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Na revista Ilustração Portuguesa, em “Figuras e Factos”, na página 624, de 1911 Encontramos a foto da Drª. Carolina Beatriz Ângelo com esta legenda:
«Esta distinta médica requereu para ser considerada eleitora, o que foi deferido pelo juiz da 1ª vara cível, annullando todavia o governo esta decisão.»
Na mesma revista, na página 714 em “ Estão Eleitas as Constituintes - A Eleição em Lisboa” diz-se às tantas:
«…Uma nota curiosa das eleições (a) foi a de votar uma senhora, a única eleitora portuguesa, a Médica D. Carolina Beatriz Ângelo, inscripta com o número 2:513 na freguezia de S.Jorge de Arroyos…»
(a) eleições de 28 de Maio de 1911
De notar que aparece o seu nome apenas antecedido do D. e não com o Drª. como seria natural.
A Drª Carolina Beatriz Ângelo, nasceu na Guarda, em 1877, onde fez os estudos primários e liceais. Mais tarde, veio para Lisboa frequentar as Escolas Politécnica e Médico-Cirúrgica de onde saiu em 1902 como médica /cirurgiã. Foi também a primeira portuguesa a obter a especialidade de cirurgia e a operar no Hospital de S. José. Veio ainda a especializar-se em ginecologia.
A sua militância cívica levou-a a pugnar sempre pela Paz, pela implantação da República e pelos direitos das mulheres. Esta ilustre cidadã veio a morrer, em 3 de Outubro de 1911, aos 34 anos de idade, de ataque cardíaco, cerca de 4 meses apenas depois de ter conseguido votar.
Hoje, dia em que iremos votar para as Eleições Legislativas pareceu-nos que seria de recordar, uma vez mais, o nome desta mulher de coragem que, no seu tempo, soube bater o pé perante a incompreensão, a injustiça e a prepotência. O episódio da sua luta pelo direito de ir votar, em 1911, contou-se, com mais pormenor, no post em que se falou do Direito do Voto para as Mulheres, em Portugal. Se o quiser recordar queira clicar aqui.
Gostaríamos de ver o nome desta mulher homenageado de formas mais relevantes. O principal e que esteve ao nosso alcance, ficou já dito neste blog.
(Foto retirada também da Ilustração Portuguesa
M.A.
«Esta distinta médica requereu para ser considerada eleitora, o que foi deferido pelo juiz da 1ª vara cível, annullando todavia o governo esta decisão.»
Na mesma revista, na página 714 em “ Estão Eleitas as Constituintes - A Eleição em Lisboa” diz-se às tantas:
«…Uma nota curiosa das eleições (a) foi a de votar uma senhora, a única eleitora portuguesa, a Médica D. Carolina Beatriz Ângelo, inscripta com o número 2:513 na freguezia de S.Jorge de Arroyos…»
(a) eleições de 28 de Maio de 1911
De notar que aparece o seu nome apenas antecedido do D. e não com o Drª. como seria natural.
A Drª Carolina Beatriz Ângelo, nasceu na Guarda, em 1877, onde fez os estudos primários e liceais. Mais tarde, veio para Lisboa frequentar as Escolas Politécnica e Médico-Cirúrgica de onde saiu em 1902 como médica /cirurgiã. Foi também a primeira portuguesa a obter a especialidade de cirurgia e a operar no Hospital de S. José. Veio ainda a especializar-se em ginecologia.
A sua militância cívica levou-a a pugnar sempre pela Paz, pela implantação da República e pelos direitos das mulheres. Esta ilustre cidadã veio a morrer, em 3 de Outubro de 1911, aos 34 anos de idade, de ataque cardíaco, cerca de 4 meses apenas depois de ter conseguido votar.
Hoje, dia em que iremos votar para as Eleições Legislativas pareceu-nos que seria de recordar, uma vez mais, o nome desta mulher de coragem que, no seu tempo, soube bater o pé perante a incompreensão, a injustiça e a prepotência. O episódio da sua luta pelo direito de ir votar, em 1911, contou-se, com mais pormenor, no post em que se falou do Direito do Voto para as Mulheres, em Portugal. Se o quiser recordar queira clicar aqui.
Gostaríamos de ver o nome desta mulher homenageado de formas mais relevantes. O principal e que esteve ao nosso alcance, ficou já dito neste blog.
(Foto retirada também da Ilustração Portuguesa
M.A.
4 comentários:
Não seria Senhora para, hoje, se abster, face à luta que travou e ganhou.
Tanto gostava de a ter conhecido antes do passado dia 27 para Ela me dar seu conselho!
Mas estou tentado a adivinhar o que me diria: Percebe alguma coisa de futebol? Então vote na côr comum aos equipamentos do Benfica, do Sporting e do Porto.
E por aqui me fico.
Os direitos adquiridos não devem nunca ser desperdiçados.
Anónimo:
Seguramente que não. Venceu-a a morte, prematuramente, possivelmente pelo desgaste que toda a luta que manteve provocou na sua saude.
Fátima:
Foi tambem pensando dessa forma que entendi, trazer de novo,o exemplo desta Mulher a este blog. Nunca será demais levantar a nossa voz pelo que nos parece ser uma boa causa.
O direito ao voto que esta ilustre médica conseguiu, custou-lhe a vida, a luta por esse direito não deve ter sido fácil. Mas, perdeu-se no tempo, só depois do 25 de Abril é que foi possível esse voto. Apesar de na época actual haver ainda alguma descriminação em relação à mulher, esse direito ninguém nos tira.
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