Como tudo começou

17/11/08

UMA HISTÓRIA DE TERNURA


Caros leitores:
Hoje quem vos escreve este apontamento é, antes de tudo mais, uma avó… uma avó que, como todas aquelas que se prezam é uma avó deliciada com as gracinhas dos netos que tem, e que vai, justamente, partilhar a última delas convosco.

São quatro os netos que tenho, tres vindos do lado da filha e uma do filho. Os dois primeiros, um e uma, são já universitários, o terceiro é um adolescente de 16 anos e, finalmente, a quarta, é uma encantadora garotinha de 5 anos, de seu nome Marta. É precisamente para falar desta última que hoje me proponho.
A Marta frequentou um jardim escola mas, este ano, foi para um colégio que, sendo orientado por freiras, naturalmente ministra também ensino religioso. Isto tem sido uma novidade para ela que, nas suas conversas aborda algumas vezes este assunto.
Há pouco, por razões de conveniência dos pais, a Marta foi passar o sábado com a minha filha, sua tia paterna, a qual adora ter consigo a sobrinha. Às tantas, ela contava à tia que devemos rezar por isto, por aquilo, por esta pessoa, por aquela outra…Até, acrescentava ela, pelas pessoas que já morreram. Às tantas, disse que fora ver “uma missa que estava vazia”. Penso que estaria a referir-se a uma igreja, ou capela, que ela visitou numa hora fora de qualquer acto religioso. A tia lá foi ouvindo e comentando como lhe pareceu.
A certa altura em jeito de confidência perguntou-lhe a Marta:
_E sabes tia, por quem eu tenho rezado mais vezes?
À tia não foi difícil adivinhar o pensamento da pequenita e, sorrindo, no mesmo jeito de duas amigas que ali estavam trocando segredos, pronunciou baixinho:
_ P e l o “N o b e l” ….
A confirmação foi imediata acompanhada de um olhar feliz por se sentir entendida. E o silêncio que, logo depois se fez, selou mais um elo na amizade entre tia e sobrinha.
Neste momento, meus amigos, para que o desfecho desta conversa faça, também, sentido para todos vós, eu peço que cliquem aqui para perceberem de quem, entre as duas, se falava.

Perdoem se esta história se afasta um pouco do lema do blog, mas, achei que trazer aqui esta expressão de ternura vinda do coração de uma criança não ficaria mal. Depois, como disse no princípio, sou apenas mais uma avó babada, entre tantas, a contar a última gracinha da neta mais nova.

M.A.

13 comentários:

Gi disse...

Está a ver M.A., graças à Marta ainda se institui o Nobel da Religião.

Anónimo disse...

É, foi mesmo assim; confirmo!
E a ternura deste "post", não fica em nada atrás da ternura desse momento! Não é só a avó que é babada!!
Um beijinho à Fátima pelo "post" de 4 de Agosto; o Sting e a Zara conseguiram substituir o vazio, mas eu, ainda hoje, não consigo controlar as lágrimas pelo meu Nobel...

Ricardo disse...

sem palavras...

M disse...

Não há nada a perdoar! Um momento que me toca pela sinceridade e pelo o amor que a tua neta demonstra ao seu amiguinho... não há muito que dizer, a pequenina disse tudo...

Raquel Costa disse...

Ternura e Afecto nunca são demais!

Anónimo disse...

Não há que perdoar quando temos gente pequena que é sensível e meiga.São o melhor do mundo, pena que muitos adultos se esqueçam disso.Obrigado pela história.

Anónimo disse...

Amélia esta história é também uma lição para muita gente.
Zé obrigada. Até eu fico de lágrima no olho quando se fala neles.
Um beijinho muito especial para a Marta

Anónimo disse...

Amélia,
As saudades que sinto dos meus 3 quatro patas, Tomix "o inteligente" Piloto " O aristrocata" Bolinhas "O meu guarda costas".
Zé, essa empatia da Marta com a tia é linda! Que perdure por muitos e muitos anos. As crianças são de uma sensibilidade muito grande, é bom estarem rodeadas de passoas que as amem muito.
À Avó babada,obrigada, por este post, comoveu-me muito.

Anónimo disse...

São momentos com este que deixam feliz o "filho da Avó de 4 netos" :)

Anónimo disse...

Muito Obrigada, Avó ....
Obigada, por te teres lembrado de mim.

M

Laura disse...

Lindo, ternurento, emocionante,o nosso shakita ainda está connosco, já a entrar na terceira idade, mas a, amamo-lo tanto que nem sei...entendo a tua neta e como ela soube que ali era lugar para se pedir pelo nobel (e eu que já estava a ver que a miuda com 5 anos já gostava do saramago, ehhhh)mas a ternura são as crianças que no-la mostram. Ora bota aí um grande e repenicado beijinho na carinha dela e diz-lhe que foi uma amiga tua que enviou de presente... e que o NOBEL nunca a vai esquecer, pois todos temos lugar do outro lado!... Beijinho a ti avó ternurenta, eu ainda não sou avó, os 3 filhos ainda são solteirinhos, mas um dia adorarei saber ser uma avó querida para eles..um xiiiiiiiiiii...

Anónimo disse...

E esta hem!...Até o Pai da Marta veio comentar! E pensar eu que inicialmente a Marta nem queria ver o Nobel aproximar-se dela! É que ele era preto e tinha o triplo do tamanho dela. Depois, pouco a pouco, com a perícia dos Tios e Primos, nasceu uma "paixão" entre os dois. É linda e ternurenta esta história, e bem aproveitada pela Avó babada.
Que mundo diferente teríamos se sobre a Terra só tivéssemos Martas e "Nobeis"...
Votos de uma vida plenamente recheada de momentos como este.

Anónimo disse...

A todos quantos vieram comentar este apontamento eu quero deixar o meu agradecimento muito sincero pela forma como cada um se manifestou.Quando escrevi isto pareceu-me que fugiria ao espírito que rege este blog e pedi opinião à Fátima que, logo de imediato, me incentivou a que o desse a conhecer aos leitores.A receptividade não podia ter sido melhor! Estes pequenos episódios da vida, quando, como no caso presente, uma criança se manifesta, com toda esta inocência, levam-nos a nós, adultos a sentirmo-nos de coração também mais aberto e "limpo", não é?
Talvez faça renascer em todos nós a esperança de que o mundo poderá vir a ser melhor, quem sabe?!...
Bem haja a todos pelas vossas bonitas palavras.

Ficaremos sempre à espera que apareçam pelo nosso blog.

Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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