CONVERSANDO SOBRE O FADO

Todos nós, portugueses crescemos a ouvir cantar o fado, a ouvir falar dele das mais variadas formas e acreditamos ser este, também, um dos principais emblemas de Portugal no estrangeiro.
As origens do fado perdem-se nos tempos e nunca ninguém conseguiu explicar, ao certo, como ele apareceu neste cantinho da Europa. Julgamos que os primeiros registos do fado surgiram, apenas, em meados do Sec. XIX . Era, na altura, cantado por marinheiros e mulheres de má fama, em sítios talvez pouco recomendáveis. Mas, com o decorrer dos anos tudo isso se foi modificando. A magia do fado fazia multiplicar os adeptos que gostavam de o cantar, tocar, ou simplesmente de o ouvir e as músicas e os poemas foram, pouco a pouco, ganhando mais qualidade também.

Assim, hoje,todos temos orgulho do estatuto que o fado atingiu, quer entre nós, quer por esse mundo fora, onde ele é especialmente apreciado e conhecido como principal embaixador da alma portuguesa.
Para saber mais sobre a biografia do fado queira clicar aqui.

Naturalmente que o tempo e as modas foram vestindo ao fado as mais variadas roupagens. Criaram-se novos estilos, apareceram melodias mais cuidadas, poetas eruditos escreveram letras inspiradas e, até, grandes orquestras o tocaram em salas de concerto. Curiosamente, ele tem o dom de se adaptar às diversas variantes e de, como agora aconteceu, até nos surpreender, tão agradavelmente renovado, que nos leva a crer que, por isso mesmo, será eterno.
Para ilustrar o que acabamos de dizer, convidamo-vos a ouvirdes o que consideramos serem duas das mais belas interpretações que conhecemos do fado. Ouçam-nas aqui, tocadas em violino, por uma polaca, de seu nome Natália Juskiewcz. Saberão mais sobre esta violinista clicando também aqui.
Fiquem bem e, até breve, com qualquer outro tema.
(Imagem colhida na net

"Com que voz" - Luis de Camões e Alain Oulman

"Barco Negro" - David Mourão Ferreira, Caco Velho e Piratini)
M.A.