Como tudo começou

01/09/08

O linho - ( 3 )

Continuando a falar do linho (ver posts anteriores aqui e aqui)

Cultivo:
De uma maneira geral pode-se dizer que a planta se dá bem em quase todos os climas, no entanto prefere os terrenos silico-argilosos, de solo profundo, de consistências médias, frescas e permeáveis à água. Como a duração do seu ciclo vegetativo é muito curta, a planta deve absorver rapidamente os elementos minerais: os solos frescos e ricos são-lhe altamente convenientes, e nos terrenos pobres os processos de adubação devem ser cuidadosamente aplicados. A colheita é manual, arrancada pela raiz, a fim de se aproveitar todo o comprimento dos caules, formando-se em mancheias (pequenos molhos) com a parte da semente toda para o mesmo lado. Inicia-se quando o talo está amarelo-maduro, isto é, quando o terço inferior do talo ficou amarelo e ele esta perfeitamente redondo por fora. Na maturação total as sementes alcançam plena maturidade.

Neste estado, porém, o talo fornece uma fibra de pouquíssimo valor na fiação. Para o colher, arranca-se do solo o talo juntamente com as raízes. É a colheita do linho. Graças a um trabalho manual são executados pequenos feixes. Hoje já existem máquinas para colher. Obtém-se a secagem e a maturação final das sementes colocando-se os talos, reunidos em feixes, no campo onde formam montes chamados de capelas.

Ripagem
O linho é depois sujeito a uma operação que se chama ripagem com o objetivo de separar a baganha (película que envolve algumas sementes).
Seguidamente é posta a secar ao Sol para serem extraídas as sementes. Com pancadas verticais, faz-se passar por entre os dentes do ripanço (dispositivo para ripar) o topo das plantas.

As cápsulas, bem fechadas e rijas, saltam para o chão. Hoje em dia, existem as máquinas ripadoras, fazendo em parte o trabalho.

As cápsulas são postas 4 a 5 dias ao sol, para amadurecerem e, desta forma saírem as sementes (linhaça), que serão guardadas num saco de panolar”, para o ano seguinte.


Está visto, que o linho passa tormentos..... cá voltarei!

Texto e imagens com ajuda da Wikipedia e Flikr
fc

9 comentários:

Patti disse...

Tão giro a antiga máquina de ripagem.
E muito interessante aquela das bolinhas ao sol, para sair a linhaça. E também se faz o óleo de linhaça dessas sementes?

Anónimo disse...

Claro que todo o processo é muito trabalhoso mas, podemos dizer que, desde tempos remotos, até hoje, o linho adquiriu um estatuto de excelência que mantém. Até se diz que o linho "subiu ao altar" uma vez que na missa, quer a toalha do altar, quer o lenço que é colocado sobre o cálice com a patena e o que serviu também para o sacerdote secar as mãos depois das abluções devem ser justamente de linho.

Elvira Carvalho disse...

Penso que é a primeira vez que aqui venho. Será? Vim agradecer as visitas e conhecer o seu blog.
Gostei deste post sobre o linho.
Vi por aí a baixo mais alguns e li o post das parideiras. Engraçado que eu tenho um post sobre o tema programado para entrar no AD LIBITUM um blog colectivo. Fui de propósito lá no dia 16 de Julho passado para ver as pedras.
Um abraço e uma boa semana.
E obrigada pelas visitas

Anónimo disse...

Elvira Carvalho:
Já assinalamos a sua visita e comentário ao post de 26/8 referente ao "Pulo do Lobo".Tive mesmo ocasião de, no mesmo local, lhe deixar umas palavrinhas de boas vindas e agradecimento. Volte sempre que só nos dá gosto.

Anónimo disse...

Antigamente na minha terra(porto de Mós) havia o cultivo do linho e conheci as ferramentas através nos meus avós.

Anónimo disse...

Vão ficando atentos a este tema. Ainda tenho muito para contar....

Anónimo disse...

Estou a gostar, aguardo a próxima informação.

Anónimo disse...

Estou a gostar, aguardo a próxima informação.

Teresa disse...

Fátima, poderei imprimir este post e os anteriores sobre o linho?

beijos e boa semana

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Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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