Como tudo começou

12/04/08

JOGO DO PIÃO


Pião (ou pinhão, como é chamado em algumas partes do Brasil, em curruptela de pião; Xindire, em Maputo; N'teco, em Nampula e Mbila, no Niassa, em Moçambique) é o nome dado em

Português aos vários tipos de brinquedo que consistem, na brincadeira clássica e antiga, em puxar uma corda enrolada a um objecto afunilado, geralmente de madeira ou plástico e com uma ponta de ferro, colocando-o em rotação no solo, mantendo-se erguido. Actualmente, há novos materiais para piões e esses materiais permitem girá-los sem a utilização de uma corda.

Nos piões mais antigos, a corda é o intermediário que transmite a força motriz dos braços, fazendo girar o pião em movimentos circulares em torno do próprio eixo que, em equilíbrio, gira (por causa da inércia) até perder sua força e parar.

Os piões mais simples são feitos de plástico ou madeira e giram apenas com a força dos dedos (sem o auxílio e cordas ou molas), até pararem devido ao atrito com a superfície. Quanto mais rápido o pião girar, mais equilibrado ele fica. Dependendo da superfície o pião pode não girar correctamente.

Ao longo da história, o seu uso tem variado da mais simples brincadeira de criança até instrumento de adivinhação e xaanismo. De fato, acredita-se que esta brincadeira (jogo), de origem arcaica, está associada a rituais de adivinhação e interpretação de presságios em certas épocas do ano, utilizando-se o pião para recriar o movimento dos astros, dando possivelmente como fruto a perinola.

Para as comunidades hispânicas (e também do Japão e anglófonas) existe uma ligeira variante do pião, chamada de trompo, na verdade o mesmo pião com um corpo mais bojudo, cuja nomenclatura pode variar segundo o lugar e a época. Existem também múltiplas denominações derivadas do termo "pião", consideradas incorrectas em espanhol Nos países lusófanos, entretanto, é adoptado o termo pião para designar este brinquedo.

FC

9 comentários:

M.A.R. disse...

Talvez pelo facto de eu ter tido dois irmãos mais velhos, também brinquei bastante com o pião.E, não há muitos anos, estando eu na rua a ver um cigano pequenito em tentativas vãs de pôr um pião a girar... não resisti e dei uma ajudadinha. Fui bem sucedida logo à primeira.Os sorrisos de quem assistiu tiveram "leituras" diversas. Uma dama com idade de avó, na via pública, a ensinar um miudo a lançar o pião, deve ter deixado dúvidas quanto à sanidade mental da mesma.Por mim, acreditem, diverti-me!

M.A.R. disse...

Lembrei-me também que existe uma irmã pequenina do pião, chamada "piorra". Era usada num jogo tradicional dos serões de inverno familiares o "rapa,tira e põe", em que o ganho e perda era contado...em feijões

M.A.R. disse...

Lembrei-me também que existe uma irmã pequenina do pião, chamada "piorra". Era usada num jogo tradicional dos serões de inverno familiares o "rapa,tira e põe", em que o ganho e perda era contado...em feijões

Lisa's mau feitio disse...

Fátima, querida!

sou do tempo do jogo do pião. sou do tempo de se ter um pião como brinquedo único, quase não se vislumbrava outro brinquedo. O meu irmão tinha um, obviamente. E recordo agora a sua alegria quando, numas romarias próximas de nós, uma tia lhe ofereceu um novo. Clarinho, o cordão ainda branco de tão novo que era...
Nunca soube jogar ao pião... Mas passava horas e horas sentadinha, muito menina, a ver o meu irmão fazê-lo...

Fátima, agradeço já mais este post. Gosto muito deste blog. conhecia-o mal, como sabe. E agora dou cá os meus saltinhos, mesmo que em silêncio e tenho bebido cada uma das palavras destes textos. Exemplar, de facto.

Já lhe desejei em cima bom fim-de-semana, mas reforço-o aqui.

Gostaria, também, de enviar um beijinho à sua filha, a quem comentei já pela inauguração do blog dela... Infelizmente perdi-lhe o link e pronto. Não mais pude partilhar a arte com que ela decidiu presentear a blogosfera: pintura.

Beijos

Lisa

Anónimo disse...

Amélia o que eu brinquei com a "piorreta" mas aos pinhões e não a feijões Era a brincadeira feita à luz da candeia e nas noites de Natal, com as pinhas a assar na lareira..... que cheirinho...que serenidade....
Lisa obrigada pelas visitas. Mesmo em silêncio gostamos que espreitem este espaço, mas quando a visita fica comentada, ainda é melhor....
Quanto ao pião, eu fui criada na aldeia, e lá brincava-se a muita coisa que irei postando aqui...
Obrigada uma vez mais pelas visitas e pelas palavras de apreço

Anónimo disse...

Francisca
Não é para me gabar, mas fui uma grande jogadora do pião. O meu irmão lançava-o e eu apanhava-o a rodar na palma da minha mão. A seguir invertiamos a jogada.

M.A.R. disse...

Não tarda nada está a organizar-se na Simecq um torneio de lançamento de piões, liderado, ao que me parece...só por mulheres!

Anónimo disse...

Piões e não só. Esperam para ver o que vem aí a seguir!

M.A.R. disse...

Desportos radicais? Vamos a isso!

Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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