Hoje, falarei um pouco sobre leques.
Sei que tiveram a sua origem na China no milénio anterior à nossa era. Em princípio seriam simples objectos usados para produzir ar fresco, sem quaisquer requintes de confecção.
Foram-se tornando sucessivamente mais sofisticados no seu fabrico mas, seria só no Sec XI que o Japão levaria para a China os primeiros leques com varetas, de abrir e fechar, mais ou menos como chegaram até à actualidade.
Foram-se tornando sucessivamente mais sofisticados no seu fabrico mas, seria só no Sec XI que o Japão levaria para a China os primeiros leques com varetas, de abrir e fechar, mais ou menos como chegaram até à actualidade.
Passaram a ser também indicativos de estatuto de poder e, tiveram também alguma conotação religiosa mas, com a sua vinda para o Ocidente, difundiram-se mais como acessório do vestuário, quer feminino, quer masculino. E, a verdade é que não desapareceram nunca! Reparemos que, ainda hoje, é fácil ver um leque, na mão, de quem, em tempo quente, precisa de refrescar um pouco o rosto!
No entanto, se pretendermos olhar o leque como arma de sedução feminina, de transmissão de mensagens de amor ou de despeito, ou, em casos mais extremos, até como “arma de agressão” devemos ir aos Sec. XVIII e XIX.
É a altura em que vamos encontrar verdadeiras obras primas, em papel, organza, rendas, seda pintada ou bordada, conjugadas com recortadas e elaboradas varetas de madeira, marfim ou até mesmo, em metais preciosos.
Alguém disse mesmo que, não foi o leque que nasceu para a mulher, mas sim a mulher que nasceu para o leque, tão bem se completaram e entenderam desde sempre. Vários escritores falaram igualmente deste objecto e pintores afamados colocaram também a sua assinatura em leques destinados a gente ilustre. Serviram também para assinalar datas célebres; a autora destas linhas tem, por exemplo, um leque, comemorativo do 4º centenário da chegada de Vasco da Gama a Calecut / Índia, (1498-1898) cuja foto se mostra aqui em primeiro lugar. São igualmente pertença da mesma, os leques das restantes fotos.
Até breve, em novo encontro, para uma outra qualquer amena conversa
M. A.
5 comentários:
Eu tenho muitos leques guardados; adorava, quando era pequena ;)
Amélia esta ideia dos leques vem mesmo a calhar.
É que a nossa Primavera entrou com uma força, que não tarda a fazer-nos falta um abanico para refrescar...
A Amélia faz-me lembrar um ilusionista, está sempre a tirar coisas da cartola, hoje são esses belos leques. Muito bem, quem me dera ter esse dom. Francisca
Com essa de tirar coisas da cartola é que a Francisca me fez rir. Vou ver se aprendo também é a tirar coelhos e patos que, nos tempos que correm, davam para os is vender ao mercado. Bom,pensando melhor... os patos oferecia-os antes à D.Rosa Galvão, que tem um jeito especial para os cozinhar!...
Eu sou uma apaixonada por leques.Gostaria de fazer uns pintados por mim.Alguem me sabe dizer um endreço onde possa adquirir varetas de madeira bonitos? Gostava tanto,......
Madalena
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