Estivemos aqui em 13 de Novembro para vos mostrar parte de uma magnífica colecção de ampulhetas. Para quem já não se recorde queira clicar aqui. Hoje voltamos para abordar o tema num sentido mais histórico:
Na história das civilizações, os métodos usados para medir o tempo proporcionam aos historiadores uma leitura multidisciplinar elucidativa sobre as regras sociais, os desenvolvimentos tecnológicos e as técnicas decorativas dominantes nessas sociedades.
Muitos séculos antes de Paris, Londres e, depois, Genebra – que nunca mais perdeu a dianteira adquirida – se terem afirmado no mundo inteiro, a partir do Sec. XVII, como grandes centros relojoeiros, sobretudo depois de C. Huygens ter descoberto a mola em espiral reguladora do balanço do relógio, já a Mesopotâmea, o Egipto, a Grécia e todos os outros grandes centros de irradiação de artes e ciências da Antiguidade Clássica, utilizavam instrumentos de medida do tempo.
Entre esses mecanismos, apesar da sua eficiência ser limitada pela singeleza com que eram idealizados, a clepsidra e, sobretudo a ampulheta, perduraram até aos nossos dias, quanto mais não fosse como símbolos de uma época da História Universal. Outros como o nocturlábio, que eram apontados para a Estrela Polar, usando as guardas das Ursas Maior e Menor como ponteiros, que davam a hora durante a noite, quando havia céu limpo, caíram totalmente em desuso.
A clepsidra, em que a unidade de tempo era medida pela demora de uma certa quantidade da água a passar de um recipiente para o outro, e a ampulheta em que a água era substituída por areia, são, por certo os relógios mais antigos e aqueles que foram usados durante milénios.
Na época dos descobrimentos usavam-se a bordo ampulhetas de uma, duas ou até quatro horas, embora as mais correntes fossem as de meia hora, que já então era designada por “relógio”.
Para poetas e romancistas, a ampulheta foi e é uma permanente fonte de inspiração.
Até ao Sec..XVIII quando John Harrison construiu o primeiro cronómetro, não existiu nenhuma outra alternativa para medir o tempo a bordo dos navios. Se os relógios de sol eram inúteis em dias encobertos, os de pêndulo e de mola não eram de confiança devido aos balanços do navio.
Para poetas e romancistas, a ampulheta foi e é uma permanente fonte de inspiração.
Até ao Sec..XVIII quando John Harrison construiu o primeiro cronómetro, não existiu nenhuma outra alternativa para medir o tempo a bordo dos navios. Se os relógios de sol eram inúteis em dias encobertos, os de pêndulo e de mola não eram de confiança devido aos balanços do navio.
Por isso, foi a ampulheta que nos disse que Vasco da Gama demorou dois anos a chegar a Calecut e a fazer a sua torna-viagem. Afinal, quem diria que a ampulheta, enquanto unidade de tempo tão pequena pode medir um percurso tão longo…
Este, é um pequeno excerto de um artigo também publicado na revista do Club do Coleccionador.
M.A.
Este, é um pequeno excerto de um artigo também publicado na revista do Club do Coleccionador.
M.A.
2 comentários:
Amiga Fátima
A ampulheta mede o tempo e na minha idade essa é uma coisa que pouco significado tem já.
Faço os possíveis por nem olhar para ele pois se o faço reparo como se escoa.
Deixo-lhe os meus votos de um Santo e Feliz Natal.
Que o ano Novo lhe traga tudo de bom e lhe confirme sonhos e projectos com sucesso.
Desculpe a ausência mas não foi por isso que deixei de a considerar.
Um abraço
António Inglês
Nos exames orais, havia sempre uma ampulheta em cima da secretária do examinador a controlar-nos o tempo de intervenção. Eu tentava ignorá-la, mas considerava um objecto irritante.
Enviar um comentário