Como tudo começou

06/11/08

Sophia de Mello Breyner Andressen

A menina do mar

Era uma vez um menino que ia sempre à praia. Um dia, o menino ouviu uns barulhos de trás de uma rocha. Era uma Menina do Mar, um caranguejo, um polvo e um peixe. Ficaram todos amigos, o menino mostrou muitas coisas à Menina do Mar. O menino convidou-a para ir visitar a terra. No outro dia a Menina do Mar disse ao menino que não podia ir porque os búzios tinham dito à Raia Gigante. Eles depois tentaram fugir mas depois apareceram muitos polvos. Os polvos faziam muito mal, mas o menino não largava a menina. O menino caiu e deixou de ouvir, ver as coisas e adormeceu. Acordou numa rocha e a maré já estava cheia ele levantou-se e foi para casa cheio de marcas das ventosas dos polvos. Passaram dias e dias o menino voltava sempre à praia mas nunca mais viu a menina e os seus três amigos. Chegou o Inverno e o menino viu uma gaivota que trazia no bico uma poção para o menino se transformar em Menino do Mar. Tiveram dias e noites a atravessar o mar e finalmente chegaram à ilha onde a Menina do Mar estava. Voltaram para o mar. E a Menina do Mar voltou a dançar no palácio e ficaram amigos para sempre...



Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu no Porto em 6 de Novembro de 1919 foi uma das mais importantes poetisas portuguesas do século XX. Foi a primeira mulher portuguesa a receber o mais importante galardão literário da língua portuguesa, o Prémio Camões, em 1999.
Hoje dia do aniversário do seu nascimento, aqui fica a nossa homenagem.
FC

3 comentários:

Anónimo disse...

"Porque os outros de mascaram mas tu não / Porque os outros usam a virtude / Para comprar o que não tem perdão. / Porque os outros têm medo mas tu não.

Porque os outros são os túmulos caiados / Onde germina calada a podridão / Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem / E os seus gestos dão sempre dividendo. / Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos / E tu vais de mãos dadas com os perigos. / Porque os outros calculam mas tu não."

Que melhor comentário podería eu fazer a esta poetisa que ir buscar um dos seus bonitos e profundos poemas? Se alguém ainda a não leu convido-o(a) a que o faça.

Raquel Costa disse...

Gosto muito mesmo!

E como filho de peixe sabe nadar, com outro estilo mas com um enorme talento que me prendeu à leitura do Equador.

Clotilde Moreira disse...

... e Sophia disse também...

"Vemos, ouvimos e lemos
não podemos ignorar"...

Clotilde Moreira

Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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