(clique para ampliar
Deixem-me que hoje vos fale da N.Senhora de La-Salette que é venerada na terra em que nasci, Oliveira de Azeméis, distrito de Aveiro. Muito embora seja S. Miguel o orago da terra, sinceramente, eu creio que esta Nossa Senhora o ofusca um pouquinho. Não consta porém que o S. Miguel se tenha melindrado…
Reza a lenda que em 1870 houve em Oliveira de Azeméis um período de seca bastante prolongada que deixou em risco sementeiras gado e população. Então o Abade da paróquia organizou, em 5 de Julho do mesmo ano, uma procissão de penitência até ao Monte dos Crastos, pedindo a intercepção divina . Logo foi exposta a ideia de ali se construir uma capela em invocação de N. Srª. de La-Salette que, em 1846, aparecera, a dois pastorinhos, em França.
Diz-se que, no regresso a casa, logo os peregrinos foram surpreendidos com uma chuva torrencial o que, desde logo, foi motivo para criar o culto a esta N.Senhora. Assim, em 6 de Janeiro de 1871 era colocada a primeira pedra para uma capela, a primeira a ser erguida em Portugal para o culto desta Santa. Encomendada uma imagem da N.Srª. a mesma foi benzida em 19 de Setº de 1875. Em 18 de Setº de 1880 benzeu-se a capelinha e, no dia imediato, seria levada para lá, em procissão, a dita imagem.
Reza a lenda que em 1870 houve em Oliveira de Azeméis um período de seca bastante prolongada que deixou em risco sementeiras gado e população. Então o Abade da paróquia organizou, em 5 de Julho do mesmo ano, uma procissão de penitência até ao Monte dos Crastos, pedindo a intercepção divina . Logo foi exposta a ideia de ali se construir uma capela em invocação de N. Srª. de La-Salette que, em 1846, aparecera, a dois pastorinhos, em França.
Diz-se que, no regresso a casa, logo os peregrinos foram surpreendidos com uma chuva torrencial o que, desde logo, foi motivo para criar o culto a esta N.Senhora. Assim, em 6 de Janeiro de 1871 era colocada a primeira pedra para uma capela, a primeira a ser erguida em Portugal para o culto desta Santa. Encomendada uma imagem da N.Srª. a mesma foi benzida em 19 de Setº de 1875. Em 18 de Setº de 1880 benzeu-se a capelinha e, no dia imediato, seria levada para lá, em procissão, a dita imagem.
Entretanto começou uma comissão de oliveirenses a pensar no parque circundante e, com este delineado e a crescer, a capelinha foi-se tornando pequena para os crentes que acorriam. Assim em 20 de Março de 1923 era começado um templo maior, benzido e reaberto ao público, ainda por acabar, em 19 de Setº de 1932, só ficando concluído em 14 de Agosto de 1940.
É o que hoje podemos visitar. Foi autor do projecto o Arq. portuense António Correia da Silva. O templo tem características góticas e insere-se na chamada época revivalista. Compõe-se de átrio, nave de três pequenos tramos e Santuário poligonal de três faces. Tem vitrais policromos e figurativos na rosácea, outros só geométricos com figura ao centro. Da torre onde chegamos subindo 98 degraus, vislumbramos um panorama ímpar.
As Festas da Cidade são, simultaneamente, as da N. Srª de La-Salette e é escolhido sempre o primeiro fim de semana de Agosto de cada ano. Junta-se o profano e o religioso e toda a gente se diverte e convive. Domingo é o dia maior, com a procissão. A 2ª feira é o chamado dia das merendas, no parque, hoje bem frondoso, com um bonito lago, com barcos e bem convidativo, mesmo em todos os restantes dias do ano.
Mas, não acabarei, sem relatar um episódio que está ligada à história deste Santuário e ao qual se atribui algo de milagroso.
Esta imagem tem, fruto de promessas e ofertas de devotos muitas peças de ouro com que geralmente a adornam. Isso despertou a cobiça de um tal “Pedreirinho” que, na noite de 10 para 11 de Agosto de 1908 resolveu ir assaltar a capela. O sacristão, Martinho José Pereira da Silva, dando conta do indivíduo que fugia, alvejou-o, arrancando-lhe parte de um dedo de uma das mãos. Ora então, vejam que curioso, o ladrão na pressa de retirar os anéis da N. Senhora, partira-lhe um dedo que correspondeu justamente àquele em que o tiro lhe acertou. Ainda hoje esse dedo do ladrão existe, dentro de álcool, e é mostrado a quem visita o Santuário. Aqui vos deixo a história tal como sempre a ouvi contar. Quando puderem façam uma visita a esta Santuário e, acreditem, que não darão por mal empregue o vosso tempo.
M.A.
3 comentários:
Já vi que tenho que passar em Azemeis com tempo. Só conheço de passagem.
Obrigada Amélia por partilhar
Mais uma obra pintada pela Amélia, parece-me a pastel, onde se encontra este quadro? Não esteve exposto na SIMECQ. Temos de o ver.
Quanto à descrição da igreja e as fotografias, estão no seu melhor.
O meu caderno de viagens ganhou mais uma proposta.
Então que cabecinha essa menina Francisca! Sob o quadro está escrita a técnica e o ano em que foi pintado, e, se clicar, até o vê aumentado e tudo!
Enviar um comentário