O Oceanário de Lisboa, é a expressão maior da ambiciosa plataforma temática da Expo’98 e por isso mesmo, um dos seus principais legados.
Projectado pelo arquitecto norte-americano Peter Chermayelff este Oceanário começou a ser construído em 1994. A concepção do edifício foi pensada de dentro para fora, tendo a vastíssima equipa de projectistas começado o seu trabalho pela identificação das espécies marinhas e vegetais e pela configuração dos espaços exigida pela sua acomodação. Só então se passou ao projecto de arquitectura e, assim, se conseguiu o efeito desejado e não uma pré-limitação das soluções expositivas ou exibicionais.
Proporcionando a descoberta e imersão no mundo marinho, o Oceanário é povoado por 16.000 animais e plantas de mais de 450 espécies. É composto por cinco habitats principais – um grande tanque central quadrado com cerca de 5.000 m3 de água salgada que representa o Oceano Global e quatro habitats costeiros que reproduzem a costa rochosa do Atlântico Norte, as orlas costeiras do Antártico, a floresta do kelp do Pacífico temperado e os recifes de coral do Índico tropical. Vinte e cinco tanques temáticos ilustram ainda características particulares de cada habitat. Na sua totalidade, o Oceanário é constituído por 30 tanques que contêm mais de 7.000 m3 de água salgada.
O percurso natural da visita segue uma lógica sequencial – no sentido oposto ao dos ponteiros do relógio – em dois níveis distintos, o nível terrestre e o nível sub-aquático. Isto, proporciona uma interacção com plantas, aves, mamíferos, peixes e invertebrados, que procura fomentar o respeito pela vida, nas suas múltiplas manifestações, num tempo em que os, aparentemente inesgotáveis recursos oceânicos começam a revelar-se dramaticamente limitados e sensíveis à acção devastadora da poluição e da sobre-exploração.
O visitante, após percorrer a ponte de acesso ao Oceanário, que simboliza a passagem do mundo terrestre para o mundo oceânico e, de ouvir o canto das aves e o murmúrio do vento, é agitado pela gritaria das gaivotas e de outras aves costeiras e, vai, progressivamente mergulhando numa crescente experiência sensorial repleta de sons e cheiros. É a aventura da descoberta de tantos e tão diversos seres vivos, numa completa imersão no misterioso mundo marinho.
Este, é um breve apontamento de um belíssimo artigo de Victor Tavares de Castro, publicado na Revista do Club do Coleccionador.
Fotos de Mafalda Frade
M.A.
1 comentário:
A primeira foto representa um dos locais que mais me encantou e onde fiquei mais tempo (quase até ficar tonta daquele tanque redondo), estas espécies são para mim verdadeiras maravilhas da natureza.
Foi bom vir aqui e encontrá-las.
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