Como tudo começou

25/04/09

O SANTO CONDESTÁVEL



É já no próximo Domingo, dia 26, que o Papa Bento XVI irá canonizar esta figura, uma das mais gradas da história de Portugal. Ele será o 8º. Santo do catolicismo português.

D. Nuno Alvares Pereira, de quem estamos a falar, julga-se ter nascido em 24-7-1360 e, com maior certeza, se diz ter falecido em 1431. Aponta-se Cernache do Bonjardim como sendo o local do seu nascimento.
Com 13 anos veio para a corte como pajem da rainha D. Leonor Teles. Pela valentia demonstrada num ataque dos castelhanos a Lx., foi então armado cavaleiro seguindo depois um percurso militar e, mais tarde, no ano de 1385, D.João I já o nomeou Condestável do Reino.

A sua consagração surge com a Batalha de Aljubarrota, em que, a estratégia militar usada levou os portugueses à vitória, mesmo com a desproporção das tropas no terreno. Como recompensa, o rei D.João I fez-lhe a doação do Condado de Ourém e outras terras mais. Este diploma esteve arquivado na Casa de Bragança mas, desapareceu com o terramoto de 1755.

Começa então uma outra fase na vida desta personagem. Após a morte de sua mulher, passa a dedicar-se a uma vida mais virada para o foro espiritual e, em 1422 entra para a comunidade da Ordem do Carmo, vindo a professar, como irmão menor, em 15-8-1423, com o nome de Frei Nuno de Santa Maria.
Abdica das honras que tinha, entrega os seus bens e passa a dedicar-se inteiramente à Ordem e à caridade. Exercia a função de porteiro no convento.

Diz-se que foi ele a iniciar uma distribuição diária de sopa aos pobres e que, para a confecção da mesma, era usado um dos caldeirões que, na batalha de Aljubarrota serviram para fazer as refeições dos soldados.
Como exemplo da sua humanidade, diz-se também que, após a batalha atrás referida, mandou recolher, para serem tratados, os feridos castelhanos num local, perto do campo de batalha o qual, devido a isso, ainda hoje se chama Castela.

É igualmente a ele que se deve a construção do Convento do Carmo, onde viveu o resto da vida, até à sua morte, em 1431.
Mas a sua fama de santidade que começara a crescer, originou que D. Duarte, já em 1438, solicitasse ao Papa a sua canonização.

Em 1512, Joana, (a “Louca”) rainha de Espanha, vem em peregrinação a Lx., ao Convento do Carmo, a fim de assistir à transladação dos restos mortais de Frei Nuno para um mausoléu de alabastro que mandara esculpir em Florença.
Catarina de Bragança, que casou em Abril de 1662 com Carlos II de Inglaterra, designou como patrono do Regimento Pessoal da Rainha, Frei Nuno, escolha que se conservou até à actualidade.

Foi beatificado em 1918 por Bento XV, o que significou passar a ter o reconhecimento de santidade com culto de âmbito local, mas, no Domingo, dia 26 de Abril a canonização, transforma o já referido reconhecimento de santidade, no culto universal de toda a Igreja.

Isto, foi apenas um resumo do muito que se poderia contar sobre o Beato Nuno de Santa Maria.
O interesse pelo seu culto é tão grande no mundo católico que está já em preparação um filme épico, “O último cavaleiro da távola redonda”.
(Elementos escritos retirados de várias fontes, inclusive da Net. Da Net veio também a foto aqui usada).
M.A

4 comentários:

mjf disse...

Olá!
Vir aqui enriquece-me...
:=)

Beijocas
Bom fim de semana

Quica disse...

Na minha disciplina de História, era uma figura que me despertava bastante interesse. Não só pela sua bondade, mas também pela sua bravura. Tudo isto é relativo, em guerra, os intervenientes deixam de ser humanos, e transformam-se em bestas.
Apesar das tácticas e os meios de guerra daquela época serem diferentes das actuais, há sempre pessoas (poucas) que se destinguem pelo seu lado humano. Ainda bem que assim é.

maria tereza disse...

...boa informaçao!!!!parabens

Fatima disse...

Uma vida rica em dar aos outros, sem nada esperar receber.
Um exemplo de solidariedade.

Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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