Como tudo começou

07/05/08

CONVIDO A CONHECER

CASTELO NOVO

VISTA GERAL DE CASTELO NOVO

Quando íamos a caminho de Alvoco da Serra fizemos uma paragem na aldeia de Castelo Novo, situada da vertente leste da Serra da Gardunha, concelho do Fundão, distrito de castelo Branco. É uma das Aldeias Históricas de Portugal. Pesquisando a sua origem, parece que a edificação do seu castelo, ordenada por D.Sancho I entre 1202 / 1208, deu motivo a que começasse logo a nascer uma povoação em seu redor. O primeiro alcaide do castelo terá sido D. Pedro Guterres e, estas terras foram doações feitas pelos monarcas portugueses à Ordem dos Templários, depois chamada Ordem de Cristo, para, na Beira, ficar assegurada a posse dos domínios conquistados aos muçulmanos no Sec. XIII.
Sabe-se, por documentos encontrados, que no reinado de D.Dinis se fizeram obras no castelo. Depois, já no reinado de D. Manuel I, para novas melhorias, foi para ali um escudeiro real acompanhado de um mestre de obras castelhano. Parece que as coisas azedaram entre os dois e o castelhano teve mesmo que se refugiar na igreja, de lá pedindo clemência ao monarca, que interveio serenando os ânimos e permitindo que o castelhano continuasse o trabalho interrompido. No entanto, o terramoto de 1755 fez tais estragos no castelo que, hoje, pouco dele subsiste, para além da Torre de Menagem.


















No largo por onde se entra em Castelo Novo logo se destaca um monumento barroco, em granito, com pedra de armas de D. João V, denominado Chafariz da Bica. Sobe-se para ele por uns degraus e rodeiam-no alguns bancos e algumas árvores. Daqui, partimos para a visita à aldeia e, a cada passo encontramos motivo para novas paragens. São vários os edifícios com marca de terem sido habitados por gente senhorial e muitos mais os exemplos da típica construção beirã, de granito e sem reboco, que são justamente a imagem de marca desta histórica aldeia.










No Largo do Município vemos um edifício quinhentista, os Antigos Paços do Concelho, e junto a este mais um Chafariz também do período barroco. No centro da praça está um Pelourinho manuelino bastante bonito. Do lado oposto mais uma casa senhorial, datada de 1716, o Solar dos Gamboas.
Continuando o percurso chegamos à Igreja Matriz que não pudemos visitar por se encontrar fechada.. Este edifício, embora remontando ao período medieval foi totalmente remodelado no Sec XVIII. É dedicado à Nª. Srª. Das Graças, orago da aldeia.
Além deste, existem outros templos, a Igreja da Misericórdia, construção do Sec XVII, uma capela medieval, dedicada a Santo António e outra a S. Brás. Como memória da antiga vida comunal , subsiste a Lagariça, um lagar talhado na rocha onde durante séculos terão sido pisadas as uvas dos habitantes da aldeia. Muitas outras descobertas interessantes fará o leitor quando tiver oportunidade de lá ir também.

GIESTAS EM FLOR PERTO DE CASTELO NOVO

Impõe-se agora, salientar igualmente, o asseio e o constante verde e colorido das flores que alindam ainda mais esta terra. Encanto este que fica, mesmo assim, aquém do da cortesia das pessoas com quem nos fomos encontrando e falando. Mais uma vez me pareceu estar num mundo diferente, desprovido de desconfianças, onde o sorriso é moeda corrente e nos tratam como se nos conhecessem de há longo tempo. Uma senhora, em jeito de “confidência” ofereceu-nos até a sua casa, caso “tivéssemos alguma necessidade premente”… Gostei de conhecer gente assim e, acreditem, todo o nosso grupo ( éramos 16 ) se manifestou muito bem impressionados com esta visita .

M.A.

1 comentário:

Anónimo disse...

Olha o que eu teria ganho se fosse a este passeio.......

Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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