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(Artigo e fotos da revista do Club do Coleccionador)
M.A.
Hoje um dos mais aterrorizadores inimigos do Homem é, sem dúvida, o tempo. Dominá-lo é uma questão de sageza marcada pela relação que se estabelece com o instrumento de medida desta volátil dimensão: o relógio (do grego ”hora+ “dizer”).
Se uns o sentem como um percutor, outros reconhecem-no sobretudo como um coordenador do fluir do tempo. Paralelamente, há ainda quem o veja numa perspectiva lúdica como acontece com António José Albuquerque, especialmente quando se trata de relógios de areia, vulgo ampulheta. No seu entender, “as do tipo ‘lanterna’ ou do género ‘candeeiro’, por exemplo, além de decorativas, são excelentes para, calculadamente gozarmos aquele tempo precioso que medeia entre o acordar e o levantar”.
Para este psiquiatra – e para o resto da família, acrescente-se – o interesse por todo o género de ampulhetas foi despertado quando deambulava pelos arredores de Esmirna e deparou com um modelo, tão elegante quanto artesanal, que um turco tinha exposto na berma da estrada.
Desse encontro resultou uma curiosa colecção que já conta com mais de cem peças, antigas e modernas dos quatro cantos do mundo.
Desse encontro resultou uma curiosa colecção que já conta com mais de cem peças, antigas e modernas dos quatro cantos do mundo.
Apesar de se basearem todas no modelo milenar da ampulheta, formado por dois recipientes de vidro, unidos por um estrangulamento através do qual se escoa areia, a variedade dos tamanhos, dos materiais, das decorações e das possíveis funções que tiveram e/ou ainda hoje se podem dar a uma ampulheta, acaba por ser surpreendente.
Das mais minúsculas que até são ‘porta-chaves’, às tão grandes como bancos de cozinha, das usadas pelos marinheiros de antanho às britânicas egg-time, que indicam o tempo ideal para a cozedura de um ovo consoante os gostos, a colecção de António José Albuquerque demonstra, cabalmente, que afinal a ampulheta não é um objecto do passado nem permaneceu apenas como peça decorativa. “Em última instância, até pode servir para medir as pulsações, ironiza este médico que além do mais, gostaria de constituir “uma internacional da Ampulheta, reunindo todos os coleccionadores” de relógios de areia.(Artigo e fotos da revista do Club do Coleccionador)
M.A.
5 comentários:
O Louvre tem uma colecção fantástica de ampulhetas.
É um objecto apreciado cá em casa!
Ora aqui está mais uma curiosodade.
Adoro ampulhetas e relógios de sol!
Acho que é mesmo pelo fascínio de ver o tempo passar sem pressas...
Esta colecção é visitável? Onde?
Bjs e mais um obrigada pelo post.
Emmatheias:
Penso que se trata apenas de uma colecção particular e portanto não acessível a visitas. Se conseguir algum contacto informá-la-ei.
Ainda bem que gostou do tema. Fique atenta que regressaremos brevemente para complementar o que averiguamos mais sobre a ampulheta.
Nada tem que agradecer, o prazer é todo nosso em que nos visite e comente, como tem feito. Volte sempre que queira.
As ampulhetas têm sobre mim um efeito hipnótico.
Não há como não gostar de ampulhetas, tem o seu quê de misterioso.saber medir o tempo sem recorrer ao relógio é qualquer coisa de fantástico.
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