Como tudo começou

13/04/08

O Cruzeiro da Cruz Quebrada

Será este o cruzeiro que deu nome à nossa terra?


Durante os anos dos Descobrimentos, os Portugueses foram trazendo muitas coisas novas das terras que iam encontrando, bem como costumes novos se iam implantando por cá devido justamente a essas viagens. Os barcos que vinham carregados de especiarias, como fosse o chá, ou a canela, a pimenta o gengibre, etc, tinham que "fazer a alfandega" em Lisboa no Jardim do tabaco perto de Santa Apolónia. Como eram muitos esses barcos, tinham de esperar à entrada do Porto de Lisboa que chegasse a sua vez e, para isso, em chegando à zona de Algés, punham um marinheiro à proa a medir a profundidade com uma sonda, para poderem ancorar. Ele ia medindo e dizendo a altura que a sonda dava e, em certo momento gritava: Aqui, dá fundo! Foi assim que nasceu ao lado de Algés a povoação do Dafundo.

Logo seguido ao Dafundo, fica uma outra povoação que tinha um cruzeiro aparentemente muito venerado pela população. Ora durante as Invasões Francesas o Cristo desse Cruzeiro, moldado em bronze, foi roubado pelos franceses, para ser derretido e fazer canhões. Logo a população garantiu que à noite, sem o seu Cristo, a cruz dava brados ou sejam gritos para o ar. Passou por isso a chamar-se Cruz Que Brada. O tempo que tudo muda e cura, encarregou-se de lhe modificar o nome para Cruz Quebrada, nome que ainda hoje tem.


fc


8 comentários:

M.A.R. disse...

O tempo em que decorreram as Invasões Francesas foi mesmo um..."É fartar vilanagem!" Nem o Cristo em bronze escapou pelo que se conta. Gostei de saber.

Anónimo disse...

Francisca
Esta versão é a mais citada nos vários artigos que tenho lido. No entanto há outras, Fica sempre por saber qual é a verdadeira.

Gi disse...

Gostei de saber.

Francisca conte lá as outras versões.

M.A.R. disse...

Assino já também a petição que a Gi faz. Agora veja lá a Francisca se é mulher de recuar ao desafio feito!

Isabel Magalhães disse...

Andámos pelos mesmos locais e fizemos as mesmas fotos.

Lá me 'estragou' mais uma reportagem no 'Oeiras Local'...

:)))

Gostei de ler. Obrigada pela partilha.

I.

Anónimo disse...

Francisca, apoio a Gi e a Amélia. Venham as outras versões.
Isabel este passeio e as fotos já são de Fevereiro. Estive à espera que o tempo melhorasse, para aguçar o apetite de passeio aos visitantes do blog.
Na apenas publiquei só os dragoeiros.
O seu post da Quinta da Graça, está muito bem.As hstórias que aquela quinta tem para contar!
Vale a pena passar pelo Estádio Nacional. Há muito para observar!

Anónimo disse...

Francisca
È claro que irei contar as outras versões. Até já! Vou pesquisar...

Anónimo disse...

Francisca
O prometido é devido! Aqui vai mais uma versão do nome da nossa localidade "Cruz Quebrada". Segundo relato de uma das nossas memórias vivas, numa propriedade apalaçada rodeada de ameias, onde existia uma guarita, perto havia uma cruz, onde segundo reza a lenda, era dado brados para os barcos que se aproximavam da nossa margem, alertando-os para os perigos que corriam. A cruz que está no miradouro, não me parece que seja a original, mas a base é da época. Mais uma curiosidade; um dos proprietários dessa casa apalaçada, foi Bernardino Machado, numa casa próxima desta, vivia o genro, o escritor Aquilino Ribeiro. Fátima, no livro do Dr. Gilberto Monteiro "O Sítio da Cruz Quebrada" no capítulo "O Forte da Cruz Quebrada e o Palácio de Sta Catarina" está descrito com mais exatidão o que acabo de referir.

Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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