Como tudo começou

14/07/09

TITANIC – EXPOSIÇÃO EM LISBOA


Quem saberá dizer o que representa esta imagem que abre o post? Se já esteve na exposição saberá dizê-lo, mas, se não, eu informo que é, nem mais nem menos, uma replica do bilhete que cada passageiro do Titanic comprou para a única e fatídica viagem deste paquete.
Como já estão a adivinhar, tive curiosidade de ir até à Estação do Rossio ver esta mostra e, é dela que falarei hoje.

Logo à entrada, o visitante tem quase a noção de que está a embarcar no Titanic. Ouve-se musica e o decor, ruídos de máquinas e a própria iluminação, criam esse ambiente. Depois, no decorrer da visita, música e luz vão mudando, consoante o sítio e o relato que é feito.

Numa explicação escrita, é-nos dado a saber que, em 1907, foi num encontro entre J. Bruce Ismay, presidente da White Star Line e Lord William J. Pirrie, um sócio da firma Harland & Wolff, uma construtora de navios, que ficou acordada a feitura de três luxuosos paquetes cujos nomes seriam Olympic, Titanic e Britannic. Os dois primeiros seriam começados de imediato.
Assim, em 10 de Abril de 1912, com a pompa habitual das viagens inaugurais, o Titanic zarpou do cais 44, em Southampton, rumo à América, com 2 228 passageiros e 885 tripulantes a bordo, mas, como todos sabemos, nunca chegou ao seu destino. Na noite e madrugada de 14/15 de Abril de 1912 embateu num icegerg e, em menos de 3 horas, partiu-se e afundou-se, apenas sendo possível salvar 705 pessoas.

Em 1 de Setembro de 1985 foram localizados no fundo mar os destroços do paquete e iniciadas então as pesquisas. Sobre a forma como estas foram feitas e, depois, sobre a recolha de objectos, também temos aqui informação.
Esta mostra de 230 peças é, portanto, uma parte daquilo que, desde então, foi possível recuperar. Da diversidade de objectos que faziam parte do equipamento do barco, alguns, nós vamos também reconhecendo em fotos que haviam sido feitas, das variadas salas, corredores, camarotes, ponte de comando, casa das máquinas, etc..

Há, depois, variadíssimos objectos pessoais dos viajantes, alguns com identificação dos donos, outros, que ficarão para sempre na escuridão dos tempos e da memória das mãos que algum dia lhes tocaram. São também mostrados dados biográficos ( alguns mesmo curiosos!) de muitos passageiros. Figuravam entre eles, pessoas bastante importantes na época.
Se, nas vitrines vi algumas jóias e adereços de certo luxo, por contraste, noutras, já que gente humilde também ia naquele barco, vi também ferramentas de trabalho e até, imaginem… meia dúzia de molas, em madeira, daquelas de prender a roupa para secar, muito semelhantes às que usamos ainda hoje!

Como curiosidade, numa das vitrines há um pedaço de casco do Titanic no qual, o visitante é convidado a tocar. Também lá está uma alta parede de gelo para nos permitir avaliar as baixas temperaturas que se faziam sentir no local e, foram também causa das mortes de quem, já caído no mar, não conseguiu resistir à hipotermia.
E exposição termina com um memorial onde figuram os nomes de todos os que desapareceram neste naufrágio, ocorrido justamente há 97 anos.

Os nossos leitores, se tiverem oportunidade, não deixem de ir ver esta a exposição, mas, enquanto isso não lhes for possível, cliquem aqui para fazerem uma curta visita através deste vídeo.

M.A.

2 comentários:

Zé disse...

Não sabia da exposição e o "post" aguçou-me o apetite!! Pela minha partte, cumpriu o objectivo! Beijo

Quica disse...

Já conseguiram descobrir que não foi só o iceberg o causador desta tragédia, mas também uma deficiência na construção do navio.
Enfim seja lá o que for, eu não queria estar na pele dos que embarcaram naquele fatídico dia.

Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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