lhe ter calhado do malcheiroso, do escamudo, do mal curtido, do rabo e asa, etc.
Esta traição enraiveceu uma vez mais toda aquela gente simples que, durante o cortejo, pede a sua cabeça, para que se faça justiça ao bacalhau.
Seguidamente, o Judas é queimado e rebentado entre alaridos e gáudio da multidão.

FC

3 comentários:

M.A.R. disse...

SERÁ QUE NÃO SE ARRANJARIAM TAMBÉM TRES SOGRAS,CORRESPONDENDO ÀS PROGENITORAS DAS TRES VIUVAS PARA ASSIM, O "RAMALHETE" FICAR MAIS COMPLETO?
M.A.R

Anónimo disse...

Pois é!
Não se arranjaram as sogras, mas estou convicta de que aparecerão pelo caminho.....

FC

Anónimo disse...

Bom não foram as sogras, mas o acompanhamento estava muito bem "ornamentado".
Venham os "bacalhaus", que do enterro tratamos nós!

Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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