Como tudo começou

22/02/09

COLECCIONAR FACAS DE PAPEL


Apesar do extraordinário desenvolvimento tecnológico dos meios de comunicação escrita, verificado nos últimos anos, todos recebemos diariamente cartas das mais variadas proveniências. Porém o volume desta correspondência não justifica, por certo, a aquisição de uma maquineta específica para abertura eléctrica Daí a importância desse objecto simples e multissecular que é a faca de papel, muitas vezes também, simultaneamente, marcador de leitura.
Mas, curiosamente, como salienta José Francisco Gonçalves, coleccionador destes úteis e expressivos objectos, «alguns dos mais interessantes, entre as dezenas que já reuni, são provenientes de países onde os hábitos de leitura e o tráfego de correspondência não devem ser muito elevados, dada a sua enorme taxa de analfabetismo.» É o caso de muitas das peças provenientes de África, Ásia e América do Sul, algumas de enorme riqueza plástica.
Objecto prático, recordação de uma viagem, memória de um lugar visitado, lembrança de um amigo, a faca de papel tormou-se, entretanto num muito vulgar e, em geral, acessível souvenir de todos os países e regiões do mundo.
Manufacturadas nos mais diversos materiais – madeira, metal, marfim, plástico, prata e até em porcelana – as facas de papel são também a expressão de usos e costumes, de valores patrimoniais e das estéticas dominantes de várias áreas do globo.

(Excerto e fotos retirados da Revista do Club do Coleccionador)

M.A.

1 comentário:

Anónimo disse...

Mais uma colecção muito interessante. Esta é talvez a que ocupa menos espaço.

Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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